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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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consigo gran<strong>de</strong>s volumes amarrados com um barbante.<br />

Abrindo um <strong>de</strong>les, passou a me contar sobre uma viagem<br />

que havia feito à Ásia Central muitos anos atrás para realizar<br />

experimentos psicológicos. As respostas incomuns,<br />

para não dizer bizarras, que ele havia obtido dos camponeses<br />

me divertiram, mas <strong>de</strong>i pouco significado a elas <strong>na</strong>quele<br />

momento.<br />

Também não conseguia enten<strong>de</strong>r muito a respeito <strong>de</strong><br />

Vygotsky. Havia sido professor <strong>de</strong> Luria, e Luria <strong>de</strong>ixou<br />

claro que o consi<strong>de</strong>rava um gênio. Mas tanto a prosa <strong>de</strong><br />

Vygotsky quanto o estilo <strong>de</strong> seu pensamento <strong>de</strong>rrotaram<br />

minhas tentativas <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r a admiração que Luria tinha<br />

por ele. Eu havia lido o Pensamento e Linguagem <strong>de</strong><br />

Vygotsky durante meu curso <strong>de</strong> gradução, mas a não ser<br />

por algumas observações sobre a aprendizagem <strong>de</strong> conceitos<br />

em crianças, assunto que <strong>na</strong> época eu não compreendia,<br />

pouco via em seu trabalho que gerasse mais entusiasmos.<br />

Mesmo assim, fui educado. Li o que pu<strong>de</strong> e ouvi. Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich não introduziu o assunto à toa. Ele<br />

sabia que só po<strong>de</strong>ria plantar as sementes do entendimento<br />

e esperar que germi<strong>na</strong>ssem. Também sabia que quanto<br />

mais sementes plantasse, mais chance haveria que alguma<br />

se <strong>de</strong>senvolvesse. Ele esperou por um longo tempo.<br />

Nos anos que se seguiram, mantive contato com Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich e visitei-o em diversas ocasiões. Ele<br />

estava ansioso para organizar a publicação em inglês <strong>de</strong><br />

um compêndio <strong>de</strong> dois volumes sobre a pesquisa psicológica<br />

soviética, e eu me dispus a ajudá-lo. Na mesma época<br />

em que meu co-editor, Irving Maltzman, e eu completamos<br />

este projeto, tornei-me o editor do Soviet Psychology, uma<br />

revista <strong>de</strong> traduções. Ao longo dos anos, por conseguinte,<br />

tive diversas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ler o trabalho <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r<br />

Romanovich e <strong>de</strong> muitos outros psicólogos soviéticos que<br />

atingiram a maturida<strong>de</strong> antes ou imediatamente <strong>de</strong>pois da<br />

Segunda Guerra. De maneira coerente com o trei<strong>na</strong>mento<br />

que havia recebido enquanto graduando, continuei a ine<br />

interessar pela pesquisa soviética que utilizava as técnicas<br />

pavlovia<strong>na</strong>s <strong>de</strong> condicio<strong>na</strong>mento. Em minha primeira visita<br />

a Moscou, estu<strong>de</strong>i as pesquisas acerca do condicio<strong>na</strong>mento<br />

<strong>de</strong> limites sensoriais, <strong>de</strong> órgãos internos (o que sugeria<br />

uma abordagem importante ao entendimento dos<br />

sintomas psicossomáticos) e das primeiras respostas<br />

adaptativas em recém-<strong>na</strong>scidos.<br />

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