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trução civil, alimentos etc.), gerando fluxos migratórios.<br />

Coerente com sua estratégia de “interiorizar o<br />

desenvolvimento”, o governo JK implementou I Plano<br />

Qüinqüenal (1955-1960), no quadro do Plano de<br />

Valorização Econômica da Amazônia, criado em 1953<br />

(no segundo governo Vargas), supervisionado pela<br />

Superintendência para Valorização Econômica da<br />

Amazônia (SPVEA), organismo de planejamento regional<br />

que antecedeu a Sudam.<br />

O plano de metas de JK anunciava a ideologia desenvolvimentista<br />

que marcaria a história brasileira nos<br />

anos 60. O regime militar, implantado a partir do golpe<br />

de 1964, combinaria “desenvolvimentismo” e doutrina<br />

de segurança nacional, enfatizando os aspectos<br />

geopolíticos do processo de ocupação da Amazônia (o<br />

lema era “integrar para não entregar”). Mediante o uso<br />

de critérios políticos e administrativos, instituiu, em<br />

1966, a Amazônia Legal, compreendida pelos Estados<br />

do Acre, Pará e Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia,<br />

e ainda por áreas de Mato Grosso, Goiás e Maranhão.<br />

No mesmo ano criou a Sudam (Superintendência<br />

do Desenvolvimento da Amazônia), além de organismos<br />

para a captação de créditos e incentivos, como<br />

o Banco da Amazônia S.A. (Basa). Por fim, induziu um<br />

processo de desenvolvimento do setor industrial na<br />

parte ocidental, com a criação da Superintendência da<br />

Zona Franca de Manaus (Suframa).<br />

Ao longo dos anos 70, a ditadura implantou o<br />

Projeto Radam (Radares para a Amazônia) e construiu<br />

a infra-estrutura viária (Transamazônica, Cuiabá-Santarém,<br />

Cuiabá-Porto Velho-Manaus, Manaus-<br />

Rio Branco, Perimetral Norte), ferroviária (Carajás-Itaqui)<br />

e energética (usinas hidrelétricas de Tucuruí, Balbina<br />

e Samuel). Além disso, o governo criou empresas<br />

Amazônia delimitada a partir de diferentes critérios.<br />

JOSÉ ARBEX JR. 35<br />

FONTES: SUDAM. Amazônia: tipos e aspectos. 2. ed. Rio de Janeiro: GB; SUDAM, 1966.<br />

MATTOS, C. M. Uma geopolítica pan-amazônica. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército,<br />

1980. Apud BUENO, Magali Franco. O imaginário brasileiro sobre a Amazônia. São<br />

Paulo, 2002. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) – FFLCH, USP.

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