Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa
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siologia pavlovia<strong>na</strong> estavam no uso extensivo que fazia <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> laboratório do comportamento, e as sofisticadas<br />
formas <strong>de</strong> experimentação que havia <strong>de</strong>senvolvido ao<br />
longo dos anos. Ainda que o uso que eu fazia dos mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> laboratório tivesse muito em comum com o que faziam<br />
os da escola pavlovia<strong>na</strong>, eu fazia também diversas restrições<br />
aos métodos pavlovianos, <strong>na</strong> forma como eram então<br />
aplicados. Em particular, achava que apresentavam uma<br />
explicação por <strong>de</strong>mais simplificada e mecanicista do comportamento<br />
humano, que atribuía muita importância aos<br />
conceitos <strong>de</strong> reforço e condicio<strong>na</strong>mento, isto é, à formação<br />
<strong>de</strong> conexões temporárias entre estímulos e respostas. Os<br />
pavlovianos mais dogmáticos aplicavam esses conceitos<br />
como se o comportamento das crianças em diversas ida<strong>de</strong>s<br />
representasse a mera cumulação quantitativa <strong>de</strong> princípios<br />
simples <strong>de</strong> estímulo e resposta, enquanto eu e os outros<br />
que haviam trabalhado com Vygotsky acreditávamos<br />
que o comportamento das crianças sofria mudanças qualitativas<br />
ao longo <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
No princípio da década <strong>de</strong> 50, minha base <strong>de</strong> operações<br />
se transferiu para o Instituto <strong>de</strong> Defectologia que Vygotsky<br />
havia fundado, há muitos anos atrás. Lá iniciei<br />
uma série <strong>de</strong> experimentos, nos quais a fala da própria<br />
criança era usada para organizar movimentos simples em<br />
resposta a estímulos físicos arbitrários. Estávamos interessados<br />
no <strong>de</strong>senvolvimento da regulação verbal do comportamento.<br />
Para aumentar nosso entendimento <strong>de</strong> como a<br />
organização do comportamento <strong>na</strong>s crianças normais passa<br />
<strong>de</strong> um estado <strong>na</strong>tural e imediato a outro mediado e instrumental<br />
ao longo do tempo, fizemos nossos experimentos<br />
<strong>de</strong> forma comparativa. Comparamos a influência da fala<br />
<strong>na</strong> organização do comportamento <strong>de</strong> crianças normais em<br />
diversas ida<strong>de</strong>s, e comparamos também o comportamento<br />
normal com o <strong>de</strong> crianças que sofriam <strong>de</strong> várias formas <strong>de</strong><br />
retardamento mental.<br />
Quando começamos este trabalho, o mais eminente<br />
teórico pavloviano da área, A. G. Ivanov-Smolensky, estava<br />
usando uma versão do método motor combi<strong>na</strong>do que eu<br />
havia empregado em minhas primeiras pesquisas, como<br />
está resumido em A Natureza dos Conflitos Humanos. Ivanov-Smolensky<br />
utilizava a técnica da seguinte maneira:<br />
submetia-se uma criança a uma longa série <strong>de</strong> testes, durante<br />
os quais ela teria que apren<strong>de</strong>r a apertar ou não um<br />
bulbo <strong>de</strong> borracha quando se acen<strong>de</strong>sse uma luz <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter-<br />
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