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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP ... - Stoa

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gundo nossa hipótese, nos casos on<strong>de</strong> o nível inferior era<br />

afetado, seria possível compensar as dificulda<strong>de</strong>s através<br />

<strong>de</strong> mudanças <strong>na</strong> organização da ativida<strong>de</strong> pelo uso dos níveis<br />

superiores, preservados da <strong>de</strong>ficiência. Em outros casos,<br />

po<strong>de</strong>ríamos supor que a situação psicofisiológica fosse<br />

oposta. O nível superior da organização do comportamento<br />

estaria comprometido, e não po<strong>de</strong>ria ser usado para compensar<br />

<strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> comportamento. Em tais casos, só uma<br />

compensação que fizesse uso das funções inferiores teria<br />

chance <strong>de</strong> obter sucesso. Para confirmar esta hipótese, necessitávamos<br />

<strong>de</strong> técnicas que nos permitissem estudar as<br />

características neurodinâmicas <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong><br />

crianças, tanto no que se referia ao nível superior quanto<br />

no inferior.<br />

Ainda que nossa abordagem tivesse consistência teórica,<br />

obter uma prova disso não seria tarefa fácil. A unida<strong>de</strong><br />

dos níveis superior e inferior no ser humano não permite<br />

uma completa separação dos dois níveis. Na verda<strong>de</strong>, tínhamos<br />

que nos contentar com a construção <strong>de</strong> situações<br />

experimentais que nos permitissem variar a importância<br />

relativa dos dois níveis <strong>na</strong> execução <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da<br />

tarefa.<br />

Minha colaboradora E. D. Homskaya e eu usamos o<br />

método motor combi<strong>na</strong>do numa série <strong>de</strong> três experimentos,<br />

para estudar as funções diretoras da fala sobre os processos<br />

motores e verbais. Pelo uso <strong>de</strong> respostas verbais em<br />

uma situação e respostas motoras em outra, esperávamos<br />

atingir a almejada diferenciação entre os níveis <strong>de</strong> organização<br />

do comportamento. Em uma das situações, as crianças<br />

eram instruídas a respon<strong>de</strong>r a uma instrução verbal<br />

com uma resposta motora simples, apertando um aparelho<br />

<strong>de</strong> gravação, como nos estudos anteriores. Na segunda situação,<br />

<strong>de</strong>veriam respon<strong>de</strong>r falando a palavra "sim" ao estímulo<br />

vermelho e a palavra "não" ao estímulo ver<strong>de</strong>. Comparando<br />

as respostas das crianças nestas duas modalida<strong>de</strong>s,<br />

podíamos ver se havia diferenças <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> do<br />

sistema nervoso no nível superior, verbal, do comportamento,<br />

e no nível inferior, motor. Numa terceira situação<br />

experimental, as respostas verbais e motoras eram combi<strong>na</strong>das:<br />

as crianças tinham <strong>de</strong> dizer "sim" e apertar simultaneamente<br />

o aparelho, ou dizer "não" e também não apertá-lo.<br />

As conseqüências psicológicas exatas <strong>de</strong> cada uma<br />

<strong>de</strong>ssas tarefas tinham <strong>de</strong> ser cuidadosamente a<strong>na</strong>lisadas.<br />

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