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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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508 DEUTERONÔMIO 4 - 5<br />

majestade de seu Deus e da autoridade de<br />

sua Palavra.<br />

Muitas igrejas de hoje perderam o conceito<br />

bíblico da majestade e da autoridade<br />

de Deus conforme expressas em sua lei. Essa<br />

deficiência empobreceu nosso culto, transformou<br />

o evangelismo numa técnica de venda<br />

religiosa e converteu a Bíblia num livro de<br />

auto-ajuda, que garante transformar você<br />

num sucesso. A. W. Tozer estava certo quan<strong>do</strong><br />

disse que: "religião alguma jamais foi<br />

maior <strong>do</strong> que sua concepção de Deus". Também<br />

de acor<strong>do</strong> com Tozer: "A essência da<br />

i<strong>do</strong>latria é alimentar pensamentos sobre<br />

Deus que não são dignos dele".6 Se isso é<br />

verdade, e creio que é, então muitos cristãos<br />

evangélicos estão cain<strong>do</strong> em i<strong>do</strong>latria.<br />

Em seu apelo a Israel, Moisés instou o<br />

povo a lembrar a majestade de Deus e a respeitar<br />

a Palavra de Deus. Citou as palavras<br />

<strong>do</strong> próprio Jeová: "Quem dera que eles tivessem<br />

tal coração, que me temessem e guardassem<br />

em to<strong>do</strong> o tempo to<strong>do</strong>s os meus<br />

mandamentos" (Dt 5:29). A obediência envolve<br />

sempre uma atitude <strong>do</strong> coração, e se<br />

amamos ao Senhor, guardaremos seus mandamentos<br />

(Jo 14:15, 21-24). Não há qualquer<br />

contradição entre a grandeza de Deus e a graça<br />

de Deus, sua transcendência e sua imanência,<br />

pois podemos amar ao Senhor e temer<br />

ao Senhor com o mesmo coração (Sl 2:10-12;<br />

34:8, 9). O temor <strong>do</strong> Senhor é um tema importante<br />

em Deuteronômio (6:2, 13, 24;<br />

10:20; 14:23; 17:19; 31:12) bem como o<br />

amor de Deus por nós (7:7; 10:15; 23:5) e<br />

nosso amor por ele (6:5; 10:12; 11:1, 13, 22;<br />

19:9; 30:6, 16, 20). O cristão imaturo e com<br />

uma teologia superficial entende isso como<br />

uma contradição, mas o cristão maduro se<br />

regozija no equilíbrio revela<strong>do</strong> na Palavra:<br />

"Deus é amor" e "Deus é luz" (1 Jo 4:8; 1:5).<br />

Mesmo que os filhos de Deus vivam sob<br />

a graça e não sob a lei mosaica (Rm 6:14; Gl<br />

5:1), é importante conhecer a lei de Deus, a<br />

fim de conhecer melhor o Deus da lei e de<br />

agradá-lo. Cristo concretizou to<strong>do</strong>s os tipos<br />

e símbolos da lei, de mo<strong>do</strong> que não precisamos<br />

mais praticar os rituais <strong>do</strong> <strong>Antigo</strong> <strong>Testamento</strong><br />

como fazia o povo de Israel. Cristo<br />

levou sobre si na cruz a maldição da lei (Gl<br />

3:10-13), para que não precisássemos temer<br />

o juízo (Rm 8:1). Contu<strong>do</strong>, a lei moral permanece,<br />

e Deus ainda julga o peca<strong>do</strong>. E tão<br />

erra<strong>do</strong> mentir, roubar, cometer adultério e<br />

homicídio hoje quanto no tempo em que<br />

Moisés recebeu as tábuas da lei no monte<br />

Sinai. Na verdade, é pior, pois hoje temos a<br />

revelação plena da vontade de Deus por intermédio<br />

de Jesus Cristo e pecamos mesmo<br />

ten<strong>do</strong> conhecimento claro da verdade.<br />

"Terei prazer nos teus decretos; não me<br />

esquecerei da tua palavra" (SI 119:16).<br />

1. H e s c h e l, Abraham joshua. (Edita<strong>do</strong> por Samuel H . Dresner.) I Asked for Wonder: A Spiritual Anthology. Nova York:<br />

Crossroads, 1996, p. 73.<br />

2. Z u c k, Roy. Biblical Theology of the Old Testament. Chicago: Moody, 1991, p. 232. jó, Provérbios e Eclesiastes são os<br />

principais "livros de sabe<strong>do</strong>ria" no <strong>Antigo</strong> <strong>Testamento</strong> e Tiago no Novo <strong>Testamento</strong>.<br />

3. Não devemos interpretar isso como uma garantia de que os santos obedientes de hoje experimentarão, automaticamente,<br />

to<strong>do</strong> tipo de bênção especial mencionada na aliança de Deus com Israel, como ausência de enfermidades,<br />

riquezas materiais e uma vida longa e tranqüila (Lv 26; Dt 27 - 30). Dentro da nova aliança, não recebemos promessas<br />

de tais benefícios, pois nossa riqueza é, antes de tu<strong>do</strong>, espiritual e não material (Mt 5:1-12; Ef 1:3ss).<br />

4. Deus não julga os filhos pelos peca<strong>do</strong>s cometi<strong>do</strong>s pelos pais (Ez 18:1-20), mas as conseqüências desses peca<strong>do</strong>s<br />

podem afetar grandemente os filhos. Além disso, os filhos têm a tendência de seguir o exemplo que os pais dão em<br />

casa, de mo<strong>do</strong> que imitarão os peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pais. Contu<strong>do</strong>, também devemos nos lembrar de que a piedade de avós<br />

e de pais trará bênçãos a seus descendentes (Sl 90:16; 103:17, 18; Gn 18:17-19).<br />

5. No tabernáculo e no templo, Deus permitiu que seu povo tivesse réplicas de várias coisas da natureza, mas elas serviam<br />

para embelezar a casa de Deus, não objetos de a<strong>do</strong>ração. Deus não proíbe a confecção de objetos artísticos em si, pois<br />

ele é o autor da beleza, mas não permite que transformemos essas coisas em deuses. Ver Francis A. Schaeffer. Art and<br />

the Bible. InterVarsity Press.<br />

6. T o z e r , A. W . The Knowledge of the Holy. Harper, 1961, pp. 9, 11.

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