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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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<strong>de</strong>r corretamente <strong>de</strong> início, mas o tônus cortical logo diminuía,<br />

e quando o fazia, apareciam os erros. Por vezes, o<br />

paciente perseverava, continuando a respon<strong>de</strong>r mesmo<br />

após a luz ter se apagado, Por vezes, nos experimentos que<br />

envolviam uma escolha, passava a respon<strong>de</strong>r com uma só<br />

mão, a <strong>de</strong>speito da mudança <strong>de</strong> estímulo, indicando uma<br />

perda <strong>de</strong> seletivida<strong>de</strong>.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção das instruções verbais não<br />

estava perdida pelo paciente. Ele era capaz <strong>de</strong> repetir as<br />

instruções, mas elas haviam perdido sua função <strong>de</strong> controle.<br />

As respostas verbais puramente imitativas eram<br />

também conservadas. Os pacientes eram capazes <strong>de</strong> dizer<br />

"vermelho" ao aparecimento da luz vermelha, mas não<br />

controlavam sua resposta motora <strong>de</strong> acordo com seu comportamento<br />

verbal.<br />

Conferimos gran<strong>de</strong> significado ao fato <strong>de</strong> estes resultados<br />

espelharem aqueles que obtivemos em nossa pesquisa<br />

anterior com crianças. No caso <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> três a<br />

três anos e meio <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, estávamos lidando com pessoas<br />

muito novas cujos cérebros ainda estavam se <strong>de</strong>senvolvendo.<br />

Neste período, a mielinização dos neurônios dos lobos<br />

frontais se completa; e nesta ida<strong>de</strong> as crianças passam a<br />

controlar seu comportamento <strong>de</strong> acordo com instruções<br />

verbais. Em ambos os casos, há evidência <strong>de</strong> que a organização<br />

da ação huma<strong>na</strong> consciente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma crítica<br />

da operação dos mecanismos neurofisiológicos dos lobos<br />

frontais. No caso das crianças, o cérebro está se <strong>de</strong>senvolvendo<br />

ao mesmo tempo que a criança está adquirindo<br />

formas superiores <strong>de</strong> comportamento, sociais <strong>na</strong> origem,<br />

e verbalmente mediadas <strong>na</strong> estrutura. No adulto que<br />

sofre uma lesão dos lobos frontais, estas formas superiores<br />

se tor<strong>na</strong>m i<strong>na</strong>cessíveis, como resultado da agressão às estruturas<br />

neurais básicas do cérebro.<br />

O progresso em direção <strong>de</strong> uma explicação das funções<br />

psicológicas superiores <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong> um progresso a ser<br />

realizado em duas frentes. O trabalho que se alongava<br />

"para baixo" em direção à neurofisiologia apontava um caminho.<br />

Mas também era necessário que atingíssemos um<br />

entendimento mais <strong>de</strong>talhado daqueles processos psicológicos<br />

que se organizam como parte da interação entre o cérebro<br />

e o ambiente social do homem.<br />

Os quarenta anos <strong>de</strong> pesquisa sobre a psicologia e a<br />

organização cerebral da linguagem são ilustrativos do esforço<br />

necessário à exploração <strong>de</strong>sta segunda dimensão da<br />

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