A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp
A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp
A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
construção e a plantação, por tempo determinado, em imóvel de propriedade de<br />
outrem”<br />
Referido posicionamento, é o mesmo apregoado no direito lusitano, que<br />
conceitua o direito de superfície a faculdade de construir ou manter, perpétua ou<br />
temporariamente, uma obra em terreno alheio, ou de nele fazer ou manter<br />
plantações. 424<br />
Neste mesmo sentido, Maria Helena Diniz 425 apregoa “Direito real de fruição<br />
sobre coisa alheia pelo qual o proprietário concede, por tempo determinado, gratuita ou<br />
onerosamente, a outrem o direito de construir, ou plantar em seu terreno, mediante<br />
escritura publica devidamente assentado no Registro Imobiliário.”<br />
Para Flavio Tartuce e José Fernando Simão 426 é:<br />
“uma concessão feita pelo proprietário (fundieiro ou fundeiro) para quem (superficiário)<br />
realize construção ou plantação de um terreno, mediante escritura pública registrada em<br />
Cartório de Registro de Imóvel....sendo que o superficiário é titular de um direito real<br />
dotado de valor econômico, o que permite a alienação a terceiros (da própria superfície),<br />
ou, ainda, que, sobre a superfície, sejam criados outros direitos reais, caso do usufruto,<br />
da habitação e da hipoteca.”<br />
Já para Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald 427 :<br />
“O direito de superfície consiste na faculdade que o proprietário possui de conceder um<br />
terceiro, tido como superficiário, a propriedade das construções e plantações que este<br />
efetue sobre ou sob o solo alheio (solo, subsolo ou espaço aéreo de terreno), por tempo<br />
determinado ou sem prazo, desde que promova a escritura publica no registro imobiliário.<br />
423 TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />
In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />
12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 256.<br />
424 Código Civil Português. Artigo 1528.º (Princípio geral) O direito de superfície pode ser constituído por<br />
contrato, testamento ou usucapião, e pode resultar da alienação de obra ou árvores já existentes,<br />
separadamente da propriedade do solo.<br />
425 DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico: Q - Z, v. 4. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 566 – 567.<br />
426 Direito Civil, v. 4: Direitos das Coisas. 1ª ed. São Paulo: Método, 2008. p. 330.<br />
427 Direitos Reais. 4ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007. p. 396.<br />
156