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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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NÚM ERO S 22:1 - 23:26 463<br />

disseram isso, mas não se voltaram para<br />

Deus a fim de suplicar por sua misericórdia.<br />

De que adianta dizer palavras pie<strong>do</strong>sas<br />

se o coração continua pecan<strong>do</strong>? Para ver<br />

uma confissão verdadeira, considere as palavras<br />

de Davi (2 Sm 12:13; SI 54:4; 2 Sm<br />

24:10, 17; 1 Cr 21:8, 17) ou a parábola <strong>do</strong><br />

filho pródigo.<br />

Deus permitiu a Balaão que seguisse viagem,<br />

prevenin<strong>do</strong>-o de que deveria transmitir<br />

somente as mensagens que Deus lhe ordenasse.<br />

Pela primeira vez, Balaão compreendeu<br />

que essa aventura envolvia mais <strong>do</strong><br />

que simplesmente amaldiçoar uma nação e<br />

ganhar algum dinheiro. Assim como Deus<br />

usou a jumenta para repreender seu senhor,<br />

usaria Balaão para revelar grandes verdades<br />

sobre Israel e seu Messias prometi<strong>do</strong>.5<br />

2. B a la ã o e a m ensagem de D e u s<br />

(N m 2 2 :3 6 - 2 3 :2 6 )<br />

O fato de o rei sair ao encontro de um homem<br />

<strong>do</strong> povo mostra quanto Balaque estava<br />

ansioso para começar seu ataque a Israel.<br />

Por que Balaão havia demora<strong>do</strong> tanto a chegar?<br />

A oferta de Balaque não havia si<strong>do</strong> generosa<br />

o suficiente? O profeta não percebia<br />

quão grave era a situação? Balaão não se<br />

defendeu nem explicou seu atos, mas deixou<br />

claro que tu<strong>do</strong> o que podia fazer era pronunciar<br />

as palavras que Deus lhe desse. O<br />

rei ofereceu sacrifícios a seu deus, Baal, e<br />

provavelmente deu a Balaão algumas das<br />

entranhas <strong>do</strong>s animais, a fim de que Balaão<br />

as usasse para suas adivinhações.<br />

A prim eira bênção (22:39 - 23:12). Na<br />

manhã seguinte, Balaque levou Balaão para<br />

Bamote-Baal ("os lugares altos de Baal"), de<br />

onde podiam ver o acampamento de Israel e<br />

oferecer mais sacrifícios a Baal. Balaão não<br />

ficou simplesmente esperan<strong>do</strong> a mensagem<br />

de Deus, mas usou esses sacrifícios como<br />

parte de suas feitiçarias e adivinhações (Nm<br />

24:1). Em sua graça e bondade, o Senhor<br />

usou esse homem perverso e o fingimento<br />

desse adivinho, pois tinha uma mensagem<br />

especial para declarar sobre Israel, o povo<br />

de Deus.<br />

A mensagem que Deus deu a Balaão<br />

enfatizava diversas verdades fundamentais<br />

sobre o povo de Israel. Deus havia abençoa<strong>do</strong><br />

especialmente os israelitas, de mo<strong>do</strong> que<br />

não poderiam ser amaldiçoa<strong>do</strong>s (Nm 23:7,<br />

8). Isso fazia parte da aliança de Deus com<br />

Abraão (Cn 12:1-3) e tem se cumpri<strong>do</strong> ao<br />

longo da história. Deus julgou cada governante<br />

e nação que causou sofrimento a seu<br />

povo, inclusive o Egito, a Assíria, a Babilônia<br />

e a Alemanha nazista. '<br />

Nenhuma nação tem si<strong>do</strong> tão abençoada<br />

por Deus como Israel, não apenas com<br />

bênçãos materiais e com proteção divina,<br />

mas principalmente com bênçãos espirituais<br />

para serem compartilhadas com o mun<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>. Paulo apresenta uma lista de algumas<br />

dessas bênçãos em Romanos 9:1-5. Israel deu<br />

ao mun<strong>do</strong> o conhecimento <strong>do</strong> verdadeiro<br />

Deus vivo, a Palavra de Deus em sua forma<br />

escrita e Jesus Cristo, o Salva<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

A segunda verdade fundamental proclamada<br />

por Balaão foi que os israelitas eram<br />

escolhi<strong>do</strong>s por Deus e, portanto, eram uma<br />

nação separada das outras (Nm 23:9). O<br />

Senhor havia declara<strong>do</strong> isso a Israel no monte<br />

Sinai (Êx 19:5, 6), e as leis que havia lhes<br />

da<strong>do</strong> permitiam que vivessem como um<br />

povo especial. Em sua mensagem de despedida<br />

para os israelitas, Moisés também<br />

enfatizou o caráter singular de Israel como<br />

povo de Deus (Dt 4:20; 14:2, 21; 26:18, 19;<br />

32:8, 9; 33:3, 28, 29) e lembrou os israelitas<br />

de que Deus os escolheu porque os amava<br />

(Nm 7:6-8). Ver também Levítico 20:26; 1 Reis<br />

8:52, 53; Amós 3:2; e Isaías 43:21.<br />

A grande tentação de Israel era querer<br />

ser como as outras nações, e foi isso o que<br />

causou sua ruína e que levou o povo ao<br />

cativeiro. Em vez de se alegrarem com sua<br />

singularidade como povo <strong>do</strong> verdadeiro<br />

Deus vivo, os israelitas imitaram a conduta<br />

e a a<strong>do</strong>ração das nações vizinhas, e Deus<br />

teve de discipliná-los. Em lugar de permitir<br />

que Deus governasse como seu Rei, pediram<br />

um rei, "como o têm todas as nações"<br />

(1 Sm 8:5), e isso causou à nação to<strong>do</strong> tipo<br />

de transtorno.<br />

Infelizmente, muitas pessoas na Igreja de<br />

hoje têm a idéia equivocada de que uma<br />

forma de alcançar o mun<strong>do</strong> é ser como ele.<br />

Esquecem que a Igreja é o povo de Deus,

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