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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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418 NÚMEROS 5 - 7<br />

Apesar de essas leis envolverem questões<br />

de saúde e de higiene, seu propósito<br />

fundamental era ensinar aos israelitas o senti<strong>do</strong><br />

da separação e da santidade. Israel devia<br />

ser um povo puro e, para isso, precisava<br />

obedecer à Palavra de Deus em todas as<br />

áreas da vida. Hoje em dia, o povo de Deus<br />

precisa dar ouvi<strong>do</strong> a estas palavras: "purifiquemo-nos<br />

de toda impureza, tanto da carne<br />

como <strong>do</strong> espírito, aperfeiçoan<strong>do</strong> a nossa<br />

santidade no temor de Deus" (2 Co 7:1).<br />

Quan<strong>do</strong> o Senhor ministrou aqui na Terra,<br />

ignorou as leis de imundície e tocou leprosos<br />

(Lc 5:12-1 5), foi toca<strong>do</strong> por pessoas com<br />

fluxos anormais (Lc 8:43-48) e, até mesmo,<br />

tocou os mortos (Lc 7:11-17; 8:49-56). O<br />

toque <strong>do</strong> Médico <strong>do</strong>s médicos trouxe cura<br />

às vítimas, porém não contaminou o Filho<br />

de Deus. Foi somente quan<strong>do</strong> morreu na cruz<br />

que levou sobre si nossa impureza e a terrível<br />

"enfermidade" de nosso peca<strong>do</strong> (1 Pe<br />

2:24; Is 53:4-6).<br />

Contaminação interpessoal (w . 5-10). A<br />

pessoa que cometia uma ofensa contra outra<br />

devia confessá-la e restituir o que fosse<br />

preciso (ver Lv 6:1-7, 7:1-10). Não bastava<br />

apenas confessar o peca<strong>do</strong>, dizer "sinto muito"<br />

e, depois, levar o sacrifício pelo peca<strong>do</strong><br />

ao sacer<strong>do</strong>te. O transgressor deveria pagar à<br />

parte prejudicada (um parente ou o sacer<strong>do</strong>te)<br />

uma quantia em dinheiro equivalente<br />

à perda sofrida, acrescentan<strong>do</strong> a esse valor<br />

mais 20%. Desse mo<strong>do</strong>, o Senhor ensinou a<br />

seu povo que o peca<strong>do</strong> tem alto preço e<br />

magoa as pessoas, e o verdadeiro arrependimento<br />

exige uma restituição honesta.<br />

No entanto, havia outro elemento envolvi<strong>do</strong>.<br />

Israel estava prestes a enfrentar seus<br />

inimigos, e não podia haver unidade no exército<br />

se o povo tivesse conflitos internos por<br />

causa de ofensas pendentes. Solda<strong>do</strong>s zanga<strong>do</strong>s<br />

com seus companheiros e com Deus<br />

poderiam levar a nação à derrota. A verdadeira<br />

unidade começa quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s estão<br />

em ordem com Deus e uns com os outros.<br />

Contaminação matrimonial (w. 11-31).<br />

A fidelidade no casamento é um alicerce de<br />

toda sociedade, pois quan<strong>do</strong> o lar vai bem, a<br />

nação também vai. Em Israel, o adultério não<br />

apenas contaminava as pessoas envolvidas,<br />

mas também a própria terra, e era um peca<strong>do</strong><br />

abominável a Deus (Lv 18:20, 24-29). O<br />

adultério era uma ofensa capital. Se a culpa<br />

fosse comprovada, o casal adúltero era apedreja<strong>do</strong><br />

até a morte (Dt 22:22-24).<br />

Suponhamos que um mari<strong>do</strong> suspeitasse<br />

que sua esposa estava sen<strong>do</strong> infiel, mas<br />

não tivesse testemunhas para provar. O que<br />

poderia fazer? Se suas suspeitas estivessem<br />

erradas, quanto mais tempo escondesse seus<br />

sentimentos, mais danos causaria a si mesmo,<br />

à esposa e à família. Se suas suspeitas<br />

estivessem corretas, a infidelidade da esposa<br />

poderia trazer fluxos espúrios - ou até<br />

mesmo <strong>do</strong>enças - para casa. Para resolver<br />

esse dilema, o Senhor instituiu uma prova.<br />

Vejamos primeiro os procedimentos e,<br />

depois, as questões envolvidas.2<br />

Primeiramente, o mari<strong>do</strong> levava a esposa<br />

para o sacer<strong>do</strong>te à porta <strong>do</strong> tabernáculo<br />

com a oferta determinada (Nm 5:15, 16). O<br />

teste era um acontecimento público que<br />

podia ser visto e ouvi<strong>do</strong> por outros. Então, o<br />

sacer<strong>do</strong>te apresentava a mulher ao S e n h o r ,<br />

pois somente Deus era o Juiz desse caso (vv.<br />

15, 16; Lv 5:1-13). As palavras "perante o<br />

S e n h o r " aparecem quatro vezes nessa passagem<br />

(Nm 5:16, 18, 25, 30), e o nome <strong>do</strong><br />

S e n h o r é menciona<strong>do</strong> duas vezes no juramento<br />

(v. 21). O sacrifício era o mais simples<br />

possível, <strong>do</strong> tipo que uma pessoa pobre<br />

pudesse levar, e era apresenta<strong>do</strong> sem óleo<br />

nem incenso. O casal ficava diante <strong>do</strong> Senhor<br />

como o mais pobre <strong>do</strong>s pobres.<br />

Segun<strong>do</strong>, o sacer<strong>do</strong>te pegava água da<br />

bacia e pó <strong>do</strong> chão <strong>do</strong> tabernáculo e misturava-os<br />

num vaso de barro (v. 17). Talvez o<br />

pó fosse uma lembrança das origens humildes<br />

<strong>do</strong> homem (Gn 2:7) e de seu destino - a<br />

morte (Sl 22:15).<br />

Terceiro, o sacer<strong>do</strong>te soltava o cabelo<br />

da esposa, como se ela estivesse prantean<strong>do</strong><br />

(Nm 5:18). O cabelo da mulher é sua<br />

glória e cobertura, e, com esse ato, ela estava<br />

apresentan<strong>do</strong> sua glória ao Senhor, sem<br />

esconder coisa alguma dele (1 Co 11:15).<br />

Ao mesmo tempo, o sacer<strong>do</strong>te colocava a<br />

oferta nas mãos da mulher.<br />

Em quarto lugar, o sacer<strong>do</strong>te fazia a esposa<br />

jurar diante de Deus (Nm 5:19) e, então,

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