19.04.2013 Views

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“em razão dos fatos ocorridos na época medieval, sucintamente referidos atrás,<br />

superfície e enfiteuse passam a ter por objeto, intrinsecamente, o direito de construir e<br />

plantar, ademais de ambas terem deixado de ser um ius in re aliena, para se tornarem<br />

verdadeiras propriedades paralelas do dominus soli, já que tanto o superficiário quanto o<br />

enfiteuta passaram a ter o dominou útil.<br />

Não obstante, o avanço do instituto referido instituto ter ocorrido, este, em<br />

decorrência dos mesmos acontecimentos históricos já apresentado aqui, sofreu uma<br />

grande perda, e tornou-se repúdioso perante a sociedade em decorrência dos abusos<br />

cometidos pelos proprietários do solo. 50<br />

Conforme, José Guilherme Braga Teixeira 51 :<br />

“Tornadas odiosas por terem escravizado o homem à terra, em razão dos absurdamente<br />

altos preços dos censos que os superficiários e enfiteutas (e, principalmente, os inúmeros<br />

e incontáveis subsuperficiários e subenfiteutas) estavam obrigados a pagar a título de<br />

foros, solários, laudêmios etc., superfícies e enfiteuses foram banidas pela Revolução<br />

Francesa, cujo efeitos se estenderam além das fronteiras guilesas, promovendo a<br />

restauração da unidade do domínio na pessoa do senhor do solo.”<br />

Neste mesmo sentido, Paulo Roberto Benasse 52 :<br />

49<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 257.<br />

50<br />

Neste sentido; AZEVE<strong>DO</strong>, Adriano Barcelos de. O direito real de superfície e o seu reingresso no<br />

ordenamento jurídico brasileiro. Disponível em .<br />

Acesso em: 10/06/2009. VENOSA, Silvio de Salvo. <strong>DIREITO</strong> <strong>DE</strong> <strong>SUPERFÍCIE</strong>: Origem histórica.<br />

Conceito. Particularidades. Disponível em .<br />

Acesso em: 10/06/2009.; TEIXEIRA, José Guilherme Braga. O Direito Real de Superfície. São Paulo:<br />

Revista dos Tribunais, 1993. p. 25.; GRAMSTRUP, Erik F. Questões intrigantes Sobre o direito real de<br />

superfície. In: ALVES, Jones Fiqueiredo; Delgado, Mario Luiz. (Coords.). Novo Código Civil: questões<br />

controvertidas: Direito das Coisas, São Paulo; Método, 2008. p. 244.<br />

51<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 257 e 258.<br />

52<br />

BENASSE, Paulo Roberto. O Direito de Superfície e o código civil brasileiro. Campinas: Bookseller,<br />

2002. p. 16.<br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!