[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

320 Ê X O D O 28 - 29; 30:22-33; 39
— Não — respondeu o pastor —, mas o
Espírito Santo tem o controle exclusivo de
Moody.
Os sacerdote foram marcados pelo sangue
(vv. 19-22; Lv 8:22-24). Nesse ponto da
cerimônia de ordenação, seria de se esperar
que Moisés oferecesse um sacrifício pelos
pecados ocultos (Lv 5), mas, em vez disso,
ofereceu um carneiro como oferta pacífica,
o "carneiro da consagração" (Êx 29:22). A
palavra hebraica significa "enchimento",
pois encheram-se as mãos dos sacerdotes
de pão e de carne.
Moisés não apenas aspergiu o sangue
no altar e sobre Arão e seus filhos, juntamente
com o óleo da unção, como também
cada homem foi marcado com um pouco
de sangue na orelha direita, no polegar da
mão direita e no polegar do pé direito. Esse
gesto servia para lembrá-los de que deveriam
ouvir a Palavra de Deus, trabalhar na
obra de Deus e andar nos caminhos de Deus.
O sangue refere-se a sacrifício, de modo que
os sacerdotes tornaram-se um "sacrifício
vivo" (Rm 12:1) a serviço do Senhor.
Os sacerdotes foram alimentados (w. 22-
28, 31-34; Lv 8:25-29). Outro ato inusitado
foi encher as mãos dos sacerdotes com comida
dos "cestos" (Êx 29:2, 3) e do altar (vv.
22-28). Os sacerdotes moveram essas dádivas
em direção ao altar em consagração a
Deus (v. 24, "ofertas movidas") para, em seguida,
compartilhá-las numa refeição de
comunhão (vv. 31-34). Porções de algumas
ofertas e de sacrifícios bem como dízimos
especiais das colheitas faziam parte da remuneração
dos sacerdotes por servirem no
altar (Lv 8:28-36), mas era preciso que considerassem
essas ofertas como sacrifícios
santos e que as comessem dentro dos limites
do tabernáculo.
Se os sacerdotes fossem fiéis em ensinar
a Palavra e em encorajar Israel a obedecer
ao Senhor, jamais lhes faltaria sustento, pois
o povo estaria atento à Palavra de Deus, levaria
os devidos sacrifícios e ofertas ao tabernáculo
e, portanto, proveria para os servos
de Deus. Infelizmente, alguns sacerdotes, em
anos posteriores, foram egoístas e carnais e
tomaram para si a melhor parte das ofertas
(1 Sm 2:12-17; Ml 1:6-14).
5. Os SACERDOTES DEVEM MINISTRAR
d ia r ia m e n t e ( Ê x 29:38-46)
Durante a semana das cerimônias de ordenação,
os sacerdote tiveram de ficar dentro
dos limites do tabernáculo (Lv 9:33-36) e,
no final da semana, entraram imediatamente
em seu ministério. Nada de tempo para tirar
um dia de folga ou férias! Em seu trabalho,
era necessário seguir um programa diário,
semanal, mensal e anual, sendo que tudo isso
se encontrava descrito, em linhas gerais, na
lei que Deus deu a Moisés no monte Sinai.
Cada dia começava com os sacerdotes
sacrificando um cordeiro como holocausto,
significando consagração total do povo a
Deus, e o dia terminava com a oferta de outro
cordeiro como holocausto. Essa prática
de começar e de terminar o dia entregando-se
ao Senhor é um ótimo exemplo a ser
seguido por nós. Juntamente com cada cordeiro,
também era apresentada uma oferta
de manjares misturada com óleo (Lv 2:1-16;
6:14-23) e uma libação de cerca de um litro
de vinho derramado sobre o altar (Nm 15:1-
13). Na maioria das ofertas de manjares, os
sacerdotes colocavam apenas uma porção
simbólica da farinha no altar e usavam o resto
para suas próprias refeições, porém não
faziam isso nos sacrifícios do começo e do
fim do dia. Nesses casos, era tudo entregue
ao Senhor.
A farinha e o vinho representavam o fruto
do trabalho do povo nos campos e vinhedos.
Apresentavam a Deus, de modo simbólico,
o fruto de sua labuta e agradeciam a
Deus as forças para trabalhar e a comida para
se alimentar (Dt 8:6-18). O vinho derramado
era uma imagem da vida do povo sendo derramada
no serviço do Senhor (Fp 2:1 7; 2 Tm
4:6). Tudo isso seria agradável ao Senhor, e
ele teria prazer em habitar no tabernáculo e
em abençoar seu povo.