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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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464 NÚM ERO S 22:1 - 23:26<br />

um povo muito especial, salvo pela graça<br />

<strong>do</strong> Senhor. Em vez de manterem a separação<br />

(2 Co 6:14 - 7:1), promovem a imitação (1 Jo<br />

2:15-17; Rm 12:2), de mo<strong>do</strong> que está cada<br />

vez mais difícil distinguir entre o povo de<br />

Deus e o povo <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. No entanto, como<br />

Campbell Morgan nos lembrou: "A igreja contribuía<br />

mais com o mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> era menos<br />

parecida com ele".<br />

A terceira ênfase de Balaão foi sobre a<br />

vastidão <strong>do</strong> acampamento de Israel, mesmo<br />

que estivesse ven<strong>do</strong> apenas uma pequena<br />

parte dele (Nm 22:41). Seu uso da palavra<br />

"pó" nos lembra das promessas de Deus a<br />

Abraão, e seus descendentes de que se multiplicariam<br />

e se tornariam tão numerosos<br />

quanto o pó da terra (Gn 13:16; 28:14). Nações<br />

surgem e desaparecem, mas apesar de<br />

todas as suas provações, os israelitas jamais<br />

foram destruí<strong>do</strong>s. Antes, multiplicaram-se e,<br />

hoje, encontram-se espalha<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong>.<br />

Balaão foi envia<strong>do</strong> para amaldiçoar Israel,<br />

no entanto terminou seu oráculo dizen<strong>do</strong><br />

que desejava ser como Israel! "Que eu<br />

morra a morte <strong>do</strong>s justos, e o meu fim seja<br />

como o dele" (Nm 23:10). Contu<strong>do</strong>, não se<br />

pode ter a morte <strong>do</strong> justo a menos que se<br />

viva como um, e isso era algo que Balaão<br />

não estava disposto a fazer. O amor ao dinheiro<br />

controlava sua vida de tal mo<strong>do</strong> que<br />

ele faria qualquer coisa para obter riquezas.<br />

Balaão morreu com os perversos quan<strong>do</strong> Israel<br />

derrotou os midianitas (Nm 31:8), e seu<br />

fim foi o juízo eterno.<br />

Quan<strong>do</strong> Balaque reclamou da bênção,<br />

Balaão só pôde dar uma resposta: as palavras<br />

haviam vin<strong>do</strong> de Deus, e era isso o que<br />

ele devia falar. Balaão poderia ter inventa<strong>do</strong><br />

a maldição e engana<strong>do</strong> Balaque, mas o Senhor<br />

não permitiu que ele o fizesse, pois, um<br />

dia, as bênçãos proferidas pelo adivinho fariam<br />

parte da Palavra de Deus.<br />

A segundã bênção (w . 13-26). A fim de<br />

encorajar Balaão a fazer aquilo para o que<br />

havia si<strong>do</strong> pago - amaldiçoar Israel -, Balaque<br />

pediu a seu profeta contrata<strong>do</strong> que visse a<br />

situação de outro ângulo. Levou-o para o<br />

alto <strong>do</strong> monte Pisga onde, mais uma vez,<br />

ofereceram sacrifícios a seus deuses (vv. 13,<br />

14; ver Dt 34:1-4). O fato de Balaão ter participa<strong>do</strong><br />

desses rituais pagãos de ocultismo<br />

demonstra a perversidade de seu coração.<br />

Ele proferia a Palavra de Deus e ansiava morrer<br />

como os justos, mas não via nada de<br />

erra<strong>do</strong> em usar encantamentos ou em relacionar-se<br />

com Satanás (Nm 24:1). Era um<br />

homem <strong>do</strong>bre, cujo maior desejo era ganhar<br />

o máximo possível de dinheiro venden<strong>do</strong><br />

seus serviços.<br />

A primeira bênção retratava Israel como<br />

um povo escolhi<strong>do</strong> por causa <strong>do</strong> amor de<br />

Deus e a segunda mostra os israelitas como<br />

um povo conquista<strong>do</strong>r por causa da fidelidade<br />

de Deus. O Senhor não mente, de mo<strong>do</strong><br />

que todas as suas promessas e aliança são<br />

certas. Ele não muda e, portanto, seu caráter<br />

permanece o mesmo. Ele não é fraco, mas<br />

tem to<strong>do</strong> o poder de cumprir suas promessas,<br />

e ninguém pode manipular nem controlar<br />

o Senhor.6 Deus estava com o povo de<br />

Israel e governava como seu Rei.<br />

Foi Deus quem deu a Israel suas vitórias,<br />

começan<strong>do</strong> com seu êxo<strong>do</strong> <strong>do</strong> Egito.<br />

A nação era como boi selvagem em sua<br />

força e como uma leoa e um leão em sua<br />

determinação de capturar sua presa e<br />

matá-la. Assim, nenhum encantamento podia<br />

prosperar contra o povo de Deus, pois<br />

o Senhor estava operan<strong>do</strong> neles e por meio<br />

deles. "Que coisas tem feito Deus!" (Nm<br />

23:23).<br />

Quan<strong>do</strong> Deus olhava para Israel, não<br />

contemplava a iniqüidade nem a perversidade<br />

e, portanto, não tinha motivo para julgar<br />

a nação. Era um "reino de sacer<strong>do</strong>tes e nação<br />

santa" (Êx 19:6), mesmo que o Senhor<br />

tivesse de discipliná-los por sua incredulidade<br />

e desobediência. Os cristãos, hoje, são<br />

o povo escolhi<strong>do</strong> de Deus (Ef 1:4), ocultos<br />

em Cristo (Cl 3:3), revesti<strong>do</strong>s de sua justiça<br />

(2 Co 5:17, 21) e assenta<strong>do</strong>s com ele nos<br />

lugares celestiais (Ef 2:4-6). Pelo fato de estarmos<br />

"em Cristo", Deus nos vê como seu<br />

povo especial (1 Pe 2:5, 9, 10) e nos trata<br />

como tal.<br />

Mais uma vez, Deus transformou a maldição<br />

em bênção!<br />

As batalhas que o povo de Deus enfrenta,<br />

hoje, não são contra carne e sangue aqui

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