08.05.2013 Views

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

criança rapidamente se fatigaria e seria incapaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r;<br />

se, ao contrário, prevalecesse a excitação, a criança<br />

respon<strong>de</strong>ria excessivamente às instruções verbais.<br />

Ainda que <strong>na</strong> nossa opinião a noção <strong>de</strong> que o retardamento<br />

mental é causado por um <strong>de</strong>sbalanço entre os processos<br />

neurais excitatórios e inibitórios não explique os fenômenos<br />

que observamos, não po<strong>de</strong>ríamos excluir a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser um fator. Havia já muito tempo, Pavlov havia<br />

<strong>de</strong>scrito o <strong>de</strong>sbalanço entre excitação e inibição como<br />

um sintoma básico da neurose, e esse fenômeno havia sido<br />

estudado por B. M. Teplov e V. D. Nebylitsen em uma série<br />

<strong>de</strong> experimentos. Sua aplicabilida<strong>de</strong> ao fenômeno do retardamento<br />

mental e comportamental <strong>de</strong> crianças imaturas<br />

era, no começo <strong>de</strong>ste trabalho, uma possibilida<strong>de</strong> significativa.<br />

Das duas explicações, preferíamos aquela que se concentrava<br />

<strong>na</strong> falta <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> e <strong>na</strong> inércia dos processos<br />

neurais das crianças <strong>de</strong>ficientes. Como sabem os professores<br />

experientes <strong>de</strong> crianças retardadas, a mudança <strong>de</strong><br />

uma lição para outra não é fácil para elas. Depois <strong>de</strong> uma<br />

hora <strong>de</strong> soletração, as crianças <strong>de</strong>ficientes freqüentemente<br />

continuam a soletrar mesmo que o assunto mu<strong>de</strong> para<br />

aritmética. Pensamos que a mesma explicação pu<strong>de</strong>sse se<br />

aplicar aos nossos experimentos. Ao contrário <strong>de</strong> muitos<br />

fisiologistas pavlovianos dogmáticos, no entanto, que pensavam<br />

que a combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> uma falta <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>sbalanço entre os processos excitatórios e inibitórios<br />

explicaria o retardamento mental, nós achávamos que<br />

essa explicação era insuficiente, e que se fazia necessária<br />

uma abordagem mais sofisticada do problema.<br />

Como se pô<strong>de</strong> prever, usamos a linha <strong>de</strong> raciocínio<br />

adiantada por Vygotsky para discrimi<strong>na</strong>r entre as diferentes<br />

formas <strong>de</strong> retardamento comportamental e para constituir<br />

uma base mais firme para os experimentos sobre os<br />

princípios neurodinâmicos do retardamento. A distinção<br />

primária era entre um comportamento organizado com<br />

base em processos superiores e mediados e um comportamento<br />

baseado em processos <strong>na</strong>turais. Reconhecemos<br />

que, ao mesmo tempo em que era possível que os mecanismos<br />

neurodinâmicos postulados pela teoria pavlovia<strong>na</strong>,<br />

tais como a interação entre excitação e inibição, operassem<br />

igualmente nos dois níveis, também era possível que<br />

uma condição patológica estivesse presente predomi<strong>na</strong>ntemente<br />

no nível superior ou no inferior <strong>de</strong> organização. Se-<br />

117

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!