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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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tiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o significado abstrato e categórico <strong>de</strong> uma<br />

palavra, os sujeitos no princípio incluíam objetos que pertenciam<br />

à categoria <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>da. Mas logo extravasavam os<br />

limites da categoria, e incluíam objetos que eram simplesmente<br />

encontrados junto com os membros da classe <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>da,<br />

ou objetos que eram consi<strong>de</strong>rados úteis numa situação<br />

imaginária <strong>na</strong> qual os primeiros itens estariam em<br />

uso. As palavras, para estas pessoas, tinham uma função<br />

totalmente diferente da que têm para as pessoas instruídas.<br />

Não eram usadas para codificar os objetos em sistemas<br />

conceituais, mas para estabelecer as inter-relações<br />

práticas entre as coisas.<br />

Quando nossos sujeitos já haviam recebido alguma<br />

instrução, e participado das discussões coletivas <strong>de</strong> assuntos<br />

sociais vitais, prontamente realizaram a transição para<br />

o pensamento abstrato. Novas experiências e novas idéias<br />

mudam o modo pelo qual as pessoas usam a linguagem,<br />

<strong>de</strong> maneira a que as palavras se tornem o principal agente<br />

<strong>de</strong> abstração e generalização. Uma vez educados, os indivíduos<br />

passam cada vez mais a usar a categorização para<br />

expressar idéias sobre a realida<strong>de</strong>.<br />

Este trabalho sobre a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> palavras, quando<br />

somado ao trabalho sobre classificação, nos levou a concluir<br />

que os modos <strong>de</strong> generalização típicos do pensamento<br />

<strong>de</strong> pessoas que vivem numa socieda<strong>de</strong> domi<strong>na</strong>da por ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas rudimentares diferem dos modos <strong>de</strong> generalização<br />

dos indivíduos que receberam educação formal.<br />

Os processos <strong>de</strong> abstração e generalização não são constantes<br />

em todos os estágios do <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômico<br />

e cultural. Na verda<strong>de</strong>, estes processos são, eles<br />

mesmos, produtos do ambiente cultural.<br />

Com base nos resultados que <strong>de</strong>monstravam essa<br />

mudança <strong>na</strong> categorização que as pessoas faziam dos objetos<br />

que encontravam em sua vida diária, especulamos<br />

que quando as pessoas adquirissem os códigos lógicos e<br />

verbais que permitissem a abstração das características<br />

essenciais dos objetos e sua inclusão em categorias, seriam<br />

capazes <strong>de</strong> efetuar um pensamento lógico mais complexo.<br />

Se indivíduos agrupam objetos e <strong>de</strong>finem palavras<br />

com base <strong>na</strong>s experiências práticas, po<strong>de</strong>r-se-ia esperar<br />

que as conclusões que tirariam <strong>de</strong> uma dada premissa<br />

num problema lógico também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>riam <strong>de</strong> sua experiência<br />

prática imediata. Isso tor<strong>na</strong>ria difícil, se não impossível,<br />

a aquisição por parte <strong>de</strong>sses indivíduos, <strong>de</strong> novos co-<br />

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