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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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<strong>de</strong>scrição i<strong>de</strong>alista (como <strong>na</strong> noção <strong>de</strong> percepção, formulada<br />

por Wundt).<br />

Os psicólogos <strong>na</strong>turalistas, ao fracassarem <strong>na</strong> tentativa<br />

<strong>de</strong> incorporar ao seu trabalho as funções huma<strong>na</strong>s<br />

complexas, estimularam Dilthey, Spranger, e outros, a<br />

buscarem uma abordagem alter<strong>na</strong>tiva. Estes tomaram<br />

como objeto <strong>de</strong> estudo exatamente aqueles processos que<br />

os cientistas <strong>na</strong>turais não conseguiam abarcar: valores,<br />

vonta<strong>de</strong>, atitu<strong>de</strong>s, raciocínio abstrato. Mas todos esses fenômenos<br />

eram tratados <strong>de</strong> maneira puramente <strong>de</strong>scritiva e<br />

fenomenológica. Argüia-se que a explicação era impossível<br />

em princípio. Para enfatizar essa dificulda<strong>de</strong>, colocariam a<br />

questão: "Po<strong>de</strong>mos perguntar POR QUÊ a soma dos ângulos<br />

<strong>de</strong> um triângulo é 180 o?"<br />

Exami<strong>na</strong>ndo essa situação, Vygotsky observou que a<br />

divisão <strong>de</strong> trabalho entre os psicólogos <strong>de</strong> ciências <strong>na</strong>turais<br />

e os psicológos fenomenológicos havia levado a um<br />

acordo tácito em torno da idéia <strong>de</strong> que as funções psicológicas<br />

complexas, as mesmas que distinguem o ser humano<br />

dos outros animais, não podiam ser estudadas cientificamente.<br />

Os <strong>na</strong>turalistas e os mentalistas haviam <strong>de</strong>smembrado<br />

artificialmente a psicologia. A criação <strong>de</strong> um novo<br />

sistema que sintetizasse essas abordagens conflitantes era<br />

seu objetivo, e nossa tarefa. Provavelmente não é possível<br />

avaliar tudo que nos influenciava em 1925, quando realizamos<br />

essa grandiosa revisão da psicologia. Mas conheço<br />

algumas das nossas fontes. Para a base científica <strong>na</strong>tural,<br />

nos voltamos para o estudo <strong>de</strong> Pavlov a respeito da "ativida<strong>de</strong><br />

nervosa superior". Pavlov e seus colaboradores estavam<br />

então estudando as unida<strong>de</strong>s estruturais básicas que<br />

produziam mudanças <strong>de</strong> adaptação ao meio ambiente, em<br />

sua estação experimental próxima <strong>de</strong> Leningrado. A psicofisiologia<br />

pavlovia<strong>na</strong> era o fundamento materialista <strong>de</strong> nosso<br />

estudo da mente.<br />

Vygotsky sentia-se particularmente impressio<strong>na</strong>do<br />

pelo trabalho do russo V. A. Wagner, um eminente especialista<br />

no estudo comparativo do comportamento animal.<br />

Wagner era um cientista que aplicava um amplo enfoque<br />

biológico ao comportamento animal. Suas idéias sobre a<br />

evolução impressio<strong>na</strong>ram muito a Vygotsky, e os dois<br />

mantiveram uma extensa correspondência.<br />

Líamos muito <strong>de</strong> psicologia propriamente dita. Mesmo<br />

discordando <strong>de</strong> muitas <strong>de</strong> suas idéias teóricas, víamos<br />

muito mérito no trabalho <strong>de</strong> nossos contemporâneos ale-<br />

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