[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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A p r en d en d o a L em bra r
- Lem b r a n d o de
A pren d er
R e v is ã o d e D e u t e r o n ô m io
// rje r d i quase toda minha memória", es-
I creveu John Newton aos oitenta e
dois anos de idade, "mas lembro-me de
duas coisas: que sou um grande pecador e
que Cristo é um grande Salvador".
Era esse o propósito que Moisés tinha
em mente quando fez os discursos que
chamamos de Livro de Deuteronômio: ele
queria que o povo se lembrasse das coisas
realmente importantes. Se conseguissem se
lembrar de quem eram - pecadores salvos
pela graça e o poder de Deus - e o que Deus
havia feito por eles, poderiam entrar em triunfo
na nova terra, derrotar os inimigos, evitar
as tentações perigosas que os cercavam de
todos os lados e desfrutar a herança que
Deus havia preparado para eles.
Podemos recapitular as lições mais importantes
de Deuteronômio observando o
que Moisés nos diz para lembrar.
1. " L e m b r a r á s d o S e n h o r " ( D t 8 :1 8 )
A Palavra de Deus nos foi dada para que
pudéssemos conhecer melhor o Deus da
Palavra.1 Tudo o que Moisés declarou ao
povo era uma revelação da mente e do coração
de Deus. Cada lei, cada cerimônia,
cada proibição e cada lembrança de acontecimentos
passados apontavam para
Jeová, o Deus dos israelitas. Em seus feitos
poderosos e palavras bondosas acerca da
verdade, o Senhor se revelou a Israel como
não fez a nação alguma, e Moisés registrou
essas palavras e feitos para que pudéssemos
lê-las hoje. O conhecimento de Deus é
o conhecimento mais importante da vida.
Israel deveria lembrar-se de que o Senhor
era o único Senhor (Dt 6:4). Os israelitas
viviam num mundo de idolatria supersticiosa,
no qual cada povo tinha seus próprios
deuses e deusas e, ao mudar de uma nação
para outra, mudava-se de deuses! O povo
de Israel, porém, cria na existência de um só
Deus supremo, o verdadeiro Deus vivo cujo
nome era Jeová - "Eu sou o que sou". O
primeiro mandamento era: "Não terás outros
deuses diante de. mim" (Êx 20:3), e o
segundo proibia os israelitas de fazer imagens
de seu Deus ou de qualquer outra coisa
no Universo para adorar como deus.
Esse único Senhor é o Criador de todas
as coisas, e seu poder é ilimitado. Demonstrou
esse poder ao enviar as pragas sobre o
Egito e, depois, ao abrir o mar Vermelho para
que Israel pudesse partir. Revelou sua glória
no monte Sinai, mas também revelou sua
graça e misericórdia ao entrar em aliança com
Israel (Dt 4:32, 37). O Senhor é o Deus fiel,
que mantém sua palavra e que jamais faltará
a seu povo. O Deus de Israel ama seu povo
e quer ser amado por ele. É zeloso com seu
povo (v. 24; 5:9; 16:16), como um marido é
zeloso com a esposa.
O Deus de Israel é o Deus que disciplina
os filhos quando são desobedientes a ele.
Sua aliança deixa claro que abençoará seu
povo quando este lhe obedecer e que o disciplinará
quando lhe desobedecer, sendo
que tanto a bênção quanto a disciplina são
demonstrações de seu amor e fidelidade. Em
sua misericórdia, perdoará, se o povo se arrepender
e voltar para ele, mas não irá tolerar a
rebelião.
Deus declara sua Palavra por intermédio
de servos escolhidos como Moisés e
espera que seu povo ouça sua Palavra, iembre-se
dela e seja obediente a ela. Como o
Israel antigo, a Igreja de hoje também é um
povo dedicado à Palavra. Nossa fé não consiste
em algo que nós mesmos criamos, pois
a recebemos pela graça por meio da Palavra
do Senhor. Ela é nossa vida, e sem essa
Palavra é impossível conhecer a Deus, saber
sua vontade ou adorar e servir devidamente
ao Senhor. Deus nos capacita a obedecer
seus mandamentos. Somos privilegiados por
ter a Palavra escrita em nossa própria língua
e por gozar a liberdade de lê-la e de