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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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438 N Ú M ERO S 13 - 14<br />

A vontade de Deus é a expressão <strong>do</strong> amor<br />

dele por seu povo, pois seus planos vêm de<br />

seu coração (Sl 33:11). A vontade de Deus<br />

não é castigo, mas sim alimento (Jo 4:31-34);<br />

seus desígnios não são correntes que nos<br />

prendem (Sl 2:3), mas laços de amor que<br />

nos atam ao coração de Deus, a fim de que ele<br />

possa nos mostrar o caminho certo (Os 11:4).<br />

Aqueles que se rebelam contra Deus estão<br />

negan<strong>do</strong> a sabe<strong>do</strong>ria divina, questionan<strong>do</strong><br />

seu amor e tentan<strong>do</strong> o Senhor a disciplinálos.<br />

Deus tem de colocar "freios e cabrestos"<br />

(Sl 32:8, 9) nos rebeldes, a fim de controlálos,<br />

algo que não é nada agradável.<br />

Deus quer que conheçamos sua vontade<br />

(At 22:14), compreendamos a sua vontade<br />

(Ef 5:1 7), agrademo-nos em fazer sua vontade<br />

(Sl 40:8) e obedeçamos de coração à sua<br />

vontade (Ef 6:6). Ao nos entregarmos ao Senhor,<br />

confiar nele e obedecer, "experimentamos"<br />

qual é a vontade de Deus (Rm 12:1,2).<br />

O Espírito de Deus nos revela sua Palavra e<br />

nos ajuda a discernir o que Deus quer que<br />

façamos. Contu<strong>do</strong>, é importante que estejamos<br />

dispostos a obedecer, ou ele não nos<br />

ensinará o que precisamos saber (Jo 7:17).<br />

O clérigo anglicano britânico F. W. Robertson<br />

(1816-1853) estava certo quan<strong>do</strong> disse que<br />

a obediência é o órgão <strong>do</strong> conhecimento<br />

espiritual. Se não estamos dispostos a obedecer,<br />

Deus não tem a obrigação de nos<br />

revelar sua vontade.<br />

4. O POVO MERECEU O JULGAMENTO DE<br />

D e u s (N m 14:11-38)<br />

Em mais de uma ocasião, o orgulho de Israel<br />

levou o povo a tentar a Deus no deserto, e<br />

ele respondeu com juízo (Dt 6:16; Sl 78:1 7,<br />

18, 41, 56; 95:8-11; 106).<br />

Como crianças teimosas, os israelitas pareciam<br />

não aprender sua lição. Em vez de<br />

agradarem ao Senhor, que havia feito tanta<br />

coisa por eles, provocaram sua ira e desafiaram-no<br />

a agir.<br />

Intercessão (w . 11-19). Assim como havia<br />

feito quan<strong>do</strong> Israel a<strong>do</strong>rou o bezerro de<br />

ouro (Êx 32), Moisés intercedeu pelo povo e<br />

evitou que a ira de Deus caísse sobre eles.<br />

Mais uma vez, Deus ofereceu constituir uma<br />

nova nação a partir de Moisés e destruir completamente<br />

o povo israelita (Nm 14:11), mas<br />

Moisés recusou a oferta. A marca <strong>do</strong>s grandes<br />

líderes tementes a Deus é que pensam<br />

somente no bem de seu povo e não no benefício<br />

próprio. Na verdade, Moisés estava<br />

disposto a morrer pela nação em vez de<br />

deixar que Deus a destruísse (Êx 32:32; ver<br />

Rm 9:1-3).<br />

Moisés arrazoou com Deus e argumentou<br />

que, em primeiro lugar, a glória <strong>do</strong> Senhor<br />

seria infamada se Israel fosse destruída.<br />

As nações tinham ouvi<strong>do</strong> o que Deus havia<br />

feito no Egito, mas deixariam de temê-lo se<br />

os israelitas fossem extermina<strong>do</strong>s. As nações<br />

diriam: Ele tirou Israel <strong>do</strong> Egito mas não foi<br />

capaz de colocá-los na terra. Isso significa<br />

que os deuses da terra de Canaã são mais<br />

fortes que Jeová!" A grande preocupação de<br />

Moisés era que Deus fosse glorifica<strong>do</strong> diante<br />

das nações.<br />

Seu segun<strong>do</strong> argumento foi a aliança que<br />

Deus havia feito com os patriarcas anos antes<br />

(Nm 14:16). O Senhor havia prometi<strong>do</strong> a<br />

Abraão, Isaque e Jacó que lhes daria a terra,<br />

e Deus não podia voltar atrás em sua palavra<br />

(Gn 13:17; 15:7-21; 28:13; 35:12).<br />

Como terceiro argumento, Moisés salientou<br />

o caráter de Deus e citou o que o<br />

próprio Deus havia lhe declara<strong>do</strong> no monte<br />

Sinai (Nm 14:1 7, 18; Êx 34:6, 7). Por ser um<br />

Deus santo, o Senhor deve castigar o peca<strong>do</strong>,<br />

mas por ser um Deus bon<strong>do</strong>so e misericordioso,<br />

ele per<strong>do</strong>a o peca<strong>do</strong>r. De que maneira<br />

Deus resolve esse dilema? Ao entregar seu<br />

próprio Filho na cruz a fim de pagar pelos<br />

peca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Por causa da cruz, Deus<br />

é aquele que, ao mesmo tempo, faz justiça<br />

e justifica os que confiam em Cristo (Rm<br />

3:21-31). Ele preserva sua santa lei, é fiel a<br />

seu caráter e, concomitantemente, torna o<br />

perdão acessível aos peca<strong>do</strong>res que se arrependem<br />

e que crêem em Jesus Cristo.<br />

Em sua graça e misericórdia, Deus per<strong>do</strong>a<br />

os peca<strong>do</strong>res, mas em sua soberania<br />

divina, permite que os tristes efeitos <strong>do</strong> peca<strong>do</strong><br />

sejam senti<strong>do</strong>s na vida <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>res.<br />

Ele não responsabiliza os filhos pelos peca<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s pais, mas os filhos podem sofrer as<br />

conseqüências desses peca<strong>do</strong>s. Uma vez que<br />

vários lares israelitas eram constituí<strong>do</strong>s de

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