Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ORGANIZAÇÃO FINAL<br />
1. Certa vez um ladrão quis roubar um estranho<br />
mercador.<br />
2. O mercador falou a um operário que alguém havia<br />
subido ao sótão.<br />
3. O ladrão se escon<strong>de</strong>u no monte <strong>de</strong> tabaco.<br />
4. Quando eles estavam no sótão e não encontraram<br />
ninguém.<br />
5. Como ele começou a espirrar e se entregou.<br />
Depois <strong>de</strong> ter elaborado este plano, o paciente contou<br />
a estória <strong>de</strong> forma lúcida e fluente. "Antes, as cincos frases<br />
giravam <strong>na</strong> minha cabeça, uma <strong>de</strong>pois da outra, e eu não<br />
sabia o que <strong>de</strong>scartar", explicou o paciente, "mas agora eu<br />
só penso numa frase <strong>de</strong> cada vez, e tudo funcio<strong>na</strong> bem".<br />
Mais tar<strong>de</strong> pedimos a este paciente que escrevesse<br />
um relato sobre como havia sido ferido. Ele escreveu três<br />
linhas e insistia que não conseguia escrever mais. Falharam<br />
todas nossas tentativas <strong>de</strong> convencê-lo. O paciente se<br />
negava a continuar, dizendo que não conseguia organizar<br />
o caso que tinha <strong>na</strong> cabeça. Mais uma vez sugerimos que<br />
utilizasse o plano <strong>de</strong> cartão-índice. Na hora que se seguiu,<br />
ele escreveu quatorze frases, sem preocupar-se com colocá-las<br />
em qualquer or<strong>de</strong>m. Depois as organizou e escreveu<br />
o seguinte relato a respeito <strong>de</strong> como havia sido ferido:<br />
"Em 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1942, eu estava <strong>na</strong> linha <strong>de</strong> frente.<br />
Estivera nublado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o amanhecer, caía um pouco <strong>de</strong><br />
neve e havia uma leve brisa. Eu estava no comando, acompanhado<br />
pelo agente político superior, camarada P., e por alguns<br />
soldados. Havia algum fogo <strong>de</strong> artilharia. Os soldados começaram<br />
a me perguntar se <strong>de</strong>veríamos abrir fogo contra o inimigo.<br />
Eu disse que não era chegada a hora. Uma hora <strong>de</strong>pois, foi<br />
dado o comando para abrir fogo. Neste momento, a moral dos<br />
soldados estava alta, e não tivemos baixas. Eu observei que algumas<br />
ogivas atingiam as posições inimigas.<br />
Às 4 da tar<strong>de</strong> eu estava seriamente ferido <strong>na</strong> cabeça. Eu<br />
me lembro <strong>de</strong> ter ouvido o camarada P. dizer que o comandante<br />
estava morto. Não podia dizer que estava vivo, mas pensava<br />
sobre como é fácil morrer... e então não lembro mais <strong>na</strong>da.<br />
Como eles me levaram ao hospital eu não sei. Posso<br />
me lembrar <strong>de</strong> quando me tiraram <strong>de</strong> um avião, no aeroporto<br />
da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V. Então percebi que o Hospital Cirúrgico<br />
era nesta cida<strong>de</strong>, e fui operado. Quando cheguei no<br />
159