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es da Igreja Católica que trabalhavam na região e<br />

que assistiam de perto a esses acontecimentos.<br />

Pode-se dizer que, antes da década de 90, a atuação<br />

do poder público no combate ao trabalho escravo<br />

na região foi praticamente nula. Os fazendeiros contavam<br />

com a conivência das autoridades locais – prefeitos,<br />

policiais – e com segurança privada – pistoleiros<br />

– em suas fazendas. Além disso, muitos possuíam<br />

influência junto a políticos estaduais e federais, o que<br />

os mantinha impunes.<br />

DÉCADA DE 90 – INICIATIVAS NO COMBATE AO<br />

TRABALHO ESCRAVO<br />

É possível falar em um avanço no combate ao trabalho<br />

escravo apenas a partir da década de 90. Nos anos<br />

70 e 80, o grande esforço dos que encabeçavam essa<br />

luta era o de fazer com que fosse reconhecida sua existência.<br />

Nos anos 90, segmentos importantes tanto da<br />

sociedade civil como do poder público passam não só<br />

a reconhecer a existência e a gravidade do problema<br />

como a desencadear ações no sentido de combatê-lo.<br />

Entidades da sociedade civil continuaram denunciando<br />

a situação de trabalho escravo em várias<br />

instâncias e planos. A CPT – apoiada por outras entidades<br />

como a OAB e a Contag – sempre liderou o<br />

combate ao trabalho escravo nos âmbitos local, nacional<br />

e internacional.<br />

No nível local, a CPT continuou registrando as<br />

denúncias de fugitivos das fazendas e encaminhandoas<br />

às autoridades. Também acompanhou os trabalhadores,<br />

sobretudo os ameaçados por fazendeiros.<br />

No plano nacional, a CPT participou da criação<br />

do Fórum Permanente contra a Violência no Campo,<br />

O trabalho escravo é<br />

integrante do processo<br />

de expansão da fronteira<br />

e da história da região.<br />

O poder público, quando<br />

não esteve ausente, foi na<br />

JAN ROCHA 255<br />

maioria das vezes conivente<br />

com os grupos dominantes.

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