19.04.2013 Views

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

A FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO DE SUPERFÍCIE - Fadisp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Tal justificativa tem como fundamento, que em Roma, neste período houve a<br />

existência de um instituto com estas características, ou seja, um arrendamento de forma<br />

perpétua ou de longo prazo (ius in agro uectigal) 22 , que permitia a ocupação e cultivo<br />

pelos particulares em terra do Estado, Município e Associações religiosas, em contrapartida,<br />

mediante pagamento de cânon, porem naquele período de uectigal (para o<br />

cultivo) e solarium (para as construções). 23<br />

Referente esta contra-prestação, dispõe o seguinte José Guilherme Braga<br />

Teixeira: “Convém frisar que, mesmo na antiga Roma, o direito de superfície costumava<br />

ser remunerado por uma contraprestação consistente num cânon denominado solarium.<br />

Entretanto, podia ser a superfície concebida sem nenhuma retribuição, posto que não<br />

era o solarium essencial ao instituto.” 24<br />

Referido instituto, foi de grande valia para Roma, tendo em vista que este, foi<br />

utilizado para a expansão do império das terras adquiridas no transcurso de seu<br />

apogeu, bem como assegurando ainda, a posse em favor do Império. 25<br />

Nesta esteira, o Arnaldo Rizzarto 26 acrescenta:<br />

“No direito romano, em sua primeira fase, vingava o principio da associação estreita entre<br />

o solo e a superfície, sendo ambos partes da mesma coisa, o que levou a formar a<br />

expressão superficies solo cedit, ou seja, a superfície segue o solo. Quem fosse dono do<br />

21<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 256.<br />

22<br />

ANDRA<strong>DE</strong>, Marcus Vinícius dos Santos. Superfície à luz do Código Civil e do Estatuto da Cidade.<br />

Curitiba: Juruá, 2009. p. 33.<br />

23<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 256.<br />

24<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 277.<br />

25<br />

TEIXEIRA, José Guilherme Braga. Da propriedade, da superfície e das servidões. Arts. 1.277 a 1.389.<br />

In: ARRUDA ALVIM, José Manuel de; ALVIM Thereza (orgs.) Comentários ao Código Civil Brasileiro. v.<br />

12. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 256.<br />

26<br />

RIZZAR<strong>DO</strong>, Arnaldo. Direito das Coisas. 1ª ed. Rio de janeiro: Forense, 2004. p. 861.<br />

19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!