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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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LEVÍTICO 1 - 7 339<br />

mas não teriam si<strong>do</strong> "sacrifícios de justiça"<br />

(Si 51:19).<br />

O sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s (4:1 - 5:13;<br />

6:24-30) devia ser leva<strong>do</strong> ao Senhor independentemente<br />

de quem era o peca<strong>do</strong>r, e quanto<br />

mais alta a posição <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>r em Israel,<br />

mais caro era o sacrifício. Quanto maior o<br />

privilégio, maior a responsabilidade e maiores<br />

as conseqüências. Se o sumo sacer<strong>do</strong>te<br />

pecava, devia levar um novilho (Lv 4:1-12).<br />

Se toda a congregação pecasse, também<br />

devia levar um novilho (vv. 13-22). Um príncipe<br />

levava um bode (vv. 22-26), enquanto<br />

uma "pessoa <strong>do</strong> povo da terra" levava uma<br />

cabra (vv. 27-35). Uma pessoa pobre podia<br />

levar uma rola ou um pombo e, se fosse uma<br />

pessoa muito pobre, podia levar um sacrifício<br />

sem sangue, constituí<strong>do</strong> de flor de farinha<br />

(Lv 5:7-1 3).<br />

O transgressor deveria identificar-se com<br />

o animal que havia leva<strong>do</strong> ao colocar as mãos<br />

sobre ele. Quan<strong>do</strong> a nação toda pecava, esse<br />

gesto era realiza<strong>do</strong> pelos anciãos (Lv 4:15),<br />

pois como líderes eram responsáveis diante<br />

de Deus pela supervisão da vida espiritual<br />

<strong>do</strong> povo. O animal era morto, e o sangue era<br />

apresenta<strong>do</strong> a Deus. No caso <strong>do</strong> sumo sacer<strong>do</strong>te<br />

e de toda a nação, um pouco <strong>do</strong><br />

sangue era aspergi<strong>do</strong> diante <strong>do</strong> véu e aplica<strong>do</strong><br />

sobre os chifres <strong>do</strong> altar de incenso, no<br />

Lugar Santo, e o restante era derrama<strong>do</strong> na<br />

base <strong>do</strong> altar. Isso lembrava a nação de que<br />

os peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s líderes tinham conseqüências<br />

muito mais graves. O sangue <strong>do</strong>s sacrifícios<br />

leva<strong>do</strong>s pelos líderes, pelos príncipes ou por<br />

pessoas <strong>do</strong> povo era aplica<strong>do</strong> aos chifres <strong>do</strong><br />

altar de bronze na porta <strong>do</strong> tabernáculo.<br />

Observe que, apesar de a gordura <strong>do</strong> sacrifício<br />

ser queimada no altar, o corpo <strong>do</strong><br />

sacrifício era queima<strong>do</strong> num lugar puro fora<br />

<strong>do</strong> acampamento (vv. 8-12, 21). Isso era feito,<br />

entre outras coisas, para distinguir entre<br />

o sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s e o holocausto, a<br />

fim de que os a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>res não ficassem confusos<br />

ao assistir aos sacrifícios. Mas, o motivo<br />

mais importante era lembrar o povo de<br />

que os peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sumo sacer<strong>do</strong>te e de<br />

toda a congregação poluíam to<strong>do</strong> o acampamento,<br />

e o sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s era<br />

sagra<strong>do</strong> demais para permanecer dentro de<br />

um acampamento impuro. Por fim, de acor<strong>do</strong><br />

com Hebreus 13:10-13, tratava-se de uma<br />

figura de nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu<br />

"fora da porta [...] fora <strong>do</strong> arraial" (vv. 12,<br />

13) como sacrifício pelos nossos peca<strong>do</strong>s.<br />

O resulta<strong>do</strong> desse ritual era o perdão<br />

(Lv 4:20, 26, 31, 35; ver 5:10, 13; 6:7).<br />

Conforme foi menciona<strong>do</strong> anteriormente,<br />

apesar de os sacrifícios <strong>do</strong>s animais não<br />

terem poder para remover o peca<strong>do</strong> nem<br />

para mudar o coração humano, apontavam<br />

para o sacrifício perfeito, Jesus Cristo (Hb<br />

10:1-15). Ele é o sacrifício por nossos peca<strong>do</strong>s<br />

(Is 53:4-6, 12; Mt26:28; 2 Co 5:21; 1 Pe<br />

2:24).<br />

O sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s ocultos (ou<br />

oferta de culpa; 5:14 - 6:17; 7:1-10) era necessário<br />

para <strong>do</strong>is tipos de peca<strong>do</strong>: contra<br />

"coisas sagradas <strong>do</strong> S e n h o r" (5:15) e contra<br />

o próximo (6:1-7). A primeira categoria incluía<br />

transgressões que envolviam sacrifícios<br />

a Deus, votos, comemoração de dias especiais<br />

e assim por diante, enquanto exemplos<br />

da segunda categoria são apresenta<strong>do</strong>s nos<br />

versículos 2 e 3.<br />

No ritual, o peca<strong>do</strong>r confessava o peca<strong>do</strong><br />

(Nm 5:7), restituía a propriedade envolvida<br />

ou seu equivalente em dinheiro, pagan<strong>do</strong><br />

ainda uma multa de 20% da propriedade<br />

danificada e sacrificava ao Senhor um carneiro<br />

(Lv 5:15, 18). O sacer<strong>do</strong>te avaliava o<br />

carneiro para certificar-se <strong>do</strong> seu valor, para<br />

que o transgressor não tentasse fazer expiação<br />

pelos seus peca<strong>do</strong>s dan<strong>do</strong> ao Senhor<br />

um animal inferior. A restituição e a multa<br />

eram entregues primeiro para o sacer<strong>do</strong>te, a<br />

fim de que ele soubesse que era permiti<strong>do</strong><br />

fazer o sacrifício (Lv 6:10). Se a parte lesada<br />

não estivesse disponível para receber a propriedade<br />

ou o dinheiro, então o pagamento<br />

podia ser feito a um parente. Caso não houvesse<br />

parentes disponíveis, ficava com o sacer<strong>do</strong>te<br />

(Nm 5:5-10).<br />

A oferta de culpa ilustra o fato de grande<br />

seriedade de que pecar tem um a/to<br />

preço para o povo e purificar o peca<strong>do</strong> tem<br />

um alto custo para Deus. Nossos peca<strong>do</strong>s<br />

ofendem a Deus e a outras pessoas. O verdadeiro<br />

arrependimento sempre traz o desejo<br />

de restituição. Sempre vamos querer

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