Revista da FAEEBA Educação e Contemporaneidade - Uneb
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O artigo de Ropelato 4 & Souza 5 , Escrita de<br />
si: um ponto na linha do avesso, pelo próprio<br />
título já sugere o estilo adotado no texto. Rico em<br />
metáforas e conduzido como pauta musical, analisa<br />
a produção escrita de futuros profissionais <strong>da</strong><br />
educação e os modos como os universitários interagem<br />
com os textos que produzem. Neste sentido,<br />
as autoras apontam que “a escritura necessita<br />
de desenvolvimento e de sucessão, simultanei<strong>da</strong>de<br />
e instantanei<strong>da</strong>de”. (p. 98).<br />
Fernandes 6 traz partes do seu memorial de<br />
formação para deixar marcas com possibili<strong>da</strong>des<br />
de mostrar-se como sujeito-professora em<br />
formação. No seu artigo Entre a disciplina e<br />
a (re)invenção: a escrita <strong>da</strong>s professoras no<br />
cotidiano escolar e nos entremeios do discurso<br />
pe<strong>da</strong>gógico, ela busca estabelecer uma<br />
relação entre o seu memorial e os escritos <strong>da</strong>s<br />
professoras. Ela considera que é preciso construir<br />
autonomia e a autoria <strong>da</strong>quilo que falamos<br />
e escrevemos, a partir <strong>da</strong> reflexão sobre o que<br />
nos atravessa e influencia, de forma a poder<br />
li<strong>da</strong>r criticamente com esses determinismos.<br />
Tamboril 7 reflete em seu artigo, Memórias<br />
de escrita e desenvolvimento <strong>da</strong> competência<br />
escritora na formação de professoras: uma<br />
experiência escritora na formação de professoras:<br />
uma experiência no Portal <strong>da</strong> Amazônia,<br />
a importância <strong>da</strong> escrita como estratégia de<br />
formação de professoras, tomando como referência<br />
a própria experiência. Ela é convenci<strong>da</strong><br />
de que “professores e professoras também querem<br />
aprender e não só ensinar”. (p.131)<br />
Varani 8 , em Memórias de professores na<br />
pesquisa em educação: experiências que reexistem,<br />
confessa que a escola é um espaço de<br />
possibili<strong>da</strong>des. A experiência vivi<strong>da</strong> com um<br />
grupo de professores, que gestou um projeto<br />
político pe<strong>da</strong>gógico em uma escola pública em<br />
São Paulo, levou-a a destacar duas lições: a<br />
primeira, que “o processo de recuperação de<br />
memória supera perspectivas que não consideram<br />
a escola como espaço de produção”, a segun<strong>da</strong>,<br />
que “o conjunto de experiências relatado<br />
pelos professores reflete o conjunto do trabalho<br />
docente coletivo.” (p. 140).<br />
Nogueira 9 narra uma experiência de pesquisa<br />
conseqüente de um programa de forma-<br />
ção continua<strong>da</strong>. Memórias e quintais confirma<br />
que a escrita de memoriais se constitui como<br />
espaço para interagir com momentos esquecidos,<br />
“de conhecer a força real de suas histórias,<br />
de narrar suas memórias.”<br />
Em Escrita de professoras: estratégia de<br />
formação e instrumento de valorização profissional,<br />
Zibetti 10 apresenta experiências de<br />
formação de professoras alfabetizadoras cuja<br />
ênfase foi no uso <strong>da</strong> escrita como estratégia<br />
formadora e reflete sobre algumas conquistas<br />
e desafios desta prática.<br />
Melo 11 revela em Resistência, dificul<strong>da</strong>des<br />
e avanços: o registro escrito como estratégia<br />
de formação na Universi<strong>da</strong>de que<br />
as escritas foram evoluindo: de registros mais<br />
descritivos para registros mais reflexivos. Usar<br />
o registro como dispositivo de formação reafirma<br />
o quanto esse tipo de proposta é um recurso<br />
importante para o desenvolvimento pessoal<br />
e profissional que deve ser considerado nos<br />
cursos de formação de professores.<br />
Garcia 12 e Dutoit 13 em Ler e escrever, a<br />
quem se destina? Uma abor<strong>da</strong>gem sobre o<br />
ensino <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> produção de textos<br />
no Ensino Superior, evidenciam desafios e<br />
alertam para que “professores e alunos pensem<br />
em projetos ou programas que superem as<br />
limitações sobre a leitura e a escrita e as enca-<br />
4 Carla Clauber <strong>da</strong> Silva Ropelato: mestre em educação,<br />
professora colaboradora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Joinville e<br />
supervisora <strong>da</strong> Secretaria Municipal de <strong>Educação</strong>.<br />
5 Roselete Fagundes Aviz de Souza: mestre em educação,<br />
professora colaboradora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Joinville e<br />
supervisora <strong>da</strong> Secretaria Municipal de <strong>Educação</strong>.<br />
6 Carla Helena Fernandes: pe<strong>da</strong>goga, doutoran<strong>da</strong> na Unicamp<br />
e integrante do GEPEC.<br />
7 Maria Ivonete Barbosa Tamboril: pe<strong>da</strong>goga, mestre e doutoran<strong>da</strong><br />
na USP.<br />
8 Adriana Varani: doutora pela Unicamp e integrante do<br />
GEPEC.<br />
9 Eliane Greice Davanço Nogueira: professora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
de Mato Grosso do Sul e integrante do GEPEC.<br />
10 Marli Lúcia Tonatto Zibetti: professora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal de Rondônia.<br />
11 Elisabete Carvalho de Melo: professaora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal do Acre.<br />
12 Midian Garcia: professora <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de Jorge Amado e <strong>da</strong><br />
UESB, Bahia.<br />
13 Rosana Dutoit: professora, coordenadora de projetos <strong>da</strong><br />
Abaporu.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>FAEEBA</strong> – <strong>Educação</strong> e Contemporanei<strong>da</strong>de, Salvador, v. 15, n. 25, p. 261-265, jan./jun., 2006 263