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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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136 GÊNESIS 22<br />

Isaque fizeram a vontade <strong>do</strong> Senhor e glorificaram<br />

a Jesus Cristo. Devemos parar e refletir<br />

sobre essa importante verdade.<br />

4 . P r o c u r e g l o r if ic a r a C r is t o<br />

Durante as provações, é fácil pensar apenas<br />

em nossas necessidades e em nossos far<strong>do</strong>s;<br />

em vez disso, devemos nos concentrar em<br />

glorificar a Jesus Cristo. Pegamo-nos perguntan<strong>do</strong>:<br />

"Como posso sair dessa situação?"<br />

em lugar de: "O que posso aprender com<br />

isso de mo<strong>do</strong> a honrar ao Senhor?". Por vezes,<br />

desperdiçamos nosso sofrimento ao<br />

negligenciar ou ignorar as oportunidades de<br />

revelar Jesus Cristo a outros que nos observam,<br />

enquanto passamos pela fornalha de<br />

fogo.<br />

Se já houve duas pessoas sofre<strong>do</strong>ras que<br />

revelaram Jesus Cristo foram Abraão e Isaque<br />

no monte Moriá. Sua experiência é um retrato<br />

<strong>do</strong> Pai, <strong>do</strong> Filho e da cruz e um <strong>do</strong>s símbolos<br />

mais antigos de Cristo encontra<strong>do</strong>s em<br />

to<strong>do</strong> o <strong>Antigo</strong> <strong>Testamento</strong>. Jesus disse aos<br />

judeus: "Abraão, vosso pai, alegrou-se por<br />

ver o meu dia, viu-o e regozijou-se" (Jo 8:56).<br />

No nascimento miraculoso de Isaque, Abraão<br />

viu o dia <strong>do</strong> nascimento de Cristo. E no casamento<br />

de Isaque (Gn 24), viu o dia da volta<br />

de Cristo para buscar sua noiva. No monte<br />

Moriá, porém, quan<strong>do</strong> Isaque estava disposto<br />

a colocar-se no altar, Abraão viu o dia da<br />

morte e ressurreição de Cristo. Encontramos<br />

várias verdades sobre a expiação nesse acontecimento.<br />

O Pai e o Filho agiram em conjunto. A<br />

frase comovente: "Caminhavam ambos juntos"<br />

(Gn 22:6, 8) aparece duas vezes durante<br />

a narração. Em nosso testemunho<br />

evangelístico, muitas vezes damos ênfase<br />

ao amor <strong>do</strong> Pai pelos peca<strong>do</strong>res perdi<strong>do</strong>s<br />

(Jo 3:1-6) e ao amor <strong>do</strong> Filho por aqueles<br />

pelos quais morreu (1 Jo 3:16), mas deixamos<br />

de mencionar que o Pai e o Filho amam<br />

um ao outro. Jesus Cristo é o "Filho ama<strong>do</strong>"<br />

(Mt 3:1 7) de seu Pai, e o Filho disse: "para<br />

que o mun<strong>do</strong> saiba que eu amo o Pai" (Jo<br />

14:31). Abraão não reteve seu filho para si<br />

(Gn 22:16), assim como o Pai não poupou<br />

seu Filho, mas "por to<strong>do</strong>s nós o entregou"<br />

(Rm 8:32).<br />

O Filho precisava morrer. Abraão levou<br />

consigo uma faca e uma tocha. Dois instrumentos<br />

usa<strong>do</strong>s para a morte. A faca daria<br />

cabo da vida física de Isaque e o fogo queimaria<br />

a lenha no altar onde seu corpo seria<br />

coloca<strong>do</strong>. No caso de Isaque, um substituto<br />

morreu em seu lugar; mas ninguém podia<br />

assumir o lugar de lesus na cruz. Ele era o único<br />

sacrifício capaz, de mo<strong>do</strong> completo e definitivo,<br />

de tirar os peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Deus<br />

proveu um carneiro. A resposta à pergunta<br />

de Isaque: "Onde está o cordeiro?" foi dada<br />

por João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus,<br />

que tira o peca<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>!" (Jo 1:29).<br />

Na Bíblia, o fogo com freqüência simboliza<br />

a santidade de Deus (Dt 4:24; 9:3; Hb<br />

12:29). A cruz foi o instrumento físico da<br />

morte. No Calvário, porém, Cristo experimentou<br />

muito mais <strong>do</strong> que a morte. Ele<br />

sentiu o julgamento de Deus pelos peca<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Isaque não sentiu nem a faca nem<br />

o fogo, mas Jesus sofreu com ambos. O pai<br />

amoroso de Isaque estava perto dele, mas<br />

Jesus foi aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> por seu Pai quan<strong>do</strong> se<br />

fez peca<strong>do</strong> por nós (Mt 27:45, 46; 2 Co<br />

5:21). Que maravilhoso amor!<br />

O Filho levou o far<strong>do</strong> <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>. E interessante<br />

que a lenha seja mencionada cinco<br />

vezes nessa narrativa e que Isaque não começasse<br />

a carregá-la até que chegaram ao<br />

monte Moriá. A lenha não é um símbolo da<br />

cruz, pois Jesus não carregou sua cruz o caminho<br />

to<strong>do</strong> até o Calvário. A lenha parece<br />

retratar o far<strong>do</strong> <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> que Jesus levou<br />

por nós (1 Pe 2:24). Abraão tomou a lenha<br />

"e a colocou sobre Isaque, seu filho" (Gn<br />

22:6), e "o S e n h o r fez cair sobre ele [Jesus] a<br />

iniqüidade de nós to<strong>do</strong>s" (Is 53:6). O fogo<br />

consumiu a lenha como um retrato <strong>do</strong> julgamento<br />

de Deus contra o peca<strong>do</strong>.<br />

O Filho foi ressurreto dentre os mortos.<br />

Isaque não chegou a morrer, mas, "figuradamente"<br />

(Hb 11:19), morreu e foi ressurreto<br />

dentre os mortos. Jesus, porém, morreu de<br />

fato e foi sepulta<strong>do</strong>, mas foi ressurreto de<br />

mo<strong>do</strong> triunfante. É interessante o fato de que<br />

Abraão voltou para onde estavam os <strong>do</strong>is<br />

servos (Gn 22:19), mas não se faz menção<br />

alguma de Isaque. Na realidade, não é dito<br />

mais nada sobre Isaque até que o vemos

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