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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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420 NÚMEROS 5 - 7<br />

que Deus não permitia. Cada nazireu tinha<br />

em mente um objetivo distinto, mas to<strong>do</strong>s<br />

eles desejavam glorificar ao Senhor e obedecer<br />

à sua palavra. Eles não se isolavam da<br />

sociedade, mas sim testemunhavam a outros<br />

sobre a importância da consagração total ao<br />

Senhor. Seu voto durava um perío<strong>do</strong> específico<br />

(At 21:23-27) e tinha um propósito<br />

específico.<br />

Havia três responsabilidades envolvidas<br />

no voto nazireu. Primeiramente, não deviam<br />

beber vinho, suco de uva, vinagre ou bebidas<br />

fermentadas nem comer uvas, passas,<br />

cascas ou sementes de uvas! Em segun<strong>do</strong><br />

lugar, deviam deixar o cabelo crescer como<br />

sinal de que eram especialmente consagra<strong>do</strong>s<br />

a Deus. Uma vez que os cabelos das<br />

mulheres que faziam o voto já eram longos,<br />

talvez os deixassem soltos ou de algum<br />

mo<strong>do</strong> despentea<strong>do</strong>s como marca de sua consagração.<br />

Em terceiro lugar, jamais deveriam<br />

tocar o corpo de um morto, nem que fosse<br />

de um parente próximo.<br />

A separação é contaminada (w . 9-12).<br />

Ninguém, a não ser Deus, tem como controlar<br />

as circunstâncias da vida, e podia acontecer<br />

de um nazireu contaminar-se acidentalmente.<br />

Se isso ocorresse, deveria esperar<br />

uma semana e, no sétimo dia, raspar a cabeça.<br />

Uma vez que o perío<strong>do</strong> de consagração<br />

havia termina<strong>do</strong> subitamente e o cabelo era<br />

o sinal dessa consagração, era preciso que<br />

fosse raspa<strong>do</strong>. No entanto, o cabelo corta<strong>do</strong><br />

não era acrescenta<strong>do</strong> ao sacrifício, como<br />

acontecia com os nazireus que completavam<br />

seus votos (v. 18).<br />

No oitavo dia, o ex-nazireu encontravase<br />

com o sacer<strong>do</strong>te diante <strong>do</strong> altar de bronze<br />

e oferecia os sacrifícios determina<strong>do</strong>s: uma<br />

ave como sacrifício pelo peca<strong>do</strong> e outra<br />

como holocausto e um cordeiro como oferta<br />

pela culpa. Isso permitia que a pessoa se<br />

consagrasse novamente ao Senhor e que começasse<br />

outra vez. Era uma nova chance de<br />

cumprir os votos feitos ao Senhor. Os cristãos,<br />

hoje, precisam conscientizar-se de que<br />

nenhum fracasso precisa ser permanente. O<br />

pastor presbiteriano Alexander Whyte (1837-<br />

1921) disse: "A vida cristã vitoriosa é uma<br />

série de recomeços".<br />

A separação é cumprida (w. 13-21). Os<br />

nazireus que completavam com sucesso seu<br />

perío<strong>do</strong> de consagração levavam seus sacrifícios<br />

ao sacer<strong>do</strong>te e ofereciam-nos ao Senhor.6<br />

Primeiro o sacer<strong>do</strong>te sacrificava uma cordeira<br />

como oferta pelo peca<strong>do</strong>, pois o perío<strong>do</strong> de<br />

consagração não significava que o nazireu não<br />

havia peca<strong>do</strong>. Depois disso, o sacer<strong>do</strong>te<br />

oferecia um cordeiro de um ano como holocausto,<br />

o que simbolizava a consagração total<br />

ao Senhor. Juntamente com um cesto de<br />

pães asmos, oferecia, em seguida, um carneiro<br />

como sacrifício pacífico e também a oferta<br />

de manjares e a libação. O pão da oferta pacífica<br />

seria consumi<strong>do</strong> posteriormente como<br />

parte da refeição de comunhão que o<br />

a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>r podia dividir com outros. De acor<strong>do</strong><br />

com a lei levítica, o sacer<strong>do</strong>te recebia uma<br />

parte das ofertas, pois esse era seu sustento.<br />

Uma das partes mais importantes da cerimônia<br />

era raspar a cabeça <strong>do</strong> nazireu e<br />

colocar o cabelo no fogo <strong>do</strong> altar debaixo<br />

<strong>do</strong> sacrifício pacífico. Era uma oferta especial<br />

ao Senhor, pois o cabelo longo simbolizava<br />

o voto feito pelo nazireu que havia si<strong>do</strong><br />

cumpri<strong>do</strong> com sucesso. Uma vez que essas<br />

instruções haviam si<strong>do</strong> obedecidas, o nazireu<br />

podia beber vinho.7<br />

Ninguém é salvo ao fazer ou ao cumprir<br />

um voto. A salvação é uma dádiva de Deus<br />

àqueles que crêem, não uma recompensa dele<br />

para os que têm um bom comportamento.<br />

No entanto, algumas pessoas são dirigidas<br />

pelo Senhor a fazer algum voto especial a Deus,<br />

não com a intenção de conseguir alguma coisa<br />

dele, mas sim de oferecer alguma coisa a<br />

ele. Desde que esses votos não sejam contrários<br />

às Escrituras, podem ser abençoa<strong>do</strong>s por<br />

Deus (Sl 22:25; 50:14; 61:5, 8; 76:11; 116:14).<br />

Há pessoas que fazem votos ao Senhor para<br />

que ele as tire de uma situação difícil (Sl 66:14;<br />

Jn 2:9) e algumas delas se esquecem de suas<br />

promessas quan<strong>do</strong> se encontram novamente<br />

confortáveis e seguras. Contu<strong>do</strong>, é perigoso<br />

fazer promessas a Deus e depois não as cumprir<br />

(Ec 5:1-7).<br />

3. Um p o v o a b e n ç o a d o (Nm 6:22-27)<br />

Os sacer<strong>do</strong>tes receberam o privilégio de<br />

servir no altar e de ministrar no santuário,

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