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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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296 Ê X O D O 20:22 - 24:8<br />

pois o <strong>do</strong>no <strong>do</strong> animal podia pagar ao senhor<br />

trinta peças de prata como compensação<br />

pela perda (ver Mt 26:14-16).<br />

Danos causa<strong>do</strong>s a propriedades (21:33<br />

- 22:15). Na Terra Prometida, Israel se tornaria<br />

uma sociedade agrícola, e os animais<br />

de um agricultor eram importantes para ele,<br />

pois sem esses animais ele não podia cultivar<br />

a terra.<br />

Animais feri<strong>do</strong>s ou mortos (21:33, 34).<br />

Se o descui<strong>do</strong> e a negligência de um homem<br />

levassem um animal a ser feri<strong>do</strong> ou morto ao<br />

cair numa cova, então o <strong>do</strong>no da cova devia<br />

ressarcir o proprietário <strong>do</strong> animal por sua<br />

perda, mas o <strong>do</strong>no da cova podia tomar a<br />

carcaça para si. Se um animal matasse outro,<br />

os <strong>do</strong>is proprietários dividiam as carcaças<br />

<strong>do</strong> animal morto e o dinheiro recebi<strong>do</strong><br />

pela venda <strong>do</strong> animal vivo. Essa lei não apenas<br />

revelava a preocupação de Deus com a<br />

justiça, mas também seu desejo de que as<br />

pessoas fossem cuida<strong>do</strong>sas e que não facilitassem<br />

para que animais fossem feri<strong>do</strong>s e,<br />

portanto, tivessem de ser abati<strong>do</strong>s.<br />

O roubo de animais (22:1-4). A lei fazia<br />

diferença entre animais rouba<strong>do</strong>s que haviam<br />

si<strong>do</strong> mortos ou vendi<strong>do</strong>s e animais que<br />

ainda estavam com o ladrão. Quan<strong>do</strong> o acusa<strong>do</strong><br />

de roubo era considera<strong>do</strong> culpa<strong>do</strong>, no<br />

primeiro caso precisava pagar ao proprietário<br />

o valor de cinco para um, se tivesse<br />

rouba<strong>do</strong> bois, e de quatro para um, se fossem<br />

ovelhas. No segun<strong>do</strong> caso, deveria devolver<br />

<strong>do</strong>is animais no lugar de um. Roubar<br />

um animal era considera<strong>do</strong> um ato terrível,<br />

mas matar ou vender algo que não lhe pertencia<br />

era tomar sobre si os direitos de outros.<br />

Se o ladrão não pudesse pagar, então<br />

era vendi<strong>do</strong> como escravo, e o dinheiro era<br />

da<strong>do</strong> ao homem de quem ele havia rouba<strong>do</strong><br />

o animal.<br />

Essa lei também fazia uma distinção entre<br />

o ladrão que roubava à noite e o que<br />

roubava durante o dia. De dia, o <strong>do</strong>no podia<br />

identificar o ladrão invadin<strong>do</strong> seus currais e<br />

até pedir ajuda aos vizinhos. Matar um ladrão<br />

durante o dia seria uma expressão desnecessária<br />

de vingança. A noite, porém, era<br />

possível que o proprietário não conseguisse<br />

identificar o invasor nem saber se o homem<br />

estava arma<strong>do</strong> e se sua própria vida corria<br />

perigo. Além disso, à noite, também era mais<br />

demora<strong>do</strong> conseguir ajuda.<br />

A lei da restituição de animais rouba<strong>do</strong>s<br />

nos faz lembrar das palavras de Davi<br />

em 2 Samuel 12:6 e da promessa de Zaqueu<br />

em Lucas 19:8. O profeta Natã viu o rei<br />

Davi como um ladrão de ovelhas e Bate-<br />

Seba como a cordeirinha roubada, pois o<br />

adultério é uma forma de defraudação (1 Ts<br />

4:1-7). De fato, Davi pagou quatro vezes o<br />

que havia toma<strong>do</strong>: o bebê morreu, Amom<br />

e Absalão foram mortos e Tamar foi estuprada<br />

(2 Sm 12:15 - 13:33; 18:1-18).<br />

Plantações (vv. 5, 6). Os limites entre<br />

os campos eram marca<strong>do</strong>s por pedras nos<br />

cantos e não por cercas ao re<strong>do</strong>r da propriedade<br />

(Dt 19:14; 27:17; Pv 22:28;<br />

23:10). Animais que estivessem pastan<strong>do</strong><br />

não eram capazes de distinguir um campo<br />

<strong>do</strong> outro, de qualquer forma, e iam aonde<br />

quer que houvesse pasto disponível. O<br />

proprietário deveria praticar a política de<br />

boa vizinhança e prestar atenção. Se não o<br />

fizesse e seus animais comessem da plantação<br />

<strong>do</strong> vizinho, deveria compensar o vizinho<br />

em gênero, cuidan<strong>do</strong> para dar-lhe <strong>do</strong><br />

melhor, pois a restituição não deveria ser<br />

algo feito com mesquinharia.<br />

Durante a estação seca, sempre havia o<br />

perigo de que incêndios nos campos destruíssem<br />

os grãos (Êx 22:6). Nada mais certo,<br />

portanto, <strong>do</strong> que a pessoa causa<strong>do</strong>ra<br />

<strong>do</strong> incêndio compensar os que tivessem perdi<strong>do</strong><br />

seus grãos. O verbo "pagar" aparece<br />

seis vezes no capítulo 22 (vv. 1, 3-6, 12) e é<br />

uma tradução <strong>do</strong> termo hebraico shalam, que<br />

significa "inteirar, completar" e que é relaciona<strong>do</strong><br />

à conhecida palavra shalom ("paz, saúde").<br />

E preciso haver mais <strong>do</strong> que a confissão<br />

de culpa para que um transgressor coloque<br />

tu<strong>do</strong> em ordem; também é preciso que ele<br />

se esforce para compensar as pessoas que<br />

sofreram. Só então a trama desfeita no teci<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s relacionamentos será consertada, e a<br />

sociedade pode readquirir sua inteireza.<br />

Os bens de outros (w. 7-15). A honestidade<br />

e a integridade são os elementos que<br />

mantêm unida uma sociedade sadia e produtiva.<br />

A vida torna-se difícil quan<strong>do</strong> uns não

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