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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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po<strong>de</strong>riam ser ampliados para abarcar também a linguagem<br />

huma<strong>na</strong>. Na época um homem já muito idoso, Pavlov <strong>de</strong>ixou<br />

claro que nesta área sua teoria ainda precisava ser<br />

elaborada; não se tratava <strong>de</strong> terra cognita. Assim, qualquer<br />

um qqe <strong>de</strong>sejasse lidar com ela po<strong>de</strong>ria fazê-lo, com poucas<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assegurar uma conformida<strong>de</strong> com a<br />

teoria fisiológica que Pavlov havia <strong>de</strong>senvolvido nos anos<br />

20, com base em sua pesquisa com cachorros.<br />

A leitura das publicações <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich<br />

<strong>de</strong>ste período é enervante para mim, hoje. Excelente estudante<br />

<strong>de</strong> línguas, utilizou o jargão pavloviano como um<br />

verda<strong>de</strong>iro expert. Em alguns casos, tenho relativa certeza<br />

em afirmar que ele pensava ser este jargão ur<strong>na</strong> maneira<br />

a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver e explicar os fenômenos, como em<br />

seus experimentos com crianças mentalmente <strong>de</strong>ficientes.<br />

Mas em outros casos, como em seus estudos dos gêmeos<br />

que <strong>de</strong>senvolveram sua própria linguagem, ele com certeza<br />

consi<strong>de</strong>rava a teoria pavlovia<strong>na</strong> i<strong>na</strong><strong>de</strong>quada. Nestes casos,<br />

é preciso traduzir o que ele dizia para sua própria linguagem<br />

teórica. Infelizmente, <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 50, muitos jovens<br />

psicólogos soviéticos não foram capazes <strong>de</strong> realizar esta<br />

tradução, e eu também não o fui.<br />

Quando minha esposa e eu chegamos a Moscou em<br />

1962, estes acontecimentos já faziam parte do passado <strong>de</strong><br />

Alexan<strong>de</strong>r Romanovich. A procura <strong>de</strong> uma psicologia marxista<br />

não havia <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> ser assunto central, e nem os<br />

<strong>de</strong>bates acerca das abordagens teórica e metodológica<br />

apropriadas estavam resolvidos. Mas agora eram assuntos<br />

<strong>de</strong> discussão normal, sem que qualquer um em especial<br />

ditasse um único caminho aceitável.<br />

Em 1955, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um hiato <strong>de</strong> 20 anos, permitia-se<br />

à psicologia que tivesse sua própria revista, Problems <strong>de</strong><br />

Psicologia, tendo Kornilov como editor. Alexan<strong>de</strong>r Romanovich<br />

e Leontiev faziam parte do conselho editorial. Então,<br />

em 1956, a primeira edição dos trabalhos compilados <strong>de</strong><br />

Vygotsky foi publicada, com um longo prefácio escrito pelos<br />

dois membros restantes da "troika", tor<strong>na</strong>ndo suas<br />

idéias disponíveis pela primeira vez a toda uma geração <strong>de</strong><br />

estudantes que mal sabiam seu nome.<br />

No fi<strong>na</strong>l da década <strong>de</strong> 50, Alexan<strong>de</strong>r Romanovich voltou<br />

a viajar para o estrangeiro. A gran<strong>de</strong> cristaleira da sala<br />

<strong>de</strong> estar <strong>de</strong> La<strong>na</strong> Pimenov<strong>na</strong> ficou repleta <strong>de</strong> lembranças<br />

do Japão, da Inglaterra, da Europa Oci<strong>de</strong>ntal e dos Estados<br />

Unidos, complementando sua coleção <strong>de</strong> souvenirs so-<br />

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