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440 AMAZÔNIA REVELADA<br />

trasta com a incipiência do trecho norte da BR-163 no<br />

Pará, passando pela transição da área de Guarantã do<br />

Norte, MT, onde a rede viária básica não é asfaltada,<br />

nem a BR-163, nem as vias estaduais.<br />

A rede hidroviária possibilita, naturalmente, a<br />

oferta de serviços feitos por barcos. O transporte rodoviário<br />

não deixa de ser um competidor, entretanto,<br />

as péssimas condições das rodovias associadas às condições<br />

climáticas terminam por criar sistemas intermitentes<br />

(linhas que não circulam o ano inteiro, serviços<br />

alternativos com vans ou caminhonetes, mototáxis e<br />

até mesmo caminhões “adaptados”, como os antigos<br />

“paus-de-arara”.<br />

Seria enganoso acreditar que a área, mesmo no<br />

trecho paraense da rodovia, é desprovida de serviços<br />

de transporte. Como dito, sua articulação com o restante<br />

do país são surpreendentes e os seus processos de<br />

comunicação interna são variados, em que pesem as<br />

grandes dificuldades. Os transportes, como o artista,<br />

têm de ir onde o povo está.<br />

Grosso modo, e tendo como referência as localidades<br />

no eixo da BR-163, os serviços de transporte de<br />

passageiros poderiam ser assim sintetizados:<br />

• linhas estaduais de transporte coletivo por ônibus,<br />

internas no Pará e Mato Grosso;<br />

• linhas de transporte coletivo por ônibus interestaduais<br />

entre o Pará e Mato Grosso;<br />

• linhas e combinações de linhas entre localidades<br />

do Pará e Mato Grosso para outros Estados,<br />

em especial RS, SC, PR, SP, ES, MA e PI;<br />

• linhas e serviços regulares (regulamentados ou<br />

não) entre localidades ao longo do eixo da BR feitos<br />

com vans, caminhonetes D20 e microônibus;<br />

• serviços para localidades, povoados, colônias,<br />

garimpos e ex-garimpos e comunidades fora do<br />

eixo da BR-163, feitos com caminhonetes D20,<br />

“caminhões adaptados” (pau-de-arara), motocicletas<br />

e “jericos”;<br />

• serviços para localidades, povoados, colônias,<br />

garimpos e ex-garimpos e comunidades feitos<br />

com barcos, canoas e voadeiras em serviços freqüentes<br />

e razoavelmente regulares;<br />

• serviços entre cidades ao longo dos principais<br />

rios feitos com médias e grandes embarcações<br />

(100-150 passageiros);<br />

• transporte aéreo.<br />

Desnecessário e fora do escopo deste texto descrever<br />

todos os serviços existentes: cabe apenas trazer<br />

os elementos relevantes para o entendimento do fenômeno<br />

e apontar os possíveis impactos decorrentes das<br />

mudanças propostas.<br />

Deslocamentos em transporte coletivo<br />

no Pará e Mato Grosso<br />

Os serviços de ônibus intermunicipais dentro dos Estados<br />

do Pará e de Mato Grosso, que atendem as localidades<br />

ao longo da BR-163 – reproduzindo a ausência<br />

do poder público na área –, são inexpressivos: de um<br />

lado sofrem a concorrência das linhas interestaduais e,<br />

de outro, das linhas de transporte alternativo operadas<br />

por vans e caminhonetes D20. Entre Castelo dos<br />

Sonhos e Itaituba, foram encontradas apenas duas<br />

empresas de transporte intermunicipal por ônibus<br />

sob jurisdição do governo do Pará. Uma delas tem<br />

apenas oito veículos. As péssimas condições da estrada<br />

obrigam-nas a determinadas estratégias, como re-

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