Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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alvo. Com instruções do segundo tipo, que não <strong>de</strong>mandavam<br />
uma ativida<strong>de</strong> seletiva especial, a ativação durava menos,<br />
além <strong>de</strong> ser não-seletiva.<br />
A coisa mudava totalmente <strong>de</strong> figura em se tratando<br />
<strong>de</strong> pacientes com lesões nos lobos frontais. Via <strong>de</strong> regra,<br />
estas pessoas apresentavam pouco comportamento ativo, e<br />
a falta <strong>de</strong> espontaneida<strong>de</strong> era um sintoma básico <strong>de</strong> sua<br />
patologia. Sua resposta ã estimulação, medida pela ativação<br />
do padrão <strong>de</strong> EEG, era significativamente diferente daquela<br />
obtida com pacientes <strong>de</strong> lesões posteriores ou sujeitos<br />
normais. Nos pacientes frontais, os estímulos que não<br />
tinham significado especial evocavam mudanças marcadas<br />
no EEG, mais ou menos semelhantes àqueles observados<br />
em sujeitos normais expostos aos mesmos estímulos. Mas<br />
nenhuma mudança ocorria no EEG <strong>de</strong> pacientes frontais<br />
quando os estímulos eram carregados <strong>de</strong> significado pelo<br />
uso <strong>de</strong> instruções verbais. Ao lidar com pacientes que haviam<br />
sofrido gran<strong>de</strong>s lesões bilaterais, chegamos a observar<br />
uma inibição dos processos corticais em resposta a palavras<br />
significativas, quando esperaríamos exatamente o<br />
contrário. Estes resultados indicaram que os lobos frontais<br />
são responsáveis pela modulação do tônus, ou nível da ativida<strong>de</strong><br />
neural, do córtex cerebral. Em indivíduos normais,<br />
o efeito estabilizante do córtex frontal, <strong>de</strong> acordo com as<br />
instruções verbais, se reflete diretamente no padrão <strong>de</strong><br />
EEG.<br />
Tendo <strong>de</strong>senvolvido nossa técnica para rastrear o nível<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> cerebral através do uso dos indicadores <strong>de</strong><br />
Processos Fisiológicos proporcio<strong>na</strong>dos pelo EEG, pu<strong>de</strong>mos<br />
repetir e ampliar algumas <strong>de</strong> nossas observações psicológicas<br />
rastreando suas bases fisiológicas. A pesquisa subseqüente,<br />
registrada em monografias <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Homskaya,<br />
e em algumas <strong>de</strong> minhas próprias publicações, <strong>de</strong>monstrou<br />
que no adulto normal os lobos frontais exercem<br />
controle sobre o comportamento em parte como resultado<br />
<strong>de</strong> seu controle sobre o nível <strong>de</strong> ativação provocada por diferentes<br />
tipos <strong>de</strong> estímulos verbais. Repetimos vários experimentos<br />
básicos que haviam sido mo<strong>de</strong>lados no método<br />
motor combi<strong>na</strong>do. Às vezes, pedíamos ao paciente que<br />
"apertasse o botão quando surgisse a luz vermelha". Ou<br />
introduzíamos <strong>na</strong> tarefa algumas escolhas elementares:<br />
"quando você vir a luz vermelha, aperte com sua mão direita;<br />
quando vir a luz ver<strong>de</strong>, aperte com sua mão esquerda".<br />
Nestes casos, os pacientes frontais po<strong>de</strong>riam respon-<br />
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