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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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N Ú M ERO S 23:27 - 25:1 8 467<br />

<strong>do</strong>mina<strong>do</strong>r", sem dúvida, dizem respeito ao<br />

Messias (Nm 24:19; SI 72:8; Zc 9:10; Ap<br />

1:6). Apesar de parte dessa profecia ter se<br />

cumpri<strong>do</strong> em menor escala com as conquistas<br />

de Davi, Jesus, o Filho de Davi, irá<br />

cumpri-las em sua totalidade quan<strong>do</strong> conquistar<br />

seus inimigos e estabelecer seu reino<br />

aqui na Terra (Ap 19:11 - 20:6).<br />

No entanto, o adivinho ainda não havia<br />

termina<strong>do</strong>. No alto <strong>do</strong> monte Peor, teve visões<br />

sobre outras nações e previu o destino<br />

delas. Amaleque (Nm 24:20) foi a primeira<br />

nação a atacar Israel depois da saída <strong>do</strong> Egito<br />

(Êx 17:8-16), mas seria finalmente derrotada<br />

e exterminada por Davi (1 Sm 27:8, 9;<br />

2 Sm 8:11, 12). Os queneus (Nm 24:21, 22)<br />

eram um povo nômade que vivia no meio<br />

<strong>do</strong>s midianitas.2 Habitava as regiões montanhosas,<br />

mas seu "ninho" não o protegeria da<br />

invasão <strong>do</strong>s assírios (Assur), que o levariam<br />

para o cativeiro. O destino das nações está<br />

nas mãos de Deus (At 17:24-28), e nenhuma<br />

nação ou indivíduo poderia sobreviver sem<br />

a misericórdia de Deus (Nm 24:23).<br />

As previsões <strong>do</strong> versículo 25 são difíceis<br />

de interpretar, mas como afirma o Dr. Roland<br />

B. Allen: "Uma nação se levantará e suplantará<br />

outra, mas em seguida será arruinada.<br />

Em contraste com isso, fica implícita a bênção<br />

permanente <strong>do</strong> povo de Israel e a promessa<br />

infalível de um futuro liberta<strong>do</strong>r que<br />

terá a vitória final".3 É impressionante Deus<br />

ter da<strong>do</strong> essa visão a um adivinho gentio<br />

ganancioso em vez de colocar as palavras<br />

nos lábios de um profeta consagra<strong>do</strong> de Israel.<br />

Contu<strong>do</strong>, o Senhor é soberano em to<strong>do</strong>s<br />

os seus caminhos, e os seus caminhos são mais<br />

eleva<strong>do</strong>s que os nossos (Is 55:8-11).<br />

2. B a la ã o e o p o v o de D e u s<br />

(N m 25:1-18)<br />

"Então, Balaão se levantou, e se foi, e voltou<br />

para a sua terra" (Nm 24:25). Essas palavras<br />

não devem ser interpretadas como se significassem<br />

que Balaão voltou imediatamente<br />

para Petor, pois ele estava entre aqueles que<br />

foram mortos quan<strong>do</strong> Israel exterminou os<br />

midianitas (Nm 31:8). É provável que "sua<br />

terra" queria dizer o lugar onde Balaão estava<br />

hospeda<strong>do</strong> enquanto visitava Balaque.<br />

O peca<strong>do</strong> de Israel (w . 1-5). Balaão não<br />

podia amaldiçoar Israel, mas sabia como<br />

contaminá-los e seduzi-los a cair em peca<strong>do</strong><br />

de mo<strong>do</strong> que fossem julga<strong>do</strong>s por Jeová.<br />

Balaão sugeriu a Balaque (Nm 31:16) que<br />

os moabitas (Nm 25:1) e midianitas (v. 6) se<br />

reunissem para fazer uma festa religiosa em<br />

homenagem a Baal e-que convidassem os<br />

israelitas a participar. É claro que a festa envolveria<br />

i<strong>do</strong>latria e imoralidade abominável<br />

e seria uma transgressão flagrante da aliança<br />

de Israel com o Senhor. Porém, como descendentes<br />

de Ló, sobrinho de Abraão, os<br />

moabitas eram aparenta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s israelitas e<br />

os midianitas eram alia<strong>do</strong>s de Moabe, de<br />

mo<strong>do</strong> que não havia motivo algum para que<br />

os israelitas não mantivessem uma política<br />

de boa vizinhança. Aquilo que Balaão não<br />

conseguiu fazer apelan<strong>do</strong> para demônios ele<br />

fez ao convidar os israelitas para "se divertirem"<br />

em Baal-Peor.<br />

Essa é a primeira ocasião em que as Escrituras<br />

registram Israel a<strong>do</strong>ran<strong>do</strong> a Baal,<br />

mas certamente não é a última. Baal era o<br />

principal <strong>do</strong>s deuses cananeus e responsável<br />

especialmente pelas chuvas e pela fertilidade.<br />

Até o cativeiro na Babilônia, os<br />

israelitas eram um povo agrícola e, quan<strong>do</strong><br />

havia uma seca, buscavam com freqüência<br />

a ajuda de Baal em vez de voltarem-se para<br />

o Senhor. Os rituais de fertilidade cananeus<br />

envolviam prostituição cultuai masculina e<br />

feminina e incentivavam to<strong>do</strong> tipo de imoralidade<br />

sexual. Tanto a i<strong>do</strong>latria quanto a<br />

imoralidade eram proibidas pela lei de Deus<br />

(Êx 20:1-5, 14).<br />

Era de se esperar que os israelitas se lembrassem<br />

das experiências extraordinárias no<br />

Sinai quan<strong>do</strong> entraram em aliança com o<br />

Senhor. Também seria de se imaginar que se<br />

recordassem da i<strong>do</strong>latria <strong>do</strong> povo no Sinai,<br />

quan<strong>do</strong> Arão fez o bezerro de ouro e Deus<br />

julgou a nação (Êx 32). Aquele acontecimento<br />

também envolveu a<strong>do</strong>ração a um í<strong>do</strong>lo e<br />

imoralidade. Israel era um povo especial, o<br />

"reino de sacer<strong>do</strong>tes" de Deus, e não devia<br />

se misturar com os moabitas e midianitas<br />

pagãos nem a<strong>do</strong>rar seus falsos deuses.<br />

O Senhor enviou uma praga que começou<br />

a matar o povo, de mo<strong>do</strong> que Moisés

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