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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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mi<strong>na</strong>da cor. A criança, que não podia saber do que se tratava<br />

a tarefa, teria que <strong>de</strong>scobri-la através do que os teóricos<br />

pavlovianos chamavam <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> "reforço verbal",<br />

<strong>na</strong> forma das instruções "aperte" ou "não aperte". Ivanov-<br />

Smolensky fez um paralelo entre as palavras "aperte" e<br />

"não aperte" e a apresentação <strong>de</strong> comida a um cachorro<br />

em seguida a algum si<strong>na</strong>l, e ele encarava a solução <strong>de</strong>ste<br />

problema por parte da criança como uma forma <strong>de</strong> condicio<strong>na</strong>mento<br />

pavloviano.<br />

Não <strong>de</strong>ve surpreen<strong>de</strong>r a ninguém que eu tenha rejeitado<br />

esta interpretação do comportamento da criança, e<br />

não tenha ficado muito satisfeito com a maneira pela qual<br />

os experimentos eram conduzidos. Na minha opinião, os<br />

acadêmicos pavlovianos negligenciavam o fato <strong>de</strong> que todo<br />

estímulo dado a uma criança, especialmente estímulos do<br />

tipo "aperte" ou "não aperte", evocava uma generalização<br />

<strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> um conceito. Depois <strong>de</strong> um ou dois testes, a<br />

maioria dos seres humanos passariam a formular uma regra<br />

geral do tipo "Devo apertar quando surgir uma luz vermelha"<br />

ou "Não <strong>de</strong>vo apertar quando a luz for ver<strong>de</strong>". Se<br />

era correta minha estimativa da reação do sujeito à essa<br />

situação, a criança não estava reagindo aos reforços verbais<br />

<strong>de</strong> um experimento <strong>de</strong> condicio<strong>na</strong>mento. Na verda<strong>de</strong>,<br />

estaria tentando <strong>de</strong>scobrir uma estratégia geral a<strong>de</strong>quada<br />

àquele experimento em particular. Acreditando que esses<br />

experimentos com reforço verbal estavam malconduzidos,<br />

<strong>de</strong>cidi fazer um estudo dos mecanismos reais subjacentes<br />

à formação <strong>de</strong> tais respostas motoras.<br />

Usando uma estrutura metodológica geral compatível<br />

com as técnicas pavlovia<strong>na</strong>s, <strong>de</strong>senvolvemos um método<br />

experimental que, <strong>na</strong> minha opinião, era mais apropriado<br />

ao entendimento do sistema psicológico que estávamos estudando.<br />

Começávamos cada sessão experimental dando<br />

ao sujeito um conjunto <strong>de</strong> instruções verbais que <strong>de</strong>veriam<br />

evocar uma reação motora simples. Então, estudávamos<br />

até aon<strong>de</strong> a criança era capaz <strong>de</strong> seguir estas instruções, e<br />

as tarefas foram sendo modificadas <strong>de</strong> modo que pu<strong>de</strong>mos<br />

investigar como crianças <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s ou características<br />

neurodinâmicas vinham a domi<strong>na</strong>r ou não problemas<br />

<strong>de</strong>ste tipo.<br />

Descobrimos que crianças normais <strong>de</strong> dois a dois<br />

anos e meio <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> não eram capazes <strong>de</strong> seguir mesmo<br />

as instruções verbais diretas, mesmo as mais simples, se<br />

estas forem dadas antes da tarefa em si. Quando instruía-<br />

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