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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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DEUTERONÔMIO 8-11 521<br />

o temor <strong>do</strong> Senhor, isso traria o juízo de Deus<br />

sobre a nação. Mas por que Israel não iria<br />

querer entrar na Terra Prometida, a boa terra<br />

que Deus havia prepara<strong>do</strong> para eles? Era uma<br />

terra que lhes oferecia tu<strong>do</strong> o que podiam<br />

desejar para uma vida feliz.<br />

Uma vez que a água é um bem precioso<br />

no Oriente, Moisés a menciona primeiro: ribeiros,<br />

fontes e mananciais profun<strong>do</strong>s sain<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s vales a das montanhas. Mais adiante,<br />

Moisés fala das chuvas que Deus prometeu<br />

enviar to<strong>do</strong>s os anos (Dt 11:14), as primeiras<br />

chuvas de primavera e as últimas de outono.<br />

Com a bênção de Deus, a abundância<br />

de água permitiria a abundância de colheitas,<br />

e os israelitas ceifariam grãos, uvas, figos<br />

e azeitonas e também encontrariam mel.<br />

Haveria pastagem farta para os rebanhos e<br />

cobre e ferro enterra<strong>do</strong>s nas rochas e montes.<br />

Sem dúvida, era uma terra de leite e mel,<br />

onde nada faltava. Tu<strong>do</strong> isso tipifica, para o<br />

cristão de hoje, a riqueza espiritual que temos<br />

em Cristo: as riquezas de sua graça (Ef<br />

1:7; 2:7), as riquezas de sua glória (Ef 1:18;<br />

3:16), as riquezas de sua misericórdia (Ef 2:4)<br />

e as "insondáveis riquezas de Cristo" (Ef 3:8).<br />

Somos completos em Cristo (Cl 2:10), no<br />

qual habita toda a plenitude (Cl 1:19) e, portanto,<br />

temos tu<strong>do</strong> de que precisamos e de<br />

que viremos a precisar para uma vida cristã<br />

plena para a glória de Deus. O Senhor tem<br />

uma vida maravilhosa planejada para cada<br />

um de seus filhos (Ef 2:10) e supre tu<strong>do</strong> o que<br />

é necessário a fim de cumprir esse plano.<br />

Esquecen<strong>do</strong>-se dã bondade de Deus (vv.<br />

10-18). A prosperidade e o conforto trazem<br />

consigo o perigo de nos envolvermos tanto<br />

com as bênçãos a ponto de nos esquecermos<br />

daquele que nos abençoou. Por esse<br />

motivo, Moisés admoestou os israelitas a<br />

louvar a Deus depois de fazer suas refeições,<br />

para que não se esquecessem <strong>do</strong> Doa<strong>do</strong>r de<br />

tu<strong>do</strong> o que é bom e perfeito (v. 10; Tg 1:1 7).<br />

Quan<strong>do</strong> eu era menino, meu tio Simon - o<br />

"tio prega<strong>do</strong>r" sueco - nos visitava de vez<br />

em quan<strong>do</strong>, e iembro-me de que ele não<br />

apenas agradecia a Deus antes de comer,<br />

mas também terminava a refeição com uma<br />

oração de graças. Foi só vários anos depois<br />

que descobri que ele estava obedecen<strong>do</strong> a<br />

Deuteronômio 8:10. É natural agradecer<br />

pelo alimento quan<strong>do</strong> estamos com fome,<br />

mas também é sábio dar graças depois que<br />

estamos satisfeitos.<br />

Moisés descreveu os perigos relaciona<strong>do</strong>s<br />

a se esquecer de que Deus é a fonte de<br />

todas as bênçãos que desfrutamos. Se nos<br />

esquecermos de Deus, então, de uma forma<br />

ou de outra, sempre nos orgulharemos de<br />

nosso sucesso (v. 14) e nos esqueceremos<br />

daquilo que éramos antes de o Senhor nos<br />

chamar. Os israelitas haviam si<strong>do</strong> escravos<br />

no Egito, e logo estariam viven<strong>do</strong> em casas<br />

confortáveis, ven<strong>do</strong> seus rebanhos crescerem,<br />

juntan<strong>do</strong> ouro e prata e se esquecen<strong>do</strong> daquilo<br />

que o Senhor havia feito por eles. Haviam<br />

si<strong>do</strong> nômades no deserto, mas em breve estariam<br />

assenta<strong>do</strong>s numa terra rica, desfrutan<strong>do</strong><br />

paz e prosperidade com seus filhos e<br />

netos. Seria muito fácil que os israelitas se<br />

tornassem orgulhosos e se esquecessem de<br />

como eram desampara<strong>do</strong>s antes de o Senhor<br />

resgatá-los. Não tardariam em pensar que<br />

seu sucesso poderia ser atribuí<strong>do</strong> a suas próprias<br />

forças e sabe<strong>do</strong>ria - e que era mereci<strong>do</strong>!<br />

"Antes, te lembrarás <strong>do</strong> S e n h o r , teu Deus,<br />

porque é ele o que te dá força para adquirires<br />

riquezas" (v. 18).<br />

Rejeitan<strong>do</strong> a autoridade de Deus (vv. 19,<br />

20). No ponto mais crítico desse declínio<br />

espiritual, os "israelitas abasta<strong>do</strong>s" deixariam<br />

o Senhor, o verdadeiro Deus vivo, e passariam<br />

a a<strong>do</strong>rar aos falsos deuses de seus<br />

vizinhos. A i<strong>do</strong>latria começa no coração<br />

quan<strong>do</strong> a gratidão ao Doa<strong>do</strong>r é substituída<br />

pela cobiça pelas dádivas. "Porquanto, ten<strong>do</strong><br />

conhecimento de Deus, não o glorificaram<br />

como Deus" (Rm 1:21). Um coração ingrato<br />

pode tornar-se rapidamente um abrigo para<br />

to<strong>do</strong> tipo de atitude pecaminosa e de apetite<br />

carnal. O que o Senhor faria? Trataria a<br />

i<strong>do</strong>latria de seu próprio povo como havia<br />

trata<strong>do</strong> a i<strong>do</strong>latria das nações que expulsara<br />

da terra e destruiria Israel e seus falsos deuses.<br />

Antes de Moisés terminar seu discurso,<br />

delineou os termos da aliança de Deus com<br />

Israel e da disciplina que Deus enviaria caso<br />

o povo insistisse em a<strong>do</strong>rar í<strong>do</strong>los.<br />

Prosperidade - ingratidão - i<strong>do</strong>latria: três<br />

passos para a destruição. No entanto, não se

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