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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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D EU TERO N Ô M IO 21:15 - 25:19 569<br />

irmão faleci<strong>do</strong>, o homem trazia vergonha para<br />

si mesmo e para sua família.<br />

2. H u m ilh a ç ã o de c rim in o s o s<br />

(D t 21:22, 23)<br />

O Senhor usou tanto imagens positivas quanto<br />

negativas para ensinar seu povo a respeitar<br />

sua lei e a lhe obedecer. Em termos positivos,<br />

os homens usavam borlas azuis nos<br />

cantos de suas roupas para se lembrarem de<br />

que pertenciam ao Senhor e de que eram<br />

privilegia<strong>do</strong>s por ter a lei divina para obedecer<br />

(Nm 15-37-41). O sába<strong>do</strong> semanal e as<br />

festas anuais também eram lembretes positivos<br />

de tu<strong>do</strong> o que o Senhor havia feito por<br />

Israel, e o santuário no meio <strong>do</strong>s israelitas<br />

mantinha a presença <strong>do</strong> Senhor diante <strong>do</strong>s<br />

olhos <strong>do</strong> povo.<br />

O fato de os levitas estarem espalha<strong>do</strong>s<br />

por to<strong>do</strong> o Israel era uma lembrança viva da<br />

lei <strong>do</strong> Senhor e da importância de conhecê-la<br />

Em termos negativos, a oferta de sacrifícios<br />

de sangue era um lembrete claro de que<br />

a base para o perdão e para a comunhão era<br />

a entrega da vida (Lv 17:11). Sempre que a<br />

comunidade apedrejasse um transgressor até<br />

a morte, isso levaria o povo a "ouvir e temer".<br />

Isolar os leprosos fora <strong>do</strong> acampamento,<br />

queimar suas vestes e derrubar a casa<br />

infestada de lepra lembrava o povo de que o<br />

peca<strong>do</strong> é como a lepra e deve ser trata<strong>do</strong>.<br />

Porém, a exposição pública <strong>do</strong> corpo de um<br />

criminoso seria uma lição prática da qual<br />

poucos se esqueceriam. Um transgressor<br />

culpa<strong>do</strong> de um crime capital era apedreja<strong>do</strong><br />

até a morte, e se os oficiais desejassem fazer<br />

com que o julgamento fosse ainda mais solene,<br />

poderiam ordenar que o corpo fosse<br />

pendura<strong>do</strong> numa árvore ou empala<strong>do</strong> numa<br />

estaca até o pôr-<strong>do</strong>-sol. Uma lição e tanto!<br />

(Nos séculos dezessete e dezoito, na cidade<br />

de Londres, a cabeça <strong>do</strong>s criminosos executa<strong>do</strong>s<br />

às vezes era exibida em público.) Uma<br />

vez que o corpo morto era considera<strong>do</strong> imun<strong>do</strong>,<br />

ele era removi<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> pôr-<strong>do</strong>-sol, de<br />

mo<strong>do</strong> a não se decompor ainda mais e não<br />

contaminar a terra. Além isso, o Senhor não<br />

queria que criminosos executa<strong>do</strong>s recebessem<br />

muita atenção, a fim de que não se<br />

tornassem heróis.<br />

Esse ato simbólico, um tanto repulsivo,<br />

lembrava ao povo que Deus amaldiçoava as<br />

pessoas que cometiam crimes capitais. Em<br />

Gálatas 3:13, Paulo aplicou essa verdade à<br />

morte <strong>do</strong> Senhor na cruz: "Cristo nos resgatou<br />

da maldição da lei, fazen<strong>do</strong>-se ele próprio<br />

maldição em nosso lugar (porque está<br />

escrito: Maldito to<strong>do</strong> aquele que for pendura<strong>do</strong><br />

em madeiro)". Aqueles que confiam<br />

em Cristo não podem ser condena<strong>do</strong>s pela<br />

lei (Gl 3:10), pois Cristo já levou sobre si a<br />

maldição deles.<br />

3 . A m o r a o p ró x im o<br />

(Dt 22:1-4, 6-8; 23:24, 25)<br />

Essas prescrições são aplicações específicas<br />

de Levítico 19:18: "Não te vingarás, nem<br />

guardarás ira contra os filhos <strong>do</strong> teu povo;<br />

mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.<br />

Eu sou o S e n h o r " . O próximo é um irmão, o<br />

que serve de motivação ainda maior para<br />

ajudá-lo, e Deus é Senhor <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is, sen<strong>do</strong><br />

essa a maior motivação de todas. Na verdade,<br />

os israelitas deviam ter essa mesma<br />

preocupação até pelos animais de seus inimigos<br />

(Êx 23:4). Tanto Jesus quanto Paulo<br />

nos admoestaram a amar a nossos inimigos<br />

e a manifestar esse amor de maneiras práticas<br />

(Mt 5:43-48; Rm 12:17-21).<br />

Propriedade perdida (22:1-3). Havia<br />

poucas cercas e muros nos campos israelitas,<br />

de mo<strong>do</strong> que era fácil aos animais passarem<br />

de uma propriedade para outra. Se<br />

uma pessoa encontrasse um animal pertencente<br />

a outro, deveria devolvê-lo ao <strong>do</strong>no;<br />

se o <strong>do</strong>no morasse longe, deveria "recolher"<br />

o animal até que o proprietário fosse buscá-lo.<br />

Os animais de criação eram caros e também<br />

essenciais; nem as famílias de camponeses<br />

nem a nação sobreviveria sem eles.<br />

Moisés, porém, não limitou a lei à restituição<br />

de animais perdi<strong>do</strong>s. Disse ainda que<br />

qualquer coisa que um israelita encontrasse<br />

deveria ser guardada e restituída ao <strong>do</strong>no.<br />

O "próximo" não era apenas o vizinho da<br />

propriedade adjacente, mas também qualquer<br />

necessita<strong>do</strong> que se pudesse ajudar.<br />

Em sua parábola <strong>do</strong> bom samaritano (Lc<br />

10:25-37), Jesus seguiu essa definição de<br />

"próximo". Deus se preocupa tanto com o

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