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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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NÚM ERO S 13-14 439<br />

três ou quatro gerações, isso significava que<br />

to<strong>do</strong> o lar sofria em função <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

pais.<br />

O argumento final de Moisés em favor<br />

<strong>do</strong> perdão de Israel foi o fato de que o Senhor<br />

já havia per<strong>do</strong>a<strong>do</strong> seu povo diversas<br />

vezes anteriormente (Nm 14:19). "Não nos<br />

trata segun<strong>do</strong> os nossos peca<strong>do</strong>s, nem nos<br />

retribui consoante as nossas iniqüidades" (SI<br />

103:10; ver Ed 9:13). O fato de Deus nos<br />

per<strong>do</strong>ar não é um incentivo para que continuemos<br />

pecan<strong>do</strong>, pois o Senhor disciplina<br />

aqueles que se rebelam contra ele. Deus nos<br />

per<strong>do</strong>a para que possamos temê-lo (SI<br />

103:4) e para que não tenhamos mais o desejo<br />

de pecar (Jo 8:10, 11).<br />

Perdão (vv. 20-22). Deus garantiu a Moisés<br />

que iria, de fato, per<strong>do</strong>ar o peca<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo<br />

(v. 20), mas isso não impediria as terríveis<br />

conseqüências destrutivas que o peca<strong>do</strong> traz.<br />

Os israelitas rebeldes não estavam preocupa<strong>do</strong>s<br />

com a glória <strong>do</strong> Senhor, mesmo sen<strong>do</strong><br />

essa glória aquilo que os guiava a cada dia e<br />

que pairava sobre o tabernáculo a cada noite.<br />

Deus queria usar Israel para magnificar sua<br />

glória por toda a terra (v. 21; SI 72:19; Is 6:3;<br />

Hc 2:14), mas o povo havia fracassa<strong>do</strong> completamente.<br />

Disciplina (w . 23-38). O juízo de Deus<br />

foi triplo: (1) a nação vagaria pelo deserto<br />

durante trinta e oito anos, totalizan<strong>do</strong> quarenta<br />

anos no deserto, um para cada dia que<br />

os espias haviam investiga<strong>do</strong> a Terra Prometida;<br />

(2) durante esse tempo, a geração mais<br />

velha, de vinte anos para cima, morreria e,<br />

portanto, não entraria na terra, com exceção<br />

de Calebe e de Josué; e (3) os dez espias<br />

incrédulos morreriam por causa de seu relato<br />

pecaminoso sobre o que haviam visto<br />

(vv. 36-38).<br />

Os israelitas se lamentaram dizen<strong>do</strong> que<br />

desejavam morrer no deserto (v. 2) e queixaram-se<br />

de que seus filhos morreriam em<br />

Canaã (v. 3); porém, Deus declarou que os<br />

filhos deles viveriam em Canaã e que os adultos<br />

morreriam no deserto! Deus usou as palavras<br />

da boca <strong>do</strong> próprio povo para julgá-los.1<br />

Tenha cuida<strong>do</strong> com aquilo que você diz a<br />

Deus quan<strong>do</strong> reclama, pois ele pode satisfazer<br />

seu desejo! Afinal, o maior juízo de<br />

Deus é deixar que as pessoas consigam aquilo<br />

que querem.<br />

Moisés liderou a marcha fúnebre mais<br />

longa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e Calebe e Josué viram toda<br />

a sua geração morrer. No entanto, os <strong>do</strong>is<br />

seriam encoraja<strong>do</strong>s pela promessa de Deus<br />

de que ambos entrariam na Terra Prometida<br />

e desfrutariam sua herança. Essa garantia seria<br />

suficiente para dar-lhes forças nos dias de<br />

provação, enquanto a nação marchava, uma<br />

disciplina da qual nem Calebe nem Josué<br />

eram culpa<strong>do</strong>s. Semelhantemente, a esperança<br />

abençoada da volta de Cristo encoraja o<br />

povo de Deus nos dias de hoje, apesar das<br />

provações que passamos em nossa jornada<br />

de peregrinos.<br />

5. Is r a e l desobedeceu à o rd e m de D e u s<br />

(Nm 14:39-45; D t 1:41-46)<br />

No dia seguinte àquele grande fracasso, os<br />

israelitas deviam começar sua longa marcha<br />

pelo deserto (Nm 14:25), mas a nação se recusou<br />

a obedecer. A incredulidade, o espírito<br />

de murmuração e a atitude de rebeldia<br />

causam problemas sem fim na vida daqueles<br />

que os cultivam. "A soberba precede a ruína,<br />

e a altivez de espírito, a queda" (Pv 16:18).<br />

O povo de Israel "se contristou muito"<br />

(Nm 14:39) e disse: "havemos peca<strong>do</strong>" (v.<br />

40),2mas essa aflição era remorso e não verdadeiro<br />

arrependimento. Os israelitas estavam<br />

arrependi<strong>do</strong>s pelas conseqüências de<br />

seus peca<strong>do</strong>s, mas não pelos peca<strong>do</strong>s em si.<br />

Israel havia se rebela<strong>do</strong> contra Deus e priva<strong>do</strong><br />

o Senhor de sua glória; no entanto, não<br />

mostrava espírito quebranta<strong>do</strong> nem contrição<br />

pelo peca<strong>do</strong>. Ao contrário de Moisés<br />

e de Arão, não se prostraram com o rosto<br />

em terra nem buscaram a ajuda <strong>do</strong> Senhor.<br />

Em vez disso, foram da rebeldia à presunção<br />

e tentaram lutar contra o inimigo com suas<br />

próprias forças.<br />

Admitir o peca<strong>do</strong> não é o mesmo que<br />

confessar o peca<strong>do</strong>, voltar-se para o Senhor<br />

e buscar sua misericórdia. Os israelitas pensaram<br />

que seria possível recomeçar, pois<br />

Deus havia lhes concedi<strong>do</strong> o perdão, mas<br />

estavam erra<strong>do</strong>s. Deus havia per<strong>do</strong>a<strong>do</strong> os<br />

peca<strong>do</strong>s deles, mas também havia instituí<strong>do</strong><br />

um novo plano que atrasaria a conquista da

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