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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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ção. Fizemo-lo <strong>de</strong> duas maneiras. Primeiro, criamos uma<br />

situação em que o comando verbal entrava em conflito<br />

com a experiência prévia da criança. A seguir, criamos<br />

uma situação em que o comando verbal conflitava com a<br />

informação imediata do ambiente visual. Para criar o primeiro<br />

tipo <strong>de</strong> conflito, colocava-se a moeda no copo umas<br />

três ou quatro vezes, para criar <strong>na</strong> criança um conjunto <strong>de</strong><br />

expectativas. Então quebrava-se o padrão e a moeda era<br />

colocada <strong>na</strong> taça. Esta complicação fez com que as crianças<br />

que haviam conseguido seguir os comandos verbais da<br />

primeira fase se tor<strong>na</strong>ssem incapazes <strong>de</strong> fazê-lo, tanto <strong>na</strong><br />

série em que havia o auxílio visual quanto <strong>na</strong> série em que<br />

era introduzida a tela. Agora, as crianças continuavam a<br />

agarrar o copo. Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns meses foram capazes<br />

<strong>de</strong> superar essa complicação e completar a tarefa.<br />

O segundo tipo <strong>de</strong> conflito que introduzimos veio a<br />

ser ainda mais complicado. Instruíamos a crianças <strong>de</strong> dois<br />

anos e meio a três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>: "Se eu levantar meu punho,<br />

você levanta seu <strong>de</strong>do: ou "Se eu levantar meu <strong>de</strong>do<br />

você levanta seu punho". As crianças mais novas tinham<br />

dificulda<strong>de</strong> em repetir estas instruções, e algumas vezes<br />

simplificavam-<strong>na</strong>s. As crianças <strong>de</strong> três a três anos e meio<br />

não viam dificulda<strong>de</strong> nesta parte da tarefa. Mas quando as<br />

crianças tentavam seguir os comandos, passavam por<br />

maus bocados. Observando o punho do experimentador, a<br />

criança imitá-lo-ia, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> seguir a instrução verbal.<br />

Não <strong>de</strong>monstravam estar cientes <strong>de</strong> que havia uma discrepância<br />

entre o que estavam fazendo e as instruções verbais.<br />

As crianças mais velhas, no entanto, apresentavam alguns<br />

si<strong>na</strong>is <strong>de</strong> conflito. Em resposta ao punho do experimentador,<br />

levantavam corretamente seus <strong>de</strong>dos, <strong>de</strong>monstravam dúvida,<br />

e substituíam seus <strong>de</strong>dos por seus punhos. Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns<br />

meses, quando as crianças já tinham quatro anos ou<br />

mais, conseguiam seguir instruções verbais que entravam<br />

em conflito com o que viam.<br />

Tenho consciência <strong>de</strong> que este trabalho não constituiu<br />

mais que uma série <strong>de</strong> estudos-piloto, e que observações extensivas<br />

ainda precisam ser feitas. Mesmo assim, uma estratégia<br />

que combi<strong>na</strong> mo<strong>de</strong>los artificiais <strong>de</strong> laboratório com observações<br />

mais <strong>na</strong>turais e com quasi-experimentos é extremamente<br />

frutífera.<br />

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