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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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motores necessários para a emissão <strong>de</strong>sse som. Um espelho<br />

também é muito útil. Sentado ao lado do terapeuta e<br />

observando num espelho as articulações necessárias à<br />

produção <strong>de</strong> um som em particular, o paciente passa a<br />

construir suas próprias articulações. Durante muito teempo,<br />

o esquema visual e o espelho são os principais meios<br />

<strong>de</strong> que dispõe o paciente para apren<strong>de</strong>r a pronunciar diferentes<br />

sons. Passa-se então a utilizar a letra impressa. A<br />

escrita é uma po<strong>de</strong>rosa auxiliar, porque permite ao paciente<br />

que coloque diversas variantes <strong>de</strong> um mesmo som <strong>na</strong><br />

mesma categoria (os P são como os M, os V são como os F),<br />

ao mesmo tempo em que ajuda <strong>na</strong> diferenciação entre<br />

sons que são muito parecidos em sua composição articulatória<br />

(B versus P). O uso <strong>de</strong>stes auxílios externos, em especial<br />

da letra impressa, leva a uma reconstrução radical <strong>de</strong><br />

todo o sistema funcio<strong>na</strong>l da articulação, <strong>de</strong> modo que esta<br />

passe a ser realizada através <strong>de</strong> mecanismos totalmente<br />

diferentes dos <strong>na</strong>turais. Essa reconstrução, que utiliza um<br />

sistema complexo <strong>de</strong> signos externos culturalmente mediados,<br />

é uma ilustração do princípio segundo o qual uma<br />

função superior po<strong>de</strong> substituir uma inferior <strong>na</strong> restauração<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do processo prejudicado por uma lesão<br />

cerebral.<br />

Este tipo <strong>de</strong> reconstrução é difícil, e requer muito trabalho.<br />

Todas as operações que o paciente realiza automaticamente,<br />

sem pensar, têm que tor<strong>na</strong>r-se conscientes. Via<br />

<strong>de</strong> regra, uma vez domi<strong>na</strong>das as articulações <strong>de</strong> sons, o<br />

paciente domi<strong>na</strong> facilmente a articulação <strong>de</strong> sílabas e palavras.<br />

Por muito tempo, no entanto, essa fala restaurada<br />

soa muito artificial, e o caráter consciente <strong>de</strong> cada movimento<br />

revela claramente o árduo caminho da reconstrução.<br />

Só gradualmente o paciente passa a falar mais automática<br />

e normalmente.<br />

O trei<strong>na</strong>mento para recuperação <strong>de</strong> afasia semântica<br />

difere muito do usado em casos <strong>de</strong> afasia motora. A afasia<br />

semântica ocorre em pacientes que sofreram alguma lesão<br />

da zo<strong>na</strong> parietal. Eles têm dificulda<strong>de</strong> para perceber <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das<br />

relações, e para combi<strong>na</strong>r <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos <strong>de</strong>talhes<br />

<strong>na</strong> construção <strong>de</strong> um todo coerente. Subjacente a estas dificulda<strong>de</strong>s,<br />

há um distúrbio <strong>de</strong> suas funções espaciais.<br />

Em contraste com aqueles que sofrem <strong>de</strong> afasia motora<br />

ou cinética, os portadores <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> lesão não têm<br />

dificulda<strong>de</strong>s para articular as palavras. Também retêm a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir e enten<strong>de</strong>r a linguagem falada. Sua<br />

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