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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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que as crianças que haviam sido trei<strong>na</strong>das <strong>na</strong> construção<br />

<strong>de</strong> tais mo<strong>de</strong>los construíam estruturas idênticas com muito<br />

mais freqüência que aquelas crianças que construíam a<br />

partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los em que todos os elementos eram representados.<br />

A princípio, seria possível que essa diferença refletisse<br />

simplesmente um efeito específico da prática. No<br />

entanto, quando apresentamos aos dois grupos novos mo<strong>de</strong>los<br />

com todos os elementos representados e pedimos às<br />

crianças para copiá-los, constatamos que as crianças que<br />

haviam trei<strong>na</strong>do com mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> contorno ainda eram superiores.<br />

O que, <strong>na</strong> prática do grupo <strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los, havia produzido as diferenças no comportamento<br />

das crianças? Tentamos respon<strong>de</strong>r a esta questão a<strong>na</strong>lisando<br />

os erros cometidos pelas crianças no <strong>de</strong>correr da<br />

construção dos diferentes mo<strong>de</strong>los. Constatamos que as<br />

crianças trei<strong>na</strong>das no grupo <strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

planejavam suas estruturas. A primeira resposta à<br />

tarefa era parar e a<strong>na</strong>lisar o padrão geral, enquanto as<br />

crianças trei<strong>na</strong>das no grupo <strong>de</strong> construção a partir dos<br />

elementos simplesmente lançavam-se ao trabalho. Também<br />

encontramos superiorida<strong>de</strong> <strong>na</strong> maneira em que o grupo<br />

<strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los relacio<strong>na</strong>va os elementos<br />

da estrutura ao todo; também tinham melhor articulação<br />

para <strong>de</strong>screver as diferenças entre suas estruturas<br />

e o mo<strong>de</strong>lo, quando chegavam a um ponto <strong>de</strong> parada.<br />

Quando as crianças do grupo <strong>de</strong> construção a partir <strong>de</strong><br />

elementos completavam suas estruturas, freqüentemente<br />

insistiam em que sua estrutura era idêntica ao do mo<strong>de</strong>lo,<br />

ainda que fossem aparentes as discrepâncias. Pareciam se<br />

referir ao fato <strong>de</strong> terem escolhido os elementos certos, e<br />

pareciam não perceber que esses elementos não continham<br />

a proporção correta em relação ao todo.<br />

Depois <strong>de</strong> completarmos uma análise do <strong>de</strong>sempenho<br />

das crianças <strong>na</strong>s tarefas <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento, imagi<strong>na</strong>mos uma<br />

série <strong>de</strong> outros problemas, para tentar explorar as bases<br />

das diferenças que observamos. Uma <strong>de</strong>ssas novas tarefas<br />

era apresentar à criança um mo<strong>de</strong>lo ao qual faltavam uma<br />

ou duas peças. As crianças do grupo <strong>de</strong> construção a partir<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los pareciam ter pouca dificulda<strong>de</strong> para escolher<br />

os elementos certos e colocá-los nos seus lugares. Já<br />

as crianças que tinham aprendido a trabalhar com mo<strong>de</strong>los<br />

que especificavam todos os elementos não conseguiam<br />

lidar com a tarefa <strong>de</strong> maneira alguma.<br />

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