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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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D EU TERO N Ô M IO 21:15 - 25:19 575<br />

estava em solo sagra<strong>do</strong> em Midiã (Êx 3:5),<br />

assim como Josué, perto de Jericó (Js 5:13-<br />

15).<br />

Repartin<strong>do</strong> com os pobres e necessita<strong>do</strong>s<br />

(w. 15, 16, 19, 20; 24:6, 10-15, 19-22;<br />

25:4). Temos aqui uma coleção de leis relacionadas<br />

às oportunidades que os israelitas<br />

encontrariam de demonstrar bondade e generosidade<br />

tanto para com seres humanos<br />

como para com animais. Diferentemente das<br />

leis de outras nações, a lei de Israel permitia<br />

aos israelitas abrigar escravos fugitivos e<br />

protegê-los. Esses escravos não eram israelitas,<br />

pois os israelitas eram proibi<strong>do</strong>s de<br />

escravizar gente de seu povo. Os servos israelitas<br />

eram libertos no ano sabático ou,<br />

então, serviam voluntariamente pelo resto<br />

da vida (Dt 15:12-18). Além disso, os senhores<br />

israelitas eram proibi<strong>do</strong>s de maltratar<br />

seus servos de mo<strong>do</strong> a sentirem o desejo de<br />

fugir. Esses fugitivos eram das nações vizinhas,<br />

e ajudá-los daria aos israelitas a oportunidade<br />

de lhes falar sobre o Deus de Israel.<br />

Os israelitas eram proibi<strong>do</strong>s de cobrar<br />

juros quan<strong>do</strong> emprestavam dinheiro ou produtos<br />

a seus compatriotas, mas podiam cobrar<br />

juros de estrangeiros (Dt 23:1 9, 20; ver<br />

Êx 22:25-27 e Lv 25:35-37). A bênção que<br />

o Senhor daria ao cre<strong>do</strong>r seria muito maior<br />

<strong>do</strong> que os juros que ele teria ganho com o<br />

empréstimo. Trata-se de outro exemplo <strong>do</strong><br />

princípio expresso em Mateus 6:33.<br />

Se um cre<strong>do</strong>r precisava de uma garantia<br />

para o empréstimo, era proibi<strong>do</strong> de tomar<br />

as pedras de moinho ("mós"; Dt 24:6) <strong>do</strong><br />

deve<strong>do</strong>r, pois o homem precisava delas para<br />

alimentar sua família, inclusive ele próprio.<br />

O cre<strong>do</strong>r não devia humilhar aquele a quem<br />

estava emprestan<strong>do</strong> ao entrar na casa dele<br />

para tomar o penhor (vv. 10-15), e se esse<br />

penhor fosse o manto <strong>do</strong> deve<strong>do</strong>r, o cre<strong>do</strong>r<br />

devia devolvê-la até o fim <strong>do</strong> dia (Êx 22:25-<br />

27). As transações comerciais entre os irmãos<br />

israelitas deviam ser marcadas pela bondade<br />

e compaixão, ten<strong>do</strong> a finalidade de ajudar<br />

o irmão necessita<strong>do</strong> e não de enriquecer<br />

o cre<strong>do</strong>r.<br />

O lavra<strong>do</strong>r deveria deixar algumas<br />

"respigas" para os pobres durante a época<br />

de colheita (Dt 24:19-22; ver Lv 19:9, 10).<br />

Isso daria aos estrangeiros, órfãos e viúvas a<br />

oportunidade de juntar alimento de maneira<br />

digna e não ser obriga<strong>do</strong>s a mendigar. Assim<br />

como no caso <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r, Deus abençoaria o<br />

lavra<strong>do</strong>r em seu trabalho e o recompensaria<br />

por sua bondade para com os pobres (Sl<br />

41:1; Pv 14:21, 31; 29:7). "Mais bem-aventura<strong>do</strong><br />

é dar que receber" (At 20:35).<br />

Essa generosidade também deveria se<br />

estender aos animais (Dt 25:4). Atar a boca<br />

<strong>do</strong> boi que debulhava o grão seria frustrante<br />

para o animal e tornaria seu trabalho desnecessariamente<br />

<strong>do</strong>loroso. Mais uma vez, o<br />

Senhor demonstra compaixão pelos animais<br />

e insta-nos a usar de piedade para com aqueles<br />

que estão sob nossos cuida<strong>do</strong>s. "O justo<br />

atenta para a vida <strong>do</strong>s seus animais, mas o<br />

coração <strong>do</strong>s perversos é cruel" (Pv 12:10).<br />

Paulo usou esse versículo para ensinar que<br />

aqueles que trabalham proclaman<strong>do</strong> o evangelho<br />

devem ser sustenta<strong>do</strong>s pelo povo de<br />

Deus (2 Co 9:1-14; 1 Tm 5:17, 18).<br />

Cumprin<strong>do</strong> votos religiosos (23:17, 18,<br />

21-23). A questão <strong>do</strong>s votos também é discutida<br />

em Levítico 27 e em Números 30.<br />

Um israelita podia fazer um voto de dar algo<br />

para o Senhor ou de fazer algo por ele em<br />

troca de uma bênção especial. Esse voto também<br />

podia incluir a abstinência de algo a fim<br />

de agradar ao Senhor. Os votos eram estritamente<br />

voluntários (Dt 23:22), deviam ser<br />

declara<strong>do</strong>s em público e cumpri<strong>do</strong>s obedientemente<br />

(v. 23). Aquilo que havia si<strong>do</strong><br />

prometi<strong>do</strong> devia ser leva<strong>do</strong> ao santuário e<br />

entregue ao Senhor (Ec 5:4-6). Fazer uma promessa<br />

e não cumpri-la era tomar o nome <strong>do</strong><br />

Senhor em vão (Êx 20:7; Pv 20:25).<br />

No entanto, nenhum voto poderia ser<br />

pago ao Senhor usan<strong>do</strong> dinheiro proveniente<br />

de uma atividade pecaminosa (Dt 23:1 7,<br />

18). A prostituição é um eufemismo para a<br />

i<strong>do</strong>latria (Êx 34:15, 16), pois os templos pagãos<br />

ofereciam prostitutos e prostitutas<br />

cultuais aos a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>res. Nenhum homem ou<br />

mulher de Israel deveria prostituir-se nos santuários<br />

e nenhum voto poderia ser pago ao<br />

Senhor com "salário de prostituição". Não<br />

"[praticamos] males para que venham bens"<br />

(Rm 3:8). Em certo senti<strong>do</strong>, to<strong>do</strong> dinheiro é<br />

contamina<strong>do</strong> - Paulo e Pedro chamaram-no

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