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tórico marcado pela mundialização do capitalismo e<br />

pelo fim do socialismo nos países do Leste europeu.<br />

As nações endividadas passaram a adotar as medidas<br />

de cunho econômico e financeiro neoliberais impostas<br />

pelo FMI – Fundo Monetário Internacional.<br />

O desmatamento na Amazônia e a Eco-92<br />

Em 1992 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro<br />

a Eco-92, reunião internacional que tratava de assuntos<br />

ecológicos, na qual foram feitas denúncias sobre<br />

o desmatamento na Amazônia. Os dados eram<br />

implacáveis e traduziam uma realidade que não podia<br />

continuar: em 1974, 120.000 km2 ; 1978, 152.200 km2 ;<br />

1988, 377.500 km2 ; 1989, 401.400 km2 ; 1990, 415.200<br />

km2 ; 1991, 426.400 km2 .<br />

Os 42,6 milhões de ha desmatados levaram o<br />

país a adotar políticas para frear essa ação. Mesmo<br />

assim, além de não diminuir, ultrapassou os 60 milhões<br />

de ha no início do século 21. As razões básicas<br />

para isso são a atividade madeireira e a expansão da<br />

pecuária.<br />

Outra questão discutida na Eco-92 foi a biodiversidade<br />

e a não-assinatura pelos Estados Unidos dos<br />

protocolos do acordo. Somaram-se a esses problemas<br />

as propostas do governo FHC: o “Brasil em Ação” e o<br />

“Avança, Brasil”. Com esses programas de investimentos,<br />

novos problemas entraram no dia-a-dia da região<br />

amazônica:<br />

- a expansão da soja na Amazônia;<br />

- as hidrovias – Madeira, Araguaia-Tocantins e<br />

Tapajós;<br />

- as rodovias – a Venezuela e a saída para o Caribe<br />

e a saída para o Pacífico;<br />

ARIOVALDO U. DE OLIVEIRA 133<br />

- o oleoduto Bolívia-Brasil;<br />

- o Sivam;<br />

- a demarcação das terras indígenas;<br />

- a alteração do Código Florestal e a possibilidade<br />

de redução da área desmatada nas propriedades<br />

na Amazônia;<br />

- o narcotráfico e o contrabando de minérios;<br />

- a pirataria da biodiversidade e as ONGs;<br />

- o efeito estufa e o CDM (Clean Development<br />

Mechanism) ou em português MDL (Mecanismo<br />

de Desenvolvimento Limpo) e o Protocolo de<br />

Kyoto; o reflorestamento, a floresta amazônica e<br />

o confisco de carbono pela vegetação;<br />

- as reuniões dos representantes de nações indígenas<br />

(pajés) em Brasília, exigindo legislação de<br />

proteção “dos saberes tradicionais” sobre uso da<br />

biodiversidade na cura e na saúde.<br />

A geopolítica territorial na Amazônia<br />

Mesmo depois do fim da ditadura, a geopolítica<br />

militar continuou prevalecendo na Amazônia. Foi assim<br />

com o projeto Calha Norte no governo Sarney e<br />

com o Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam,<br />

no governo FHC. Este tem como tarefa principal observar<br />

e controlar os 5,2 milhões de km2 da Amazônia.<br />

É um projeto que integra o programa Sipam – Sistema<br />

de Proteção da Amazônia.<br />

O Sivam constitui-se de uma rede integrada de telecomunicações<br />

baseadas no sensoriamento remoto, que<br />

processa imagens obtidas por satélites e sensores instalados<br />

em aviões. As informações ficarão armazenadas em<br />

banco de dados sediado em Brasília, que operará interligadamente<br />

com três centros de vigilância a serem instalados<br />

em Manaus, AM, Belém, PA e Porto Velho, RO.

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