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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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cia seria a existência <strong>de</strong> diferenças qualitativas entre adultos<br />

"cultos" e "incultos", no que dissesse respeito a suas<br />

funções psicológicas superiores.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo da concepção que se fizesse do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

cultural e <strong>de</strong> como se imagi<strong>na</strong>sse que os instrumentos<br />

culturais <strong>de</strong> pensamento se tor<strong>na</strong>ssem instrumentos<br />

individuais, este tipo <strong>de</strong> teorização po<strong>de</strong>ria ser utilizado<br />

para justificar uma série <strong>de</strong> conclusões acerca do status<br />

cultural e mental dos camponeses da Ásia Central no período<br />

cerca <strong>de</strong> 1930. O trabalho <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Romanovich<br />

tinha uma dupla ênfase. Por vezes ele reforçava o fato <strong>de</strong><br />

que tradições culturais diferentes levavam a diferenças<br />

qualitativas <strong>na</strong>s funções psicológicas superiores das pessoas.<br />

Mas, <strong>de</strong> maneira geral, seus escritos enfatizavam o<br />

status "melhorado" das pessoas <strong>de</strong>pois do advento da alfabetização<br />

e da tecnologia mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>.<br />

Por uma combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> razões, que incluíam a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> julgamentos negativos <strong>de</strong> valor em<br />

seu trabalho, e uma vaga i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> seus métodos <strong>de</strong><br />

pesquisa e testes "burros" <strong>de</strong> Q.I., os estudos <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich enfrentaram forte, para não dizer ácida, oposição<br />

quando os resultados foram publicados. Fosse qual<br />

fosse a justificativa científica para as críticas da teoria cultural-histórica,<br />

esta mistura <strong>de</strong> críticas científicas e políticas<br />

tinha em 1934 conseqüências profundas. Por exemplo,<br />

não pu<strong>de</strong> encontrar qualquer registro dos resultados da<br />

expedição à Ásia Central que datasse <strong>de</strong> antes do fi<strong>na</strong>l da<br />

década <strong>de</strong> 60, a não ser um resumo no Jour<strong>na</strong>l of Genetic<br />

Psychology.<br />

Pouco enten<strong>de</strong>ndo a respeito <strong>de</strong>ste passado, mas conhecendo<br />

a existência dos dados da Ásia Central, comecei<br />

a discuti-los com Alexan<strong>de</strong>r Romanovich no verão <strong>de</strong><br />

1966. Naquela época, havia conduzido alguns experimentos<br />

cognitivos transculturais <strong>na</strong> Libéria, e estava interessado<br />

em saber se os fenômenos que ele havia registrado po<strong>de</strong>riam<br />

ser replicados. Em uma hora por dia, durante um<br />

período <strong>de</strong> dois meses, percorremos nosso caminho através<br />

<strong>de</strong> suas meticulosas anotações. Tomando conhecimento<br />

do volume <strong>de</strong> dados que ele havia coletado, e percebendo<br />

que eles <strong>de</strong>sapareceriam para sempre caso ele não os<br />

organizasse e registrasse, incentivei-o a publicar uma monografia<br />

sobre aquela velha pesquisa. Ele relutava muito<br />

em discutir o assunto, sentindo que ainda não era chegada<br />

a hora. Mas em 1968 ele publicou um pequeno artigo<br />

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