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180 AMAZÔNIA REVELADA<br />

de total de 1.831.200 t (www.caramuru.com).<br />

Amaggi Exportação e Importação é a empresa lí-<br />

der do grupo André Maggi. Nasceu em 1977, com a Se-<br />

mentes Maggi. Possui seis fazendas no sul de Mato<br />

Grosso, três na Chapada dos Parecis e uma grande fazenda<br />

na região de Querência. Produz 580.000 t de algodão<br />

e grãos (370.000 t de soja e 167.000 t de milho).<br />

Cultiva 113.000 ha de soja, 40.000 de milho e 14.000<br />

de algodão, tem unidades empresariais no setor de logística<br />

(hidrovia do Madeira) e unidade de geração de<br />

energia elétrica (www.grupomaggi.com.br).<br />

O Frigorífico Friboi é líder em exportações, abate<br />

e processamento de carne bovina no Brasil desde<br />

2002. Atua em todo o território nacional e exporta<br />

para mais de 60 países. Processa 10.000 cabeças de<br />

gado por dia. “Constituído por empresas de capital nacional,<br />

o Frigorífico Friboi nasceu em 1953, na cidade<br />

de Anápolis, GO, centro-oeste brasileiro.” Possui unidades<br />

industriais em Andradina, SP, Goiânia, GO, Barra<br />

do Garças, MT, Várzea Grande, MT, Campo Grande,<br />

MT, Araputanga, MS, Cáceres, MT, Iturama, MG, e<br />

dois centros de armazenagem, distribuição e vendas<br />

em São Paulo e Guarulhos (www.friboi.com.br).<br />

Dessa forma, grupos empresariais nacionais somam<br />

com os grupos mundiais no processo de produção,<br />

industrialização e exportação de matérias-primas<br />

oriundas do agronegócio. Junto com muitos outros de<br />

menor porte econômico, articulam-se em Mato Grosso<br />

e outros Estados brasileiros no sentido de controlar<br />

a produção de grãos e de outras commodities. O grupo<br />

Amaggi, operando a hidrovia do Madeira, a Caramuru,<br />

com suas unidades estrategicamente colocadas na<br />

hidrovia Tietê-Paraná, no terminal graneleiro da Ferronorte,<br />

em Alto Taquari, e no porto de Santos. A<br />

construção do terminal graneleiro da Cargill em Santarém<br />

e o acordo da Bunge com a Brasil Ferrovia colocam<br />

no centro do debate, em Mato Grosso, o asfaltamento<br />

da BR-163. Não há como negar a importância<br />

geopolítica e estratégica da rodovia na conexão com o<br />

rio Amazonas e o oceano Atlântico.<br />

Comparada à soja argentina e norte-americana,<br />

a soja brasileira gasta US$ 3 a mais em despesas portuárias<br />

e US$ 21 a mais no frete até o porto. Assim, o escoamento<br />

da produção pelo eixo da Cuiabá-Santarém<br />

reduzirá significativamente esses custos, ao mesmo<br />

tempo em que encurtará a distância entre a região e o<br />

oceano Atlântico. O asfaltamento é uma espécie de<br />

conclusão tardia do principal objetivo dessa rodovia<br />

desde a sua abertura.<br />

O quadro territorial do centro-norte de Mato<br />

Grosso<br />

Do ponto de vista territorial, Mato Grosso apresenta<br />

na porção sul da área de influência da BR-163<br />

uma das principais áreas de concentração do plantio<br />

de soja no cerrado. Do total plantado, 25,48% estão<br />

na região de Sorriso, Lucas e Mutum, que ficam no<br />

cerrado, área bem superior à das regiões de Sinop, Colíder<br />

e Alta Floresta, que estão em área de floresta.<br />

Sinop, considerado centro regional do norte do<br />

Estado, vive a decadência da atividade madeireira –<br />

no passado, sua principal atividade econômica. Muitas<br />

das madeireiras estão mudando para o Pará, especialmente<br />

para Castelo dos Sonhos, Novo Progresso,<br />

Moraes Almeida e Itaúba, pequenos centros urbanos<br />

que surgiram da atividade garimpeira e que serão muito<br />

beneficiados pela BR-163.<br />

Os municípios mais ao norte de Mato Grosso, no

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