08.05.2013 Views

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ussa nunca chegasse a aproximar-se <strong>de</strong> seu domínio do<br />

inglês.<br />

Ao longo da hora seguinte, escrevemos um "plano<br />

científico" que <strong>de</strong>finia meu trabalho para o ano. Como eu<br />

havia chegado a Moscou portando <strong>na</strong>da além <strong>de</strong> uma vaga<br />

esperança <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre "condicio<strong>na</strong>mento semântico",<br />

ou o estudo das respostas condicio<strong>na</strong>das ao significado<br />

das palavras, a idéia <strong>de</strong> me comprometer com um plano<br />

concreto no meu primeiro dia <strong>na</strong> União Soviética era aterrorizante.<br />

Mas também era necessário. O plano po<strong>de</strong>ria até<br />

ser modificado, mas não po<strong>de</strong>ria ser ignorado. Esta foi minha<br />

primeira aula sobre como agir à maneira soviética. Só<br />

quando aprendi que os planos escritos po<strong>de</strong>m ser modificados<br />

para adaptarem-se às necessida<strong>de</strong>s práticas pu<strong>de</strong><br />

apreciar o estilo <strong>de</strong> trabalho inimitável <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich.<br />

Feito o plano científico. Alexan<strong>de</strong>r Romanovich, voltou-se<br />

a Sheila. Quais, inquiriu ele, eram seus planos? O<br />

que ela pretendia fazer além <strong>de</strong> estudar? Sheila estava incerta<br />

a respeito <strong>de</strong> seu futuro, embora ela tenha vindo a<br />

estudar <strong>na</strong> escola <strong>de</strong> jor<strong>na</strong>lismo da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Moscou<br />

e, graças à intervenção <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich, escrever<br />

para um jor<strong>na</strong>l publicado em língua inglesa. Mas<br />

nós dois tínhamos certeza <strong>de</strong> que queríamos apren<strong>de</strong>r tanto<br />

quanto possível sobre a cultura russa.<br />

Esta <strong>de</strong>claração agradou muito a Alexan<strong>de</strong>r Romanovich.<br />

Reclamando <strong>de</strong> um antigo estudante que não havia<br />

feito <strong>na</strong>da senão estudar, ele escreveu um "plano cultural"<br />

tão <strong>de</strong>talhado quanto o plano científico. Logo percebemos<br />

que Alexan<strong>de</strong>r Romanovich era um apreciador da arte da<br />

Ásia Central, um conoisseur da ópera e do teatro, e um dos<br />

consumidores mais onívoros <strong>de</strong> romances policiais que já<br />

havíamos visto. Deixamos o apartamento dos Luria repletos<br />

<strong>de</strong> bolo, chá e com a forte impressão <strong>de</strong> ter conhecido<br />

um furacão.<br />

Esta impressão foi reforçada pela experiência posterior.<br />

Na segunda-feira, fui ao laboratório <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich<br />

no Instituto <strong>de</strong> Neurocirurgia. Havia um palestrante<br />

convidado <strong>na</strong>quele dia, o fisiologista Nicholas<br />

Bernshtein. Seu assunto, mo<strong>de</strong>los matemáticos <strong>na</strong> psicologia,<br />

me surpreen<strong>de</strong>u, por ter aprendido que os psicólogos<br />

soviéticos rejeitavam a quantificação. Minha surpresa logo<br />

transformou-se em <strong>de</strong>sespero quando Alexan<strong>de</strong>r Romanovich<br />

me apresentou como um psicólogo matemático, e me<br />

196

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!