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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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suas funções superiores, incluindo seu sistema verbal, seriam<br />

mais afetadas que as funções inferiores. Assim, a fala<br />

<strong>de</strong>stas crianças seria <strong>de</strong> pouca valia <strong>na</strong> reorganização <strong>de</strong><br />

seu comportamento ou para compensar alguns <strong>de</strong> seus<br />

<strong>de</strong>feitos.<br />

Nosso trabalho com essa diagnose diferencial começou<br />

no princípio dos anos 50 e levou muitos anos para ser<br />

termi<strong>na</strong>do. Está resumido numa monografia <strong>de</strong> dois volumes,<br />

Problemas da Ativida<strong>de</strong> Nervosa Superior <strong>de</strong> Crianças<br />

Normais e Anormais, publicada em russo em 1956 e 1958.<br />

(Con<strong>de</strong>nsações <strong>de</strong>ste trabalho, em inglês, aparecem em A.<br />

R. Luria, The Role of Speech in The Regulation of Normal<br />

and Anormal Behaviour (Pergamon Press, 1960). Neste trabalho,<br />

E. D. Homskaya <strong>de</strong>monstrou que as crianças com<br />

síndromes astênicas apresentavam gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

para dar respostas motoras a instruções verbais, mas o<br />

mesmo não ocorria quando tinham <strong>de</strong> apresentar ape<strong>na</strong>s<br />

uma resposta verbal. Respondiam "sim" ou "não" <strong>de</strong> maneira<br />

a<strong>de</strong>quada, mas reagiam excessivamente quando se<br />

pedia que fizessem um movimento em resposta a uma luz.<br />

Não respondiam se um estímulo positivo se seguisse a um<br />

negativo. Também <strong>de</strong>monstravam inércia após o estímulo<br />

positivo, continuando a respon<strong>de</strong>r mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> apresentado<br />

um estímulo negativo. Como seus <strong>de</strong>feitos estavam<br />

localizados no sistema motor, nossa hipótese era que<br />

seria possível utilizar o sistema verbal para trazer o sistema<br />

motor sob seu controle.<br />

Estávamos certos. Constatamos que a combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong><br />

respostas verbais e motoras fazia com que as crianças que<br />

sofriam <strong>de</strong> uma superexcitação passassem a respon<strong>de</strong>r<br />

mais regular e a<strong>de</strong>quadamente às instruções. Cessaram<br />

totalmente <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r impulsivamente aos estímulos negativos.<br />

E as crianças <strong>de</strong> comportamento inerte começaram,<br />

com a ajuda <strong>de</strong> suas próprias respostas verbais, a<br />

obter respostas motoras estáveis aos estímulos positivos.<br />

Já nosso estudo <strong>de</strong> crianças verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>ficientes<br />

produziu resultados completamente diferentes. Os<br />

membros <strong>de</strong> nosso grupo <strong>de</strong> pesquisa, incluindo o Dr. A. I.<br />

Meshcheriakov, Dr. V. I. Lubovsky e o Dr. E. N. Martsinovskaya,<br />

<strong>de</strong>monstraram que os distúrbios neurodinâmicos<br />

dos processos verbais <strong>de</strong>ssas crianças eram muito<br />

mais pronunciados que os distúrbios motores. As dificulda<strong>de</strong>s<br />

que havíamos associado a um <strong>de</strong>sbalanço entre os<br />

processos excitatórios e inibitórios ou ao problema da inér-<br />

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