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[WIERSBE] 1 - Comentario Biblico Expositivo do Antigo Testamento - Pentateuco

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L E V ÍT IC O 13-15 357<br />

Jesus vem até nós para nos curar da enfermidade<br />

<strong>do</strong> peca<strong>do</strong>.<br />

A vítima oferecia duas aves (w . 4-7). Esse<br />

ritual incomum retrata para nós o que Cristo<br />

fez para salvar o mun<strong>do</strong> perdi<strong>do</strong>. O lugar<br />

<strong>do</strong>s pássaros não é em vasos de barro; seu<br />

lugar é no céu. Jesus veio <strong>do</strong> céu para tornarse<br />

homem (Jo 3:13, 31; 6:38, 42). Assim, ele<br />

colocou-se num vaso de barro para que pudesse<br />

morrer por nossos peca<strong>do</strong>s. A água<br />

corrente sobre a qual a ave era imolada nos<br />

faz lembrar o Espírito Santo de Deus (Jo 7:37-<br />

39), pois Jesus ofereceu-se a Deus "pelo Espírito<br />

eterno" (Hb 9:14). Quan<strong>do</strong> a ave viva<br />

molhada de sangue era libertada, retratava a<br />

ressurreição <strong>do</strong> Senhor, pois a ressurreição<br />

de Cristo é tão parte da mensagem <strong>do</strong> Evangelho<br />

quanto a sua morte (1 Co 15:1-4).<br />

Somente um Salva<strong>do</strong>r vivo pode livrar os<br />

peca<strong>do</strong>res mortos.<br />

O sangue da ave sacrificada ficava sobre<br />

a ave viva e sobre o vaso, mas também era<br />

aplica<strong>do</strong> sobre o leproso cura<strong>do</strong>. Usan<strong>do</strong><br />

hissopo (Êx 12:22; Sl 51:7), o sacer<strong>do</strong>te aspergia<br />

sangue sobre o leproso sete vezes e,<br />

em seguida, o declarava limpo.2"Sem derramamento<br />

de sangue não há remissão" (Hb<br />

9:22). Como a vítima sabia que estava limpa?<br />

O sacer<strong>do</strong>te dizia isso a ela! Como nós,<br />

cristãos de hoje, sabemos que Deus nos salvou?<br />

Ele nos diz em sua Palavra! Não importava<br />

como o leproso se sentia ou qual era a<br />

sua aparência, Deus declarava que ele estava<br />

limpo, e ponto final.<br />

A pessoa se lavava (w . 8, 9). No dia de<br />

sua purificação, o leproso tinha de lavar a si<br />

mesmo e suas roupas e raspar to<strong>do</strong> o cabelo.<br />

Tinha permissão de entrar no acampamento,<br />

mas não podia entrar em sua tenda.<br />

Devia ficar fora dela por mais uma semana.<br />

Por que se lavar quan<strong>do</strong> o sacer<strong>do</strong>te já o<br />

havia declara<strong>do</strong> limpo? Porque ele precisava<br />

aplicar pessoalmente o que Deus havia<br />

declara<strong>do</strong> ser verdade posicionalmente. O<br />

homem estava cerimonialmente limpo e tinha<br />

o direito de morar no acampamento,<br />

mas precisava tornar-se pessoal e praticamente<br />

limpo para ser adequa<strong>do</strong> para viver<br />

lá. "Lavai-vos, purificai-vos" (Is 1:16). "Purifiquemo-nos<br />

de toda impureza, tanto da carne<br />

como <strong>do</strong> espírito, aperfeiçoan<strong>do</strong> a nossa santidade<br />

no temor de Deus" (2 Co 7:1). Talvez<br />

Paulo tivesse em mente Levítico 14 quan<strong>do</strong><br />

comparou a nova vida em Cristo com o ato<br />

de trocar de roupa (Cl 3:1-14).<br />

A pessoa se lavava novamente (v. 9). Isso<br />

ocorria uma semana depois. O homem precisava<br />

lavar e raspar o corpo novamente e<br />

vestir roupas limpas. Essa raspagem dupla<br />

deixava sua pele como a de um bebê, talvez<br />

simbolizan<strong>do</strong> um novo nascimento. A raspagem<br />

e a lavagem não matavam os micróbios<br />

da lepra - Deus já havia feito isso mas<br />

simbolizavam a novidade de vida <strong>do</strong> antigo<br />

leproso.<br />

A pessoa oferecia os sacrifícios exigi<strong>do</strong>s<br />

(vv. 10-32). Era o oitavo dia depois que<br />

o sacer<strong>do</strong>te havia visita<strong>do</strong> o leproso, e oito<br />

é o número <strong>do</strong> recomeço. O leproso purifica<strong>do</strong><br />

devia levar à porta <strong>do</strong> tabernáculo um<br />

cordeiro para uma oferta pela culpa, um<br />

cordeiro para holocausto e uma cordeira<br />

para sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s, bem como flor<br />

de farinha e óleo para oferta de manjares.<br />

O sacer<strong>do</strong>te declarava a pessoa limpa<br />

(Lv 14:7), toman<strong>do</strong> por base esses sacrifícios,<br />

pois eles retratavam a pessoa e a obra<br />

de Jesus Cristo. O sacrifício pelos peca<strong>do</strong>s<br />

mostra Cristo expian<strong>do</strong> o peca<strong>do</strong> de uma<br />

pessoa. A oferta pela culpa nos lembra de<br />

que Cristo pagou a dívida que tínhamos<br />

com Deus, pois, como o leproso, éramos<br />

incapazes de servi-lo durante nossos dias<br />

de imundície. Com o holocausto, a pessoa<br />

consagrava-se inteiramente, e com a oferta<br />

de manjares, demonstrava a perfeição de<br />

Cristo aceita no lugar das imperfeições <strong>do</strong><br />

a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>r.<br />

O aspecto singular dessa cerimônia era<br />

que o sacer<strong>do</strong>te tratava o leproso purifica<strong>do</strong><br />

como se e/e fosse outro sacer<strong>do</strong>te! Colocava<br />

o sangue da oferta pela culpa na orelha direta,<br />

no polegar direito e no polegar <strong>do</strong> pé<br />

direito. Aspergia óleo sete vezes sobre o homem<br />

e, então, colocava óleo sobre o sangue<br />

que já estava em sua orelha, polegar e polegar<br />

<strong>do</strong> pé.3 Depois disso, derramava óleo<br />

sobre a cabeça <strong>do</strong> homem. Esse gesto é semelhante<br />

à cerimônia que Moisés usou na<br />

ordenação de Arão e de seus filhos (cap. 8).4

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