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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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ficáveis que emitiam eram "mamãe" e "papai". Com quatro<br />

anos, só produziam alguns outros sons, quando brincavam<br />

juntos. Quando os meninos tinham cinco anos, proferiam<br />

algumas palavras convencio<strong>na</strong>is ao falarem com<br />

adultos, mas as brinca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> um com o outro não envolviam<br />

muita fala, e quando falavam, os sons que proferiam<br />

(aga, nu, ntsa, a, bulbul) não pareciam ser guiados<br />

pela gramática, mas pela ação e pelos gestos. Alguns nomes<br />

estáveis foram <strong>de</strong>tectados: as palavras que eles mesmos<br />

inventavam, ligeiramente distorcidas, como "pipi",<br />

"galinha", e um pequeno conjunto <strong>de</strong> palavras russas para<br />

objetos corriqueiros, partes do corpo, e ações elementares.<br />

Os gêmeos também entendiam a fala comum que se referia<br />

a eles. Mas quando a fala não se referia diretamente a eles,<br />

ou era gramaticalmente complicada, parecia <strong>de</strong>ixá-los indiferentes.<br />

Em casa, os gêmeos passavam a maior parte <strong>de</strong> seu<br />

tempo brincando juntos. Não se lia para eles, nem eram<br />

intelectualmente estimulados <strong>de</strong> qualquer maneira em especial.<br />

Apesar <strong>de</strong> sua fala anômala, pareciam ser intelectualmente<br />

normais. Eram matreiros, enérgicos e amistosos.<br />

Vestiam-se, comiam à mesa e ajudavam no trabalho<br />

leve da casa.<br />

As facilida<strong>de</strong>s do Instituto Médico-Genético proporcio<strong>na</strong>ram<br />

uma oportunida<strong>de</strong> única <strong>de</strong> estudar estes gêmeos e<br />

a relação entre a fala e o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s<br />

cognitivas. As crianças foram inscritas no jardim <strong>de</strong> infância<br />

resi<strong>de</strong>ncial do Instituto e rapidamente se adaptaram ao novo<br />

ambiente. Em comparação com a <strong>de</strong> seus colegas <strong>de</strong> classe,<br />

as brinca<strong>de</strong>iras construtivas <strong>de</strong> Yura e Liosha estavam um<br />

pouco retardadas. Nunca faziam prédios ou outras estruturas<br />

complexas. Brincando com blocos maiores, passavam a<br />

maior parte do tempo atirando-os <strong>de</strong> um lado a outro da<br />

sala. Brincavam juntos a maior parte do tempo, raramente<br />

brincando ou falando com outras crianças. Quando brincavam<br />

com outros, eram geralmente jogos simples <strong>de</strong> pegador.<br />

Nunca brincavam com as outras crianças em ativida<strong>de</strong>s criativas,<br />

como o <strong>de</strong>senho ou a mo<strong>de</strong>lagem, ou em brinca<strong>de</strong>iras<br />

on<strong>de</strong> se atribuíam papéis.<br />

Durante o período inicial em que ficaram no jardim<br />

<strong>de</strong> infância, gravamos muitos trechos <strong>de</strong> suas falas. Ainda<br />

que <strong>na</strong> época, já com cinco anos e meio, o vocabulário tivesse<br />

aumentado um pouco, suas falas eram ainda agramáticas.<br />

Nunca iniciavam uma conversa com um adulto, e<br />

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