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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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escolher entre dois ou mais estímulos, muitos pesquisadores<br />

esperavam estudar a psicologia da escolha única, e<br />

distinguir o processo <strong>de</strong> escolha dos outros processos,<br />

como a diferenciação entre estímulos e a organização <strong>de</strong><br />

uma resposta motora. Vygotsky criticava severamente esse<br />

tipo <strong>de</strong> trabalho, apontando as contradições existentes nos<br />

estudos típicos, que sugeriam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um novo<br />

mo<strong>de</strong>lo que explicasse os processos <strong>de</strong> escolha.<br />

Ao invés <strong>de</strong> utilizar dados <strong>de</strong> adultos trei<strong>na</strong>dos, Natalia<br />

Morozova estudou o <strong>de</strong>senvolvimento das escolhas<br />

complexas em crianças peque<strong>na</strong>s. Em seus experimentos,<br />

uma criança <strong>de</strong> três ou quatro anos receberia uma instrução<br />

simples: "Aperte o botão quando vir um cartão vermelho".<br />

Então exibia-se simultaneamente para a criança dois<br />

ou três cartões, e ofereciam-se três botões para apertar.<br />

Quando essas complicações eram introduzidas o <strong>de</strong>senrolar<br />

sistemático da resposta da criança se <strong>de</strong>sintegrava. A<br />

criança freqüentemente esquecia qual cor se relacio<strong>na</strong>va<br />

com cada botão. Mesmo se a criança lembrasse que tecla<br />

apertar em conexão com cada estímulo, o método <strong>de</strong> resposta<br />

era totalmente diferente daquele dos adultos. Quando<br />

o estímulo era apresentado, a criança começaria a respon<strong>de</strong>r,<br />

mas a resposta não tinha qualquer direção em especial.<br />

Não era feita uma escolha entre as alter<strong>na</strong>tivas<br />

apresentadas. Ao invés, a criança apresentava uma movimentação<br />

titubeante, como que escolhendo entre os próprios<br />

movimentos e não entre os estímulos.<br />

Os estudos <strong>de</strong> Morozova sobre a escolha logo fundiram-se<br />

com a pesquisa sobre memória que Leontiev fazia<br />

<strong>na</strong> época. Estava <strong>de</strong>monstrado que era difícil para a criança<br />

lembrar-se <strong>de</strong> que resposta dar a cada estímulo. Assim,<br />

Morozova passou a introduzir estímulos auxiliares em seu<br />

experimento <strong>de</strong> reações à escolha. Mostrar-se-ia à criança<br />

a figura <strong>de</strong> um cavalo, com a figura <strong>de</strong> um trenó colada sobre<br />

a tecla correspon<strong>de</strong>nte. Ao i<strong>de</strong>ntificar a maneira pela<br />

qual as crianças começaram a usar os estímulos auxiliares<br />

como um guia para suas escolhas, ela constatou que as<br />

regras que gover<strong>na</strong>vam a aquisição da memória mediada<br />

também se aplicavam à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização necessária<br />

ao experimento da escolha.<br />

R. E. Levi<strong>na</strong> estudou a função planejadora da fala. Na<br />

superfície, este trabalho aparentava ser bem diferente daquele<br />

conduzido por Leontiev e Morozova, mas a idéia subjacente<br />

era exatamente a mesma. Estávamos impressio<strong>na</strong>-<br />

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