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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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294 Ê X O D O 20:22 - 24:8<br />

em nosso mun<strong>do</strong> de hoje, mas virá o dia em<br />

que Deus julgará o mun<strong>do</strong> com retidão pelo<br />

Salva<strong>do</strong>r que o mun<strong>do</strong> rejeitou, e seu julgamento<br />

será justo (At 17:31).<br />

Leis sobre servos (21:7-11; ver também<br />

Lv 25:39-43; Dt 75:72-78). Apesar de ser<br />

permiti<strong>do</strong> aos israelitas ter escravos de outras<br />

nações - normalmente prisioneiros de<br />

guerra -, não era permiti<strong>do</strong> que escravizassem<br />

seu próprio povo. Nesta passagem, são<br />

apresentadas duas situações: um homem<br />

que se torna escravo voluntariamente (Êx<br />

21:1-7) e uma mulher vendida como serva<br />

(vv. 8-11).<br />

Se, por causa da pobreza, um israelita<br />

era obriga<strong>do</strong> a tornar-se servo, seu senhor<br />

devia tratá-lo de mo<strong>do</strong> humanitário e libertálo<br />

depois de seis anos de serviço. Se, por<br />

afeição familiar, o homem desejasse continuar<br />

servin<strong>do</strong> e recebesse para isso a aprovação<br />

<strong>do</strong>s juizes, então seria marca<strong>do</strong> na<br />

orelha e seria um servo pelo resto da vida.<br />

No entanto, jamais deveria ser trata<strong>do</strong> como<br />

escravo.<br />

As servas não eram, automaticamente,<br />

libertas depois de seis anos. Se um homem<br />

pobre vendesse sua filha para ser serva ou<br />

concubina,4o pai receberia o preço da venda,<br />

a moça teria um lar melhor e seu mari<strong>do</strong><br />

não precisaria pagar um <strong>do</strong>te caríssimo. Se,<br />

depois de tornar-se concubina <strong>do</strong> homem,<br />

ela não lhe agradasse, alguém de sua família<br />

de sangue poderia remi-la, e ela seria liberta.<br />

Se um homem a tivesse escolhi<strong>do</strong> para<br />

seu filho e o moço não gostasse dela e se<br />

casasse com outra mulher, então o pai <strong>do</strong><br />

moço deveria garantir que ela fosse tratada<br />

como uma filha casada. Isso significava prover-lhe<br />

roupas, alimento e direitos conjugais<br />

(1 Co 7:1-6). Se o pai não fizesse isso, a mulher<br />

estava livre para voltar para sua família e<br />

não era considerada escrava.<br />

Crimes capitais (w. 12-17). Essas leis são<br />

aplicações lógicas <strong>do</strong> sexto mandamento:<br />

"Não matarás" (Êx 20:13; Lv 24:17). Somos<br />

feitos à imagem de Deus, de mo<strong>do</strong> que matar<br />

outro ser humano é o mesmo que atacar<br />

a imagem de Deus (Gn 9:6). Se uma pessoa<br />

era considerada culpada de homicídio, de<br />

acor<strong>do</strong> com o depoimento de duas ou mais<br />

testemunhas (Nm 35:30, 31), então o homicida<br />

era morto.<br />

A lei fazia uma distinção entre homicídio<br />

premedita<strong>do</strong> (<strong>do</strong>loso) e homicídio acidental<br />

(culposo). Se alguém matasse uma pessoa<br />

acidentalmente, poderia refugiar-se no altar<br />

de Deus (1 Rs 2:29) até que os anciãos tivessem<br />

tempo de estudar a questão. Uma vez<br />

que Israel assentou-se em sua terra, foram<br />

separadas seis cidades de refúgio para onde<br />

esses homicidas podiam fugir e receber proteção<br />

até que a questão fosse investigada<br />

(Nm 35; Dt 19; Js 20). Israel não tinha uma<br />

força policial organizada; esperava-se que a<br />

família da vítima cuidasse para que se fizesse<br />

justiça. No entanto, no calor da fúria, era<br />

possível que estivessem mais interessa<strong>do</strong>s<br />

em vingança <strong>do</strong> que em justiça, de mo<strong>do</strong><br />

que a lei interferia para proteger o acusa<strong>do</strong><br />

até se provar que era culpa<strong>do</strong>.<br />

Filhos e pais (vv. 15, 17). Ten<strong>do</strong> trata<strong>do</strong><br />

de homicídios de mo<strong>do</strong> geral, a lei passou,<br />

então, aos casos específicos. O primeiro<br />

refere-se ao homem que maltrata os pais<br />

com abuso físico e/ou verbal, o que constituía<br />

uma transgressão ao quinto mandamento<br />

(vv. 15, 17; Lv 20:9; Dt 27:16). É<br />

possível que a "lei <strong>do</strong> filho desobediente"<br />

(Dt 21:1 8-21) aplique-se a este caso e que<br />

se trate de um filho precisan<strong>do</strong> desesperadamente<br />

de disciplina. Os filhos que não<br />

têm respeito algum pelos pais normalmente<br />

não têm respeito por qualquer autoridade<br />

e querem fazer tu<strong>do</strong> de seu jeito egoísta.<br />

São "desafeiçoa<strong>do</strong>s" (2 Tm 3:3), o que descreve<br />

algumas pessoas de nossos tempos,<br />

mas que também existiam nos dias de<br />

Moisés.<br />

O rapto é proibi<strong>do</strong> em Êxo<strong>do</strong> 21:16 (Dt<br />

24:7). Se é inadmissível roubar uma propriedade<br />

(Êx 20:15), roubar seres humanos feitos<br />

à imagem de Deus e vendê-los como<br />

escravos é um crime ainda mais grave.<br />

Ferimentos (w. 18-32). As pessoas não<br />

deveriam discutir a ponto de chegar à violência<br />

física (Pv 15:1; 25:15). Contu<strong>do</strong>, era<br />

algo que poderia ocorrer, e, nesse caso, às<br />

vezes as pessoas se feriam. Se a vítima morresse,<br />

o agressor pagaria com sua própria<br />

vida, mas se a vítima se recuperasse e, por

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