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176 AMAZÔNIA REVELADA<br />

Figura 30. Posição do Brasil no mercado mundial do agronegócio<br />

ano 1965 1970 1975 1976 1977 1980 1984 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003<br />

rank 7º 5º 5º 4º 4º 5º 4º 5º 10º 8º 12º 7º 7º 7º<br />

% 2,5 3,0 3,2 3,7 4,0 3,1 3,7 3,6 2,1 3,0 2,3 2,9 2,8 3,1<br />

tações mundiais e em 2003, no auge da sua mitificação<br />

pela mídia, representa apenas 0,42% das exportações<br />

mundiais. Inclusive, a posição que o Brasil ocupava em<br />

2003 no mercado mundial do agronegócio também é<br />

inferior à dos anos 1970 e 1980. Em 1976, 1977 e 1984,<br />

o país ocupou a quarta posição no mercado mundial e<br />

em 2003, apenas a sétima (figura 30). A mesma situa-<br />

ção aparece quando se compara a participação percentual<br />

do agronegócio brasileiro no mercado mundial –<br />

em 1977 exportou 4% do total das exportações agrícolas<br />

do mundo, enquanto em 2003, no auge midiático<br />

do endeusamento do agronegócio, sua participação foi<br />

de 3,1%. Isso demonstra que existe muita propaganda<br />

em relação ao agronegócio, para antepô-lo aos movimentos<br />

sociais em luta pela reforma agrária.<br />

Na realidade, o crescimento do agronegócio no<br />

campo brasileiro, quando se comparam 1965 e 2003,<br />

apresentou um salto de 1.596%, superior à média<br />

mundial, que foi de 1.173% e mesmo ao da China,<br />

1.557%, do Reino Unido, 1.415%, do Canadá,<br />

1.000%, da Argentina, 894%, e dos Estados Unidos,<br />

868%. Porém, quando se verifica o crescimento dos<br />

demais países exportadores agrícolas, o crescimento<br />

do Brasil torna-se pequeno, pois tem-se na Holanda<br />

2.192%, na França 2.220%, a Itália cresceu 2.778%, a<br />

Espanha 4.795% e a Alemanha 5.147%.<br />

É um mito, portanto, o papel do agronegócio no<br />

Brasil e na economia capitalista mundial.<br />

As empresas mundiais do agronegócio<br />

As quatro maiores empresas multinacionais do<br />

setor de grãos são a ADM (Archer Daniels Midland),<br />

Bunge, Cargill e Louis Dreyfuss. Elas controlam 43%<br />

da capacidade de esmagar soja no Brasil e quase 80%<br />

na França e na União Européia. As três primeiras controlam<br />

75% do mercado norte-americano de soja e<br />

dessa forma são beneficiadas pela venda do grão às<br />

empresas do setor alimentar humano e animal. A ADM<br />

e a Bunge estão entre as quinhentas maiores empresas<br />

do mundo e formam o seleto conjunto que controla a<br />

circulação e o mercado mundial de grãos. Na edição<br />

especial da revista Exame “Melhores e Maiores” (jul.<br />

2004), que analisou as quinhentas maiores empresas<br />

do Brasil, as multinacionais de grãos aparecem entre<br />

as empresas nacionais que operam no setor. Além delas,<br />

há mais 53 empresas de agronegócio.<br />

Só em Mato Grosso se encontram a ADM, Amaggi,<br />

Bunge, Caramuru, Cargill, Coinbra, Friboi e Usina<br />

Itamaraty, entre outras. No Pará, em meio a um<br />

grande número de empresas do setor madeireiro, também<br />

aparecem a Bunge e a Cargill.<br />

Entre as multinacionais, a ADM, que começou as

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