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ção, energia elétrica etc.) até conjuntos de elementos<br />

fisicamente não integrados, porém oferecendo um<br />

sistema de serviços coordenadamente planejados, gerenciados<br />

e executados. Assim, podem ser enumerados<br />

diversos conjuntos de serviços como saúde, educação,<br />

previdência social etc., os quais se designam<br />

comumente como infra-estruturas sociais, em contraste<br />

às infra-estruturas técnicas, às quais as redes de<br />

abastecimento acima listadas podem ser agrupadas.<br />

(ARAGÂO et al., 1998)<br />

As infra-estruturas possuem uma importância<br />

que transcende a mera satisfação das necessidades diretas<br />

dos usuários: elas exercem importante papel catalisador<br />

da produtividade e do crescimento do conjunto<br />

das atividades econômicas.<br />

As infra-estruturas podem influenciar as atividades<br />

econômicas de uma área por diversos meios: a)<br />

como fator de produção não pago; b) alavancando<br />

produtividade de outros inputs; c) atraindo inputs de<br />

outros lugares; d) estimulando demanda para construção<br />

de infra-estrutura e outros serviços (EBERTS;<br />

MCMILLEN, 1999).<br />

Outras características das infra-estruturas também<br />

merecem realce:<br />

• durante sua própria construção, são importante<br />

instrumento de política industrial;<br />

• impulsionam a independência estratégica (solidariedade<br />

nacional);<br />

• são instrumento de política social (resgate dos<br />

ideais de eqüidade e participação);<br />

• são elemento de conformação da cultura comum<br />

e da própria educação da sociedade;<br />

ROMULO ORRICO 427<br />

• são questão central da política ambiental e de<br />

recursos naturais.<br />

Esse conjunto de razões econômicas e extra-eco-<br />

nômicas leva a um fenômeno bem conhecido e geralmente<br />

aceito até pelos defensores mais ferrenhos da livre<br />

iniciativa: a forte presença do Estado na regulamentação,<br />

no investimento e até na operação de serviços<br />

de infra-estrutura.<br />

A oferta de um meio de transporte constitui, por<br />

si só, um processo de produção; mas também é um<br />

meio de circulação geral de toda a economia: ele abastece<br />

as empresas dos meios de produção e da mão-deobra<br />

e, simultaneamente, encaminha o produto da<br />

empresa ao mercado (CHAPOUTOT; GAGNEUR, 1973).<br />

Efetivamente, as infra-estruturas de transportes<br />

não podem ser vistas apenas como o suporte físico por<br />

onde passam veículos. Não podem ser desvinculadas<br />

de um complexo econômico de múltiplas ofertas de<br />

serviços (às vezes concorrentes, às vezes complementares),<br />

com demandas associadas a múltiplas atividades<br />

sociais e econômicas. Assim, os elementos de análise<br />

compreendem:<br />

• as diversas demandas atendidas pela infra-estrutura:<br />

- transporte de pessoas (urbano, regional,<br />

rural, interurbano, internacional);<br />

- transporte de carga (urbano, regional, rural,<br />

interurbano, internacional; tipo de carga);<br />

• os diversos tipos de oferta existentes na infraestrutura:<br />

- autoprovimento (pessoas e cargas);<br />

- os diversos tipos de ofertas comerciais;

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