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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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358 L E V ÍT IC O 13-15<br />

Que graça maravilhosa de Deus tratar um<br />

antigo leproso como um sacer<strong>do</strong>te! Seis vezes<br />

nessa seção, o Senhor declara que o<br />

sacer<strong>do</strong>te "fará expiação" pelo homem (vv.<br />

18-21, 29-31), o que significa que seus peca<strong>do</strong>s<br />

eram per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s.<br />

Uma vez que o leproso havia si<strong>do</strong> um<br />

pária, sem poder trabalhar para levantar seu<br />

sustento, talvez não tivesse como levar os<br />

três animais para o sacer<strong>do</strong>te. Deus permitia<br />

àquele que fosse mais pobre levar aves para<br />

o sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s e para o holocausto<br />

(Lv 14:21-23, 30-32). Além disso, o<br />

Senhor não exigia nenhuma restituição junto<br />

com a oferta pela culpa. Deus facilita as coisas<br />

ao máximo para que os peca<strong>do</strong>res sejam<br />

per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s e restaura<strong>do</strong>s. No entanto, os peca<strong>do</strong>res<br />

alegam que não podem responder<br />

ao chama<strong>do</strong> de Deus, como se a salvação<br />

fosse algo tão difícil.<br />

3. A s a n t i d a d e (Lv 15:1-33)<br />

A palavra-chave neste capítulo é "fluxo" e<br />

aparece vinte e três vezes. Significa, simplesmente,<br />

a eliminação de um líqui<strong>do</strong>, quer seja<br />

da água na natureza ou de um flui<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

corpo humano. A eliminação de flui<strong>do</strong>s no<br />

corpo humano pode ser normal (vv. 16-18,<br />

25-30) ou anormal (vv. 1-15, 19-24), mas de<br />

qualquer mo<strong>do</strong> era considerada imunda e<br />

devia ser tratada de acor<strong>do</strong> com a lei de Deus.<br />

Essas prescrições certamente incluem a preocupação<br />

de Deus com a higiene pessoal e<br />

com a mulher, mas tu<strong>do</strong> indica que a motivação<br />

central é o dever da santidade pessoal.<br />

Nem to<strong>do</strong>s somos leprosos, mas to<strong>do</strong>s<br />

temos nossos "fluxos" ocasionais que nos<br />

contaminam e podem contaminar a outros.<br />

Fluxos masculinos anormais (w . 1-75).<br />

Podia ser qualquer coisa, desde diarréia até<br />

<strong>do</strong>enças venéreas, como gonorr.éia. Qualquer<br />

coisa que o homem acometi<strong>do</strong> desse mal<br />

tocasse ou sobre a qual cuspisse seria imunda.<br />

Além <strong>do</strong> mais, aqueles que fossem contamina<strong>do</strong>s<br />

ao tocar nele deviam lavar a si<br />

mesmos e suas roupas e eram considera<strong>do</strong>s<br />

imun<strong>do</strong>s até o pôr-<strong>do</strong>-sol. Os vasos de barro<br />

que tocasse deviam ser quebra<strong>do</strong>s, e os de<br />

madeira, lava<strong>do</strong>s. A possibilidade de infecção<br />

era levada extremamente a sério.<br />

Pela bondade <strong>do</strong> Senhor, o homem com<br />

esse fluxo podia ser cura<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> isso<br />

acontecia, deveria esperar uma semana e,<br />

como o leproso purifica<strong>do</strong>, deveria lavar a si<br />

mesmo e suas roupas. No oitavo dia, ofereceria<br />

um sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s e um<br />

holocausto, mas não precisava levar sacrifícios<br />

caros, uma vez que um fluxo corporal<br />

não era tão grave quanto um caso de lepra.<br />

Depois disso, o homem estava livre para<br />

a<strong>do</strong>rar ao Senhor e viver normalmente no<br />

acampamento.<br />

Nos últimos anos, tenho ouvi<strong>do</strong> falar um<br />

boca<strong>do</strong> sobre "pessoas nocivas" e até "igrejas<br />

nocivas". Stephen Arteburn e Jack Felton<br />

escreveram um livro chama<strong>do</strong> Toxic Faith<br />

(Oliver/Nelson, 1991), que descreve igrejas<br />

"sectárias" e o vício religioso que propagam<br />

silenciosamente entre pessoas inocentes.<br />

Essa imagem é bíblica, pois Jesus advertiu<br />

sobre pessoas como os fariseus, que fingiam<br />

ser santas, mas que, na verdade, estavam<br />

contaminan<strong>do</strong> aqueles que os seguiam (Mt<br />

23:25-28). Aliás, Paulo escreveu sobre pessoas<br />

em sua época cuja religião era "nociva".<br />

"Evita, igualmente, os falatórios inúteis<br />

e profanos, pois os que deles usam passarão<br />

a impiedade ainda maior. Além disso, a<br />

linguagem deles corrói como câncer" (2 Tm<br />

2:16, 17).<br />

Fluxos masculinos normais (w . 16-78).<br />

Este parágrafo nem sequer sugere que a relação<br />

sexual dentro <strong>do</strong> casamento seja impura<br />

ou contamina<strong>do</strong>ra. Conforme as palavras<br />

da cerimônia tradicional de casamento,<br />

"Deus instituiu o casamento para ser bênção<br />

e benefício para a humanidade". Dentro<br />

<strong>do</strong>s laços santos e amorosos <strong>do</strong> casamento,<br />

o mari<strong>do</strong> não contamina sua esposa, nem a<br />

esposa o mari<strong>do</strong>. "Digno de honra entre to<strong>do</strong>s<br />

seja o matrimônio, bem como o leito<br />

sem mácula; porque Deus julgará os impuros<br />

e adúlteros" (Hb 13:4).<br />

Nessa passagem, Moisés está tratan<strong>do</strong><br />

da imundícia cerimonial e não moral. Uma<br />

vez que a relação sexual envolve flui<strong>do</strong>s<br />

corporais e que estes tornam uma pessoa<br />

imunda, o mari<strong>do</strong> e a esposa deveriam tomar<br />

cuida<strong>do</strong> para lavar-se e manter a pureza<br />

cerimonial. Talvez o Senhor esteja nos

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