Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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mos a criança <strong>de</strong>sta ida<strong>de</strong>: "Quando aparecer a luz vermelha,<br />
aperte", elas reagiam livremente à instrução verbal e<br />
começavam a apertar o bulbo imediatamente, ao invés <strong>de</strong><br />
esperar a luz vermelha aparecer. A primeira parte da instrução<br />
verbal — "Quando aparecer a luz vermelha" - evoca<br />
aquilo que nós, utilizando a terminologia pavlovia<strong>na</strong>, chamávamos<br />
<strong>de</strong> "reflexo orientador". Isto é, a criança começava<br />
a procurar pela luz. A segunda parte da instrução verbal<br />
- "aperte" - evocava uma reação motora imediata, e a<br />
criança apertava o bulbo. O estímulo programado, a luz<br />
vermelha, tor<strong>na</strong>va-se <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> um fator <strong>de</strong> distração, e<br />
crianças que já haviam começado a apertar o bulbo à<br />
menção da palavra "aperte" freqüentemente paravam <strong>de</strong><br />
dar qualquer resposta quando a luz se acendia. Além disso,<br />
o comando verbal "aperte" não evocava um único aperto<br />
<strong>de</strong> bulbo, mas toda uma série <strong>de</strong> reações motoras involuntárias<br />
que só cessavam gradualmente. Mesmo a instrução<br />
negativa direta "Pare" levava freqüentemente a uma<br />
excitação e a respostas motoras mais fortes e menos controladas.<br />
A coisa começava a mudar <strong>de</strong> figura quando observamos<br />
crianças normais com ida<strong>de</strong> entre três e quatro anos.<br />
Em seguida à instrução "Aperte" emitiam, se tanto, algumas<br />
respostas discrepantes. No <strong>de</strong>correr dos experimentos<br />
mais simples, no entanto, aprendiam a ouvir as instruções<br />
e esperar pelo aparecimento <strong>de</strong> estímulo a<strong>de</strong>quado. Chamamos<br />
esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interromper uma resposta e organizá-la<br />
nos termos <strong>de</strong> uma instrução verbal prelimi<strong>na</strong>r<br />
<strong>de</strong> "barreira funcio<strong>na</strong>l". Acreditávamos que as crianças estavam<br />
verbalmente formulando uma regra geral para si<br />
mesmas, que servia como uma barreira contra a tendência<br />
<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r diretamente à instrução verbal.<br />
Observávamos <strong>na</strong>s crianças <strong>de</strong> três a quatro anos<br />
uma clara melhora, mas a regulação verbal das respostas<br />
motoras <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong>sta ida<strong>de</strong> ainda podia ser facilmente<br />
<strong>de</strong>sorganizada. Para produzir tal <strong>de</strong>sorganização, precisávamos<br />
mudar muito pouco as condições do experimento.<br />
Ao invés <strong>de</strong> pedir para a criança respon<strong>de</strong>r a rim estímulo<br />
único - apertar ou não apertar quando a luz vermelha se<br />
acen<strong>de</strong>sse - pedíamos a ela que fizesse uma escolha:<br />
"Quando você vir a luz ver<strong>de</strong>, não faça <strong>na</strong>da. Quando vir a<br />
luz vermelha, aperte".<br />
Encontramos dois tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorganização no <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> três a três anos e meio <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, que<br />
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